Coluna Zona Franca

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A guerra

O MDB da capital está em guerra interna. E prestes a jogar fora uma chance de ouro. A legenda havia encontrado Euma Tourinho, um nome  em condições de impedir a hegemonia política dos grupos de Hildon Chaves (PSDB) e Marcos Rocha(União Brasil). No entanto, grupos que acreditam na candidatura de Euma Tourinho à prefeitura de Porto Velho, lutam ferozmente para manter a unidade partidária em torno do projeto e anular aqueles que atuam para o racha interno.

A guerra 2

Aparentemente, o que move os que querem a desagregação é o interesse na aproximação aos grupos políticos que controlam máquinas municipal e estadual, que se unem em torno da candidatura de Mariana Carvalho (União Brasil).  Ao que parece, parte do MDB acredita mais em negócios do que em política.

Frentão

O nome de Euma também encontrou certa resistência no núcleo duro da chamada Frente Ampla. “Ah, ela é bolsonarista“. Mais bolsonarista, digamos assim, do que o ex-tucano Geraldo Alckmin não havia no momento em que Lula o chamou para vice. A estratégia deu certo. O casamento outrora improvável, acabou sendo um dos mais frutíferos. Pelo menos até agora.

Frentão 2

Enquanto isso, Fátima Cleide (PT), Celio Lopes (PDT), Benedito Alves(SD), Juíza Euma Tourinho (MDB), Samuel Costa (Rede) e Vinícius Miguel (PSB) tentam encontrar consenso no meio dessa briga intestina do MDB.

Direita dividida

Mariana Carvalho não é mais uma unanimidade na direita, pela disputa da prefeitura de Porto Velho. O ingresso de Valdir Vargas (PP), ungido de Ivo Cassol, deu um baque no núcleo da pré-campanha da reitora ninja. Embora a coluna insista em dizer que não, existe também a possibilidade de Léo Moraes (Podemos) entrar na disputa, o que só saberemos no dia 6 de junho, data máxima para ele deixar o Detran. Para o Frentão é bom que ele saia. Divide mais ainda.

 

MST perseguido

Enquanto o MST fornece 5 mil refeições diárias no Rio Grande do Sul, a Câmara Federal  aprovou um projeto absurdo e inconstitucional, que visa criminalizar os movimentos sociais e acarreta em vários prejuízos, como por exemplo, a proibição do acesso à políticas de assistência social, ao direito de fazer concurso público e possibilita demissões. Tudo isso de forma leviana sem passar pelo judiciário.

MST perseguido 2

A justificativa é de que o MST é um movimento terrorista que invade terras alheias, quando, na verdade, é um movimento social que existe desde 1984 e que tem como principais objetivos a luta pela realização da reforma agrária e a democratização do acesso à terra no Brasil.

MST perseguido 3

De autoria do deputado federal Marcos Pollon (Republicanos/RS), e com a benção do parecer de Ricardo Salles (PL-SP), o texto prevê medidas como multas e outras penalidades administrativas contra o movimento social, além de mecanismos para a reintegração de posse de forma mais célere que dependerá de um simples pedido dos proprietários. Além disso, dará à autoridade policial o poder para condenar trabalhadores flagrados nas ocupações.

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O texto é oriundo do relatório da CPI do MST e pautado um mês após o Abril Vermelho, ocasião em que o movimento promoveu uma série de ocupações. Os últimos destaques do texto serão votados na tarde de quarta-feira (22) na Câmara e, logo em seguida, o PL vai ao Senado. Se aprovado, deve ser vetado pelo presidente Lula (PT).

Os verdadeiros terroristas

Os perseguidores do MST não dão um pio sobre os verdadeiros terroristas. O Ministério Público de São Paulo está investigando empresas ligadas ao PCC que ganharam uma fortuna de prefeituras e câmaras municipais paulistas (nenhuma do PT), por meio de licitações fraudadas. Segundo os promotores, essas empresas receberam quase R$ 500 milhões ao longo de oito anos. Vagner Borges Dias é conhecido como Latrell Brito nas redes sociais. Ele tem 1 milhão de seguidores e gosta de dar conselhos sobre como ter sucesso profissional.

Os verdadeiros terroristas 2

Dados do Tribunal de Contas do Estado mostram que os contratos assinados de 2016 até março de 2024, com 25 municípios (nenhum do PT), somam cerca de R$ 500 milhões. Segundo o MP, há fortes indícios de fraude em ao menos 17 desses municípios (nenhum do PT).

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A direita é violenta e injusta. A direita é corrupa, não defende a preservação da natureza e é responsável por mortes de crianças, vítimas de bala perdida. Atacam a igreja católica, atacam as religiões afros. Ideias violentas são exclusivas de pessoas radicais. Hoje em dia é fácil ver pessoas de direita vocalizando sua violência porque no momento vivemos em um país polarizado e extremista.

O dilema dos bolsonaristas

Pode ser uma imagem de texto que diz "BOLSONARISTA ERA FISCAL DO ARROZ CARO, AGORA ESTÁ RECLAMANDO DO ARROZ BARATO."Após reclamar do preço alto do arroz, agora os bolsonaristas dizem que não vão comprar arroz importado do governo Lula, que será vendido a 4 reais. A situação dos estoques públicos de alimentos no Brasil, em particular o arroz, tem gerado preocupações e críticas de especialistas diante da falta de reposição dos estoques desde 2022. Esta é uma questão tratada como importante por parte do governo federal, visto que os estoques são fundamentais para controlar os preços e garantir o abastecimento em momentos de emergência. Recentemente, o governo Lula autorizou a importação de 1 milhão de toneladas de arroz, principalmente devido ao desastre climático no Rio Grande do Sul. O objetivo é não permitir que ocorra uma alta descontrolada nos preços e garantir o abastecimento nos supermercados.

‘Brás Cubas’

Clássico brasileiro figura entre os livros mais vendidos na Amazon dos Estados Unidos após influenciadora americana Courtney Henning Novak rasgar elogios à obra no TikTok. A edição em inglês de Memórias Póstumas de Brás Cubas, romance escrito por Machado de Assis em 1880, lidera a lista de mais vendidos na categoria Literatura Latino-Americana e Caribenha na Amazon dos Estados Unidos.

 

Resumo de Brás Cubas

Memórias Póstumas de Brás Cubas é uma obra do escritor brasileiro Machado de Assis. Ela foi publicada em 1881 e inaugurou o movimento realista no Brasil. Dividida em 160 capítulos intitulados, o narrador é um defunto chamado Brás Cubas. “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas”.

Resumo de Brás Cubas 2

A obra tem início com a declaração da morte de Brás Cubas, cujo narrador e protagonista relata suas memórias após ter sido vítima de pneumonia. Pertencente a uma família abastada do século XIX, Brás Cubas narra primeiramente sua morte e enterro onde apareceram onze amigos. Por conseguinte, ele relata diversos momentos de sua vida, desde eventos da sua infância, adolescência e fase adulta. Ainda no início da obra ele revela suas expectativas com o “emplastro”, um medicamento que contém grande potencial de cura.

Resumo de Brás Cubas 3

Durante sua infância, Brás Cubas comenta sua relação com seu escravo, o negrinho Prudêncio. Como um menino aristocrata, pertencente à classe alta, Brás Cubas esboça a relação que tinha com o garoto desde suas brincadeiras e caprichos. Nessa relação, podemos notar a superioridade de Brás que montava no negrinho. Além disso, ele escreve sobre um amigo da escola Quincas Borba que, por fim, torna-se um filósofo e desenvolve a teoria do humanitismo. Quando jovem, conhece Marcela, uma prostituta de luxo por quem se apaixona. Essa relação esteve baseada nos interesses, ainda que Cubas aponta que Marcela o amou “durante quinze meses e onze contos de réis”. Preocupado com o envolvimento que Brás tinha com Marcela, seu pai resolve que seu filho deve estudar fora do país por um tempo. Sendo assim, ele foi estudar em Coimbra, Portugal, onde se forma em Direito. De volta ao Brasil, apaixona-se por Virgília, no entanto, ela acaba por se casar com Lobo Neves. Isso porque ela pretendia ter mais status e resolve ficar com um político de maior influência. Ainda que desolado, o casal se encontra às escondidas numa casa alugada para esse propósito. Nesse momento podemos notar a presença de Dona Plácida, empregada de Virgília e que encobre todos os encontros da adúltera. Por fim, Brás Cubas entra para a política e mesmo desenvolvendo um trabalho medíocre, essa posição lhe oferece certo status, num mundo onde a aparência era o mais louvável. Mais do resumo acesse AQUI..

 

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

Informações para a coluna:  [email protected]

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