Coluna Zona Franca

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Massaranduba

O apelido do ex-governador de Rondônia, Ivo Cassol (PP) na Operação Lava Jato era “Massaranduba”, mas poderia se chamar de “pau de dar em doido”, ou seja, pessoa destemida, não tem medo de nada. Pois bem, doravante, de um dia para o outro (de ontem para hoje, para ser mais exato), Ivo Cassol se tornou celebridade nas redes sociais, ao surgir com um vídeo gravado numa oficina, dando conta de que descobriu a cura para a Covid-19. É, não está fácil, não. Além das miraculosas Ivermectina e cloroquina, eis que uma maçarico e uma solda surgem do nada como a solução para a pandemia. A Anvisa tem que correr para homologar o novo remédio, apresentando os protocolos necessários.

Ivo governador

Ivo Cassol viu aí a chance para retornar ao governo de Rondônia em 2022. Se der certo o “invento”, com certeza ele será consagrado mundialmente, podendo ser até candidato à vice-presidência da República na chapa de Bolsonaro. Já pensaram nessa dupla junta?  Em tempo. O STF, em julgamento no plenário virtual, declarou a prescrição de ação penal contra  Ivo Cassol por crimes contra a honra de funcionário público. De acordo com os autos, o ex-parlamentar, à época governador do Estado de Rondônia, teria desferido ataques contra a honra do procurador da República, Reginaldo Trindade. Cassol ainda tem trocentos processos correndo na justiça.

Eleições2022

Já que o assunto é eleições 2022,  além de Ivo Cassol que deseja voltar ao governo, o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) está imprimindo ritmo de trabalho impressionante, em plena pandemia. É “pule de dez” que será candidatíssimo à sucessão de Marcos Rocha, que também está trabalhando muito para se manter no cargo a partir de 2023. O problema para os dois é um só: a Covid-19. Ambos estão se contorcendo para levar a solução, enquanto o presidente da República não está nem aí, muito pelo contrário.

No PRTB

O governador Marcos Rocha, atualmente sem partido, deverá ingressar no PRTB do vice-presidente general Mourão. É o que apurou o Mais Rondônia com exclusividade. Ele terá um adversário bem difícil pela frente, Jaime Bagattoli (PSL-Aliança), que deve disputar o governo em 2022 como vingança pessoal. Para quem não  lembra, Rocha e Bagattoli quase saem às vias de fatos durante a campanha eleitoral. Faltou pouco para dar BO.

Bagattoli x Marcos Rocha

Recordar é viver. No dia 14 de outubro de 2018, Jaime Bagattoli decidiu romper com Marcos Rocha: “Não vou acompanhá-lo porque ele não quer a minha presença. Então, acho que ele acredita que eu posso atrapalhar. Ele não me liga, fez agenda no Cone Sul. Tive 212 mil votos, e quero sair com ele pedindo votos. Mas ele não quer que eu participe. O pior é não ser convidado a estar junto quando ele visita a minha terra. Desejo sucesso a sua campanha, mas eu não participo mais”, justificou.

Governadoráveis 2022

Além de Hildon Chaves (PSDB), Marcos Rocha (PRTB), Jaime Bagattoli (PSL-Aliança), Ivo Cassol (ah, vai), Marcos Rogério (DEM), temos ainda Jesualdo Pires ou Mauro Nazif, do PSB. Pires tem buscado conversar com várias correntes partidárias, não necessariamente de esquerda. É uma tendência. Até o PSDB em nível nacional vê com bons olhos uma aliança com o PT para enfrentar o inimigo em comum: Bolsonaro. Em RO, Jesualdo Pires sondou uma aliança com Léo Moraes (Podemos). Moraes, por sua vez, tenta polarizar com o governador Marcos Rocha a fim de se destacar.

Assembleia e Câmara Federal

O nome de Dr. Welisson Nunes (PDT), foto, continua em alta, tanto para a Assembleia Legislativa, quanto para a Câmara Federal. Bosco da Federal (PTB) pensa em disputar a Assembleia Legislativa em 2022. Samuel Costa (PCdoB) e Breno Mendes (Avante), dois ex-candidatos à prefeitura de Porto Velho, estão se definindo ainda. Breno prefere a Câmara Federal, pois apoiará a reeleição de Jair Montes (Avante). Ramon Cujuí (PT), por seu turno, é nome certo para a Câmara Federal. O PT vai atrás de outro nome para encabeçar a disputa pelo governo de Rondônia.

Perda irreparável

O estado de Rondônia, em especial o setor cultural, sentiu muito a morte do economista, jornalista e historiador Anisio Gorayeb Filho. Ele foi diagnosticado com Covid ainda neste mês de março e veio a falecer duas semanas depois. Entubado, não resistiu. A morte de Anisinho foi lamentada por todos, do mais simples cidadão, ao governador do Estado. Era unanimidade em todos os segmentos.

Na UTI

Muitos estão neste momento numa UTI, entubados, a espera de um milagre. A coluna não vai citar nomes, até porque são centenas de rondonienses, a maioria na capital, Porto Velho, lutando pela vida.

Pimentel na ALE

Com a inelegibilidade do primeiro suplente, Saulo Moreira (MDB), por compra de votos, quem deverá assumir uma das duas vagas de deputado estadual abertas é o advogado e secretário municipal de Saúde de Cacoal, Williames Pimentel (MDB). Segundo suplente (segundo mais votado do MDB não eleito) Pimentel deverá ocupar o lugar de Edson Martins, colega dele emedebista. Com certeza ganhará muito o parlamento estadual.

Vírus X votos

Entre as eleições de 2022, tem um vírus que, ora atrapalha, ora ajuda. Postulantes à presidência da República estão usando a pandemia para garantir votos. É quase inevitável, embora seja imoral e desumano. Por um lado, o governador de São Paulo, João Dória JR (PSDB), que foi o primeiro (e único) político até agora a lançar uma vacina, a Coronavac. Ele acreditou desde o início. A vacina é quem está salvando a Nação, neste momento. Sem vacina, o presidente Bolsonaro se apoderou da Coronavac e canta vitória dando declarações de que o Brasil é o quinto em vacinação.

Vírus X Votos 2

Até o ex-presidente Lula está correndo atrás das vacinas, se articulando internacionalmente em busca delas. Lula é o pai do Mais Médicos programa efetivado no governo Dilma e extinto no governo Bolsonaro. Caso os 10 mil médicos cubanos estivessem no Brasil, a história seria outra.

Lockdown já

Pouco mais de 24 horas após a divulgação da carta aberta de economistas, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF anunciou que deverá julgar hoje a ação de inconstitucionalidade proposta pelo presidente Jair Bolsonaro contra os lockdowns. A ação, movida pelo presidente no dia 18, diz respeito a medidas de isolamento adotadas pelos governos do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul como tentativa de conter o avanço da pandemia. A avaliação preliminar em Brasília é que o STF deve dar razão aos estados. Já existe, inclusive, jurisprudência. No ano passado, o STF deu autonomia para que os governadores e prefeitos atuem na contenção da pandemia.

Urgente!!!

Suspeição de Moro será votado nesta terça. Ministro Nunes Marques dará o último voto do julgamento. Até o momento a votação está empatada em 2 a 2.

Auxílio emergencial

Pode ser uma imagem de texto que diz "MORTES POR COVID-19 NOMUNDO fonte Oar Wor 1010 2540 2010 MÉDIA MOVEL 1500 1000 12.259 BRASIL 500 NOV/ 2020 11.000 475 414 400 JAN/ 2021 EUA MÉXICO RÚSSIA ITÁLIA MAR/ 2021 00:20"Presidente burro! Sem lockdown aumentam índices de internações e mortes. Com lockdown, vacinas e R$ 600 reais de auxílio emergencial, em dois meses acabamos com o problema no Brasil. Sem esses requisitos, vamos mergulhar na maior crise financeira e sanitária jamais vista. Seremos praticamente destruídos pelo  vírus.