Coluna do RK- Bastidores da política nacional e regional

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Por Roberto Kuppê (*)

                                O apoio de Expedito à Bolsonaro

Expedito e Marcos Rogério declaram apoio à Bolsonaro. Foto Marcelo Gladson

O que parece estranho ou oportunista, não é. O apoio tempestivo do candidato ao governo de Rondônia, Expedito Júnior (PSDB) à Bolsonaro é legítimo e apropriado ao momento. Coerente, poderia dizer. Mais além, ao anunciar o apoio, mesmo correndo riscos, Expedito foi muito corajoso, convenhamos. O segundo turno é outra eleição e o candidato dele à presidência, Geraldo Alckmin, perdeu. Além do mais, o PSDB é adversário histórico do PT. Dito isso, o articulista que vos escreve declara: Expedito é o melhor para Rondônia, dentre as duas opções que restaram para o segundo turno. Quanto à presidência, a escolha é livre.

                           “Ah, mas Expedito foi cassado”

Foi. Mas, já pagou e está limpo, tanto que registrou candidatura ao governo. A questão da cassação por compra de votos está mal explicada. A verdade é bem outra. Cinco vigilantes declararam à PF que foram cooptados a dizerem que receberam R$ 100 reais para votar em Expedito. Isso está nos autos. É importante destacar que nos quase 30 anos de política, não existe uma denúncia sequer de desvios de recursos públicos. O resto é politicagem.

 

                          Marcos Rogério, o fenômeno de votos

Marcos Rogério.Foto Marcelo Gladson

Há dois meses, Expedito Júnior dissera a este articulista: “Marcos Rogério será eleito senador da República. E digo mais: vai passar o Confúcio!”. Claro que este que vos escreve duvidou: “Não acredito. E não é porque não voto nele. É porque ninguém supera Confúcio Moura”. Se tivesse apostado, teria perdido. Pois Marcos Rogério (DEM) foi eleito com 320 mil votos, 100 mil a mais do que Confúcio. É ou não é um fenômeno? Marcos Rogério será um dos coordenadores da campanha de Expedito Júnior nesse segundo turno.

Kalb apoia Expedito

O ex-candidato a vice-governador Jaime Kalb (PPS), da chapa de Vinicius Miguel (Rede) declarou apoio através das redes sociais á Expedito Júnior. Vinícius ainda depende da Executiva Nacional para anunciar posição, o que deverá acontecer entre hoje e amanhã.

Haddad e os fake news

O candidato à presidência da República, Fernando Haddad (PT) está sendo vítima das mais sórdidas campanhas negativas via fake news. A vice dele, Manuela D’Ávila PCdoB), também é um dos alvos preferenciais dos fascistas, soldados de Bolsonaro. Tanto Haddad quanto Manuela, estão acionando a justiça e conseguiram retirar vários fake news da internet.

Comunismo e socialismo

O sistema político brasileiro é democrático e a economia baseada no capitalismo. Com milhões de pobres, muitos deles abaixo da linha de pobreza, que é a miséria absoluta, convém que o Estado (enquanto Nação) estenda suas mãos sobre essa população sofrida. Com o desemprego em alta, se o o governo federal não ajudar com programas sociais, o destino desta população é a morte. Pela sobrevivência, daí vem a violência, o caos social. O governo petista, nos seus 13 anos, ajudou muito esta parcela da população com vários programas sociais como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, ProUni, FIES, etc. A oposição chama isso de comunismo. Mas, é socialismo puro. Haddad, 13, é o voto deste articulista. No vídeo abaixo, o que era o Brasil antes do PT:

O fim da era Raupp

Quem diria, hein? Alguém imaginaria que o clã Raupp seria extirpado pelo eleitorado rondoniense? Pois aconteceu. O senador Valdir Raupp (MDB) e a deputada federal Marinha Raupp (MDB), não foram reeleitos. O senador Romero Jucá (MDB-RR), também não. Jucá é aquele da gravação: “Tem que estancar a sangria (da Lava Jato). Fazer um grande acordo nacional. Com STF com tudo”.

A maldição foi quebrada

Com 30.399 votos, o deputado federal eleito, Mauro Nazif (PSB), quebrou a “maldição dos ex-prefeitos de Porto Velho”. Mauro Nazif acabou com a “tradição” de Porto Velho não eleger seus ex-prefeitos a mais nada. Isso aconteceu com José Guedes (PSDB), Roberto Sobrinho (PT) e Carlinhos Camurça (Podemos). Nestas eleições, Camurça saiu a deputado estadual pelo Podemos e obteve apenas 4258 votos. Nazif foi prefeito de Porto Velho de 2012 a 2016 quando tentou ser reeleito, mas perdeu para Hildon Chaves (PSDB). Não ficou nem dois anos sem mandato. Assume a Câmara Federal em fevereiro de 2019.

Capital elege 4 deputados federais

Outro dado importante desta eleição. Porto Velho elegeu metade da bancada federal.  Mariana (PSDB), Expedito Netto (PSD), Mauro Nazif (PSB) e Léo Moraes (Podemos). Não será por falta de representação em Brasília que a Capital não terá recursos para o seu desenvolvimento.

Vinícius Miguel

Foto divulgação

O nome do ex-candidato ao governo de Rondônia, Vinícius Miguel (Rede) está sendo cogitado para cargos públicos em eventual governo, para candidato à prefeito de Porto Velho em 2020 e até a governador de novo, em 2022. Só para lembrar, ele obteve 110 mil votos, sendo que 70 mil em Porto Velho. É um nome em ascensão.

 

Jesualdo Pires

Jesualdo Pires, ex-candidato ao Senado

Outro nome que cresceu nestas eleições é o do Jesualdo Pires (PSB), ex-prefeito de Ji-Paraná. Ele obteve 195 mil votos para senador da República. Quase desbanca Confúcio Moura (MDB). É um nome para o PSB lançar ao governo em 2022.

 

 

 

Os injustiçados

Eleição é uma caixinha de surpresas. Mas, também é uma ciência exata. Quem não é visto, não é lembrado. E por isso, precisa fazer campanha acirrada. Muitos ótimos candidatos não são eleitos e muitos péssimos candidatos (põe muito nisso e multiplica por 10) são eleitos por um simples detalhe: dinheiro. Com exceção de fenômenos de votos, a maioria que se elegeu é porque gastou muito. Dito isto, a coluna lamenta as derrotas dos candidatos proporcionais (estadual e federal) Luciana Oliveira (PSB), Raimundinho Bike Som (PHS), Olakson Pedrosa (Rede), Tiago Lins (Rede), Ady Alves (PRB), Breno Mendes (PSD), Daiana Huff (MDB), Taís Benito (PT), dentre outros.

 

 

(*) Roberto Kuppê é articulista político ([email protected])