Coluna do RK- Bastidores da política nacional e regional

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Por Roberto Kuppê (*)

 

O álcool é nosso?

Se o petróleo e o álcool são nossos, por que os preços dos combustíveis seguem o padrão internacional, cotado em dólar? Está errado! O Brasil produz 80% do petróleo consumido no País. Apenas 20% é importado, ainda que por burrice. Pois temos capacidade de produzir 100% do que necessitamos. E se falarmos de álcool? Por que é caro o etanol, se ele é produzido e fabricado 100% no Brasil?

Atravessador leva a maior parte

Os distribuidores autorizados pela Petrobras funcionam como atravessadores. O álcool etanol produzido nas usinas brasileiras têm que primeiro ir às distribuidoras oficiais para, em seguida, chegarem aos postos. Isso tem que acabar. O governador de Rondônia, Daniel Pereira (PSB) está se movimentando para mudar isso, sabendo que será uma missão quase impossível.

Caminhoneiros X Gás, Gasolina e Etanol

Chorão (de barba) está no Mané Garrincha neste momento

Caminhoneiros fazem novas manifestações hoje e amanhã em Brasília. Os protestos agora são contra os abusivos aumentos dos preços da gasolina, gás e etanol. Ontem a Petrobras anunciou mais um novo reajuste de 8,9% no gás GLP (gás de cozinha) a partir da próxima terça feira (05). A justificativa do reajuste ficou por conta das altas cotações do produto no mercado internacional. A gasolina subiu de novo, após a greve dos caminhoneiros. Um absurdo esse governo Temer.

Ave de mau agouro

O deputado federal Marcos Rogério (DEM-RO) vive provocando o TSE com o objetivo de inviabilizar a candidatura do líder das pesquisas, Lula (PT). MR é da bancada evangélica que apoia o governo Michel Temer, o pior presidente que este país já teve em todos os tempos. Tanto que, para ficar de “bem” com a bancada, MT foi lá no templo da Assembleia de Deus prestar contas. A bancada evangélica tem 200 deputados federais que pode tira-lo do poder num piscar de olhos. Temer, eterno refém. Voltando ao MR, o deputado de Ji-Paraná se lançou ao Senado Federal….tchau, querido…

Eleições 2018

Estamos a pouco mais de quatro meses (124 dias) para as eleições que tem uma Copa do Mundo de futebol no meio. Tanto no cenário nacional, quanto no regional a situação é de indefinição. O PT deve lançar no próximo dia 9, em BH, Lula candidato. Em Rondônia, para o governo, está tudo embaralhado por conta das indefinições dos pré-candidatos Ivo Cassol e Acir Gurgacz, ambos condenados pela justiça. Estão certas apenas as pré-candidaturas de Paulo Benito (PT), Vinícius Miguel (Rede), Pedro Nazareno (PSTU), Zé Jodan (PSL) e Maurão de Carvalho (MDB). E há uma grande possibilidade do governador Daniel Pereira (PSB) disputar reeleição.

Para o Senado Federal

O ex-governador de Rondônia, Confúcio Moura (MDB), continua o favorito, seguido de perto por Jesualdo Pires (PSB), Fátima Cleide (PT), Expedito Júnior (PSDB) e Aluízio Vidal (Rede). Também disputam as duas vagas Bosco da Federal (PPS) e Manoel Neri (PCdoB).

Ivo Cassol, fora da disputa

Não está fácil para o senador Ivo Cassol (PP-RO) e ele sabe disso, por isso prepara a irmã Jaqueline Cassol (PR-RO) para disputar o Senado ou até mesmo ao governo de Rondônia. Cassol parou de bater de frente com o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) e tem focado no ex-governador Confúcio Moura (MDB), pré-candidato ao Senado Federal. Mas, o jornal do senador Acir Gurgacz, o Diário da Amazônia, deu destaque às denúncias e investigações que o parlamentar responde na justiça. “Outro escândalo envolvendo o senador rondoniense veio à tona em novembro de 2017”, diz o jornal, publicando um vídeo da Rede TV Rondônia, também de propriedade do senador Gurgacz, na coluna assunada pelo jornalista Alessandro Lubiana:

O ex executivo da Andrade Gutierrez, Flavio David Barra afirmou em depoimento à polícia federal ter pago 2 milhões de reais de propina ao então governador Ivo Cassol. O depoimento de Barra foi prestado em novembro do ano passado no inquérito que investiga o suposto pagamento de propina ao senador e ao ex-secretário João Carlos Gonçalves Ribeiro. De acordo com o ministério público federal, Valladares disse que pagou 2 milhões de reais ao então governador Ivo Cassol e 1 milhão ao secretario de Cassol, João Carlos Gonçalves Ribeiro. Ainda de acordo com o ministério público, Valladares disse em depoimento que a propina paga à Ivo Cassol foi um reconhecimento pelo trabalho do então governador de Rondônia para destravar questões burocráticas em obras de usinas no rio madeira. O ex executivo da Andrade Gutierrez – Flavio David Barra disse em depoimento a polícia federal que o valor foi pago em espécie e que o secretário João Carlos Ribeiro levava mochilas e mala para guardar o dinheiro. Barra disse ainda que em agosto de 2011 ficou combinado que os valores seriam pagos em parcelas num período de três meses. Ainda de acordo com Flavio David Barra, em setembro de 2011, após pagamento de parte da propina, ele almoçou com o senador Ivo Cassol para tratar do apoio do governo à empreiteira Odebrecht. Segundo o ministério público federal, esse episódio confirma a estreita relação entre Cassol e o grupo da empreiteira. Ivo Cassol também prestou depoimento à polícia federal, na ocasião ele negou que tenha recebido propina de dois milhões de reais da empreiteira. Essa investigação contra o senador Ivo Cassol continua para apurar se ele recebeu mesmo a propina e se teria havido influencia durante as obras das usinas do rio madeira. Além disso, o senador Ivo Cassol foi condenado pelo supremo tribunal federal pelo crime de fraude em licitações quando era prefeito do município de Rolim de Moura.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político