Coluna do RK- Bastidores da política nacional e regional

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Por Roberto Kuppê (*)

             Fim da greve dos caminhoneiros

Com a fim da greve dos caminhoneiros o Brasil volta à normalidade. Ou seja, caos na saúde, na segurança, na educação e a corrupção comendo solta. No Rio já se ouve os primeiros tiroteios. No centro, o roubo de celulares volta timidamente. Em Brasília congressistas já pensam em dar outro golpe: anular as eleições de 2018 e dar mais dois anos para Temer continuar desgovernando o País. Em Rondônia, o senador Ivo Casso(PP) voltou a falar mal de Confúcio Moura (MDB). Como diria e dançaria Paulo Marun: “Tudo está no seu lugar, graças a Deus”.

ITALIANOS X PSL – 1º ROUND

Jaime Bagattoli, titã do agronegócio em Rondônia, e seu ajudante de ordens Evandro Padovani, ex-secretário da SEAGRI, decidiram enfrentar o PSL em Rondônia. Primeiro, Bagattoli, que seria pré-candidato ao Senado pelo partido, decidiu que seu suplente seria escolha pessoal sua e que faria uma campanha descolada do partido. E, mais acintoso ainda, buscaria apoios com seus amigos como Ivo Cassol, numa coligação cruzada proibida pela Executiva Estadual, que decidiu que o partido vem com chapa puro-sangue. O italiano havia imaginado que o PSL é como todo partido, uma sigla de aluguel e que, endinheirados como ele, mandariam a abusariam.

ITALIANOS X PSL – 2º ROUND

Convidado pelos dois italianos a participar de uma agenda de eventos do agronegócio no Cone Sul, o pré-candidato a governador pelo PSL, JODAN, um empresário de porte e muito respeitado em todo estado, foi. Lá, foi tratado como um poste: simplesmente ignorado, ostensivamente. Apesar de ter conversado com ambos, insistido que esse comportamento desagregador prejudicaria a todos, não foi ouvido. Na realidade, JODAN foi desprezado de modo acintoso.

ITALIANOS X PSL – 3º ROUND

Não satisfeitos, os italianos, numa tentativa de tomar o partido ou dele ter algum tipo de controle, ligaram para a Executiva Nacional fazendo acusações graves contra a agremiação e seu presidente, o coronel Marcos Rocha. Na Executiva Nacional e na Estadual, não tem menino. Apurados os fatos, a Nacional determinou que ambos fossem tirados do partido. Agora, clamam por uma conversa, uma negociação, em especial Evandro Padovani, que sonha há anos com sua cadeira na Câmara Federal. Para Bagattoli, tanto faz. Seu perfil arrogante, não agrega e, por diversas vezes, entrou em disputas e, como sempre, desistiu. Agora a Executiva Estadual movimenta-se para fechar as pré-candidaturas e preparar sua convenção. Com menos dois pré-candidatos.

Ciranda

A recente Operação Ciranda deflagrada ontem em Porto Velho, no âmbito municipal, deu uma mostra de que ninguém está imune à corrupção, mesmo que indiretamente. O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) foi surpreendido com a ação na administração dele. Tudo indica que vícios do passado (e põe passado nisso) continuam a acontecer nas administrações públicas de Rondônia, bem como de todo o País.

Emendas parlamentares

Ninguém toca no assunto, mas se investigar as emendas parlamentares, sejam federais ou estaduais, vão encontrar ilegalidades. É só seguir o dinheiro. Parlamentar quando divulga que emenda tal foi para tal lugar, é uma senha: “eu quero o meu”.

           Advogado ativista sofre ameaças na Esplanada

O advogado André Janones procurou a imprensa no Congresso Nacional, para denunciar que teria sofrido ameaças e cerceamento da liberdade de expressão ontem, durante manifestações contra o aumento abusivo do combustível. Ele gravou vários vídeos defendendo a paralisação dos caminhoneiros. Janones, em conversa com o jornalista Fábio Camilo, que é presidente da Fenacom, disse que foi informado que um VW Gol que o perseguiu nas vias de Brasília seria da Polícia Legislativa do Senado Federal.

 

 

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político