Por Roberto Kuppê (*)

Tiro no pé

A coluna começa falando, claro, da CPMI do 8 de Janeiro, ou, mais conhecida na Praça É Nossa como a “CPMI do Tiro no Pé”. É a primeira vez que vemos um criminoso ir na delegacia levar provas de um crime que ele cometeu, mas atribuir a terceiros. É disso que estamos tratando. Bolsonaristas tentaram o Golpe Tabajara no dia 8 de janeiro que, claro, não deu certo.  As vítimas dos atos golpistas são o governo Lula e a democracia. Essa tentativa de distorcer o foco é desespero, blefe e bravata dos bolsonaristas e do Moro também, que joga sujo a favor dos golpistas. Todo mundo viu e está vendo quem são os criminosos.

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Ao governo não interessava a CPMI por motivos óbvios. O STF e a PF já estão realizando as investigações e o caso já está bem adiantado. Por outro lado, no âmbito do DF, a Câmara Legislativa está realizando uma CPI neste sentido, estando também adiantada e apresentando resultados.

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Ao governo não interessava também porque esse evento atrapalharia as votações de projetos importantes no Congresso Nacional, como vários decretos, projetos de lei e o arcabouço fiscal. Mas, como a oposição insistiu tanto no tiro no pé, o governo autorizou a entrada da base com força na CPMI que será lida e criada na próxima quarta, 26.

Receio

O Planalto vê três pontos negativos na possibilidade de uma CPMI sobre o assunto agora. A primeira delas é o fato de que a oposição tentará desfazer a imagem do governo como pró-democracia, que se consolidou depois dos ataques, em oposição ao golpismos dos apoiadores de Jair Bolsonaro. Além disso, o governo prevê tentativas de constranger os ministros da Defesa, José Múcio Monteiro, e da Justiça, Flávio Dino, peças-chave do atual governo. O terceiro é o mesmo risco apontado por Lula em janeiro: a dispersão de energia e tempo em um momento em que o governo tem que trabalhar a aprovação do arcabouço fiscal e uma futura reforma tributária e que ainda não teve testes para valer que dimensionem o tamanho de sua base de apoio.

E o G Dias?

O ex-ministro chefe do GSI, general de pijamas Gonçalves Dias, como uma pomba lesa, foi filmado orientando os terroristas para deixar as dependências do quarto andar do Palácio do Planalto, cujas imagens a CNN tratou de manipular para parecer que ele estava dando guarida aos baderneiros. As imagens divulgadas realmente confundem, mas não retratam a realidade dos fatos.

Enquanto isso…

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria na noite desta quarta-feira (19) para tornar réus cem bolsonaristas que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro. Até agora votaram a favor da abertura da ação penal os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Edson Fachin e Cármen Lúcia, informa a Folha de S.Paulo. A pedido do ministro Alexandre de Moraes, a presidente do Supremo, Rosa Weber, já pautou a análise de um segundo pacote de denúncias da PGR. O julgamento começará na próxima terça-feira (25).

A verdade

Na verdade, bolsonaristas estão preocupados já com as eleições de 2026. O governo Lula está indo muito bem, principalmente nas áreas sociais e econômicas, bem como no exterior. Esse sucesso significa meio caminho para uma reeleição de Lula. Mesmo que isso atrapalhe o Brasil, a oposição não quer saber de Lula reeleito, ou seja, de um governo de esquerda por mais quatro anos.

Defensor da família

De uma coisa, a coluna não pode deixar de elogiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele defende como ninguém a família (dele) e os amigos. Após deixar a presidência, Bolsonaro cuidou de empregar boa parte da família dele e da esposa, em gabinetes de políticos ligados a ele. Jair Renan Bolsonaro está no gabinete do ex-secretário da Pesca no governo do pai, o senador Jorge Seif (PL), com um salário de aproximadamente R$ 9,5 mil. Ah, e tem BO grave envolvendo o senador. Um caminhão dele foi apreendido com mais de 300 quilos de maconha.

Lula e a enfermagem

O presidente Lula honrou o seu compromisso com a categoria e assinou projeto de lei garantindo R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso salarial dos enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras.

Povos indígenas

No dia em que é celebrado o Dia dos Povos Indígenas, o Hospital Bom Pastor, localizado em Guajará-Mirim, Rondônia, destacou as iniciativas desenvolvidas que incorporam o entendimento e o respeito à cultura indígena na assistência humanizada oferecida para uma população de mais de cinco mil indígenas da região. Na fronteira com a Bolívia, em meio à floresta Amazônica, a unidade atua como referência para 54 aldeias da região, das quais cerca de 90% só são acessíveis por meio fluvial.

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Entre as iniciativas desenvolvidas no hospital, ganham destaque a presença de técnicos em enfermagem indígenas, com fluência no dialeto para facilitar a comunicação, serviço de nutrição voltado aos hábitos alimentares indígenas, e a horta medicinal, para atender a cultura das aldeias com tratamento fitoterápico.

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O senador Confúcio Moura (MDB-RO) comemorou o Dia dos Povos Indígenas nesta quarta-feira (19). Em pronunciamento, disse que a celebração em 2023 tem um valor histórico, uma vez que houve mudança na designação da data. Antes denominado Dia do Índio, agora é Dia dos Povos Índígenas, lembrou o senador. Para ele, a redesignação revela mensagens importantes, como a diversidade cultural dos diversos povos, com necessidades e problemas próprios, que exigem atenção especial, com soluções únicas e individualizadas.

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Confúcio Moura lamentou que os povos indígenas tenham sofrido nos últimos anos com o descaso e a omissão, mas lembrou que o garimpo ilegal não foi o único problema enfrentado. Ele aproveitou para defender a adoção de políticas públicas específicas e sugeriu, por exemplo, o financiamento da produção agrícola indígena. O senador defendeu também a retomada dos processos de homologação e demarcação de terras indígenas e condenou a situação de precariedade vivida por muitas etnias.

ELEIÇÕES 2024

 

Em Porto Velho, a sucessão municipal ganha novos atores. A Frente Democrática ou Progressista, como queiram, formada por seis partidos de esquerda, vai se reunir no final do mês para mais uma rodada de conversa visando indicar um nome de consenso para disputar a prefeitura da capital. A direita dominante poderá ter quatro candidatos, dentre eles, Fabrício Jurado (PSDB) e Marcelo Cruz (Patriotas). 

“Toma, mana”

O partido Solidariedade tem novo comando. O presidente da Assembleia Legislativa de RO, Marcelo Cruz (Patriota), pegou e entregou a sigla para a irmã dele, a empresária Mirlene Cruz da Silva. O objetivo, claro, são as disputas eleitorais de 2024. Marcelo Cruz é prefeitável.

Rocha não foi

O vice-governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves, esteve no Palácio do Planalto, em Brasília com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros e outros governadores. O principal assunto em pauta foi a segurança nas escolas, onde foram discutidas medidas já tomadas e ouvidas avaliações sobre as ações. Bolsonarista até a medula, o governador Marcos Rocha (União Brasil), declinou do convite.

E Marcos Rogério?

O senador Marcos Rogério (PL-RO), continua licenciado. No cargo desde dezembro, Samuel Araújo (PSD-RO), foto, virou governista, seguindo a orientação do partido de Gilberto Kassab. Marcos Rogério pediu licença há quatro meses para acompanhar o tratamento de saúde da filha dele, mas, já era para ter retornado. Com a CPMI do 8 de Janeiro sendo instalada, com certeza ele fará parte ao reassumir o cargo.

 

 

A megera indomável

Sabe a Sandra Mathias Correia de Sá, que açoitou com uma coleira de cachorro aquele entregador em São Conrado (Rio)? Pois é.  A Polícia Civil do Rio de Janeiro a indiciou por supostos crimes contra a própria mãe, de 77 anos. A polícia revelou que a mulher teria cometido os crimes de maus-tratos e lesão corporal contra a mãe, ao agredi-la com socos, tapas e pontapés. De acordo com o portal G1, em depoimento, a mãe afirmou que Sandra ainda tentou interná-la à força em uma clínica e que teria sido amarrada com um lençol. Um exame de corpo de delito comprovou que a idosa era alvo de agressões. Desnecessário dizer que ela é bolsonarista. Normal.

 

 

Com informações de Brasil247 

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