Coluna do RK-Bastidores da Política Nacional e Regional

Por Roberto Kuppê (*)

                                              100 mil

Parece um número distante, mas não é. Por volta de agosto teremos 100 mil mortes pela Covid-19. Porque, pelo andar das ambulâncias, o Brasil caminha acelerado para se tornar o líder mundial da pandemia 2020, posto que atualmente é ocupado pelos Estados Unidos, a quem Bolsonaro se espelha. É exagero? Não é! Quando o principal político do País deveria lutar para salvar vidas, ele faz exatamente o contrário. Infelizmente, essa é a nossa realidade.

                                                 O culpado

Não existe apenas um culpado, porém. Tudo começou em 2014, quando Dilma se reelegeu, dando ao PT o quarto mandato consecutivo de presidente da República. Lula, Lula, 2002-2006, Dilma-Dilma, 2010-2014. A esta altura o Brasil já era a sexta potência econômica mundial. Respeitadíssimo lá fora. O temor que que tinham sobre um governo petista, não se concretizou. Nada de comunismo, muito pelo contrário: Lula se tornou um dirigente capitalista liberal (demais). Fez o melhor governo (para todos) de todos os tempos. Tirou o Brasil da linha da pobreza extrema. A classe média sorriu e os capitalistas nunca amaram um socialista como antes nesse País.  Mas, a inveja tomou conta da oposição que via o PT crescer demais e assumir o protagonismo mundial. O perdedor de 2014, Aécio Neves, fez um duro discurso no Senado Federal: disse que não ia deixar o PT governar. E assim aconteceu o impeachment, com o STF com tudo. E o impeachment pariu Bolsonaro!

                            Covid-19 X Bolsovid-38

E o que tem a ver a pandemia com Bolsonaro? “Não foi ele quem criou o vírus”. Não foi. A única coisa que Bolsonaro criou até hoje foi confusão. Enrolado até o pescoço com crimes cometidos por ele e pela família, Bolsonaro deixou de lado o combate ao coronavírus e passou a lutar para se manter no cargo. Com isso, deixou a população à mercê do vírus e hoje amargamos a perda de mais de 42 mil vidas. Com esforço, esse número poderia ter sido menor, no máximo 4 mil. E a tendência é chegarmos a 100 mil em agosto. Para piorar mais ainda a crise sanitária, Bolsonaro ordenou que seus seguidores invadam hospitais para checar se realmente tem doentes com vírus internados. O próximo passo será exumar cadáveres no cemitério.

                                         Nova York, hoje

Daniel Maia, amigo deste colunista, enviou várias fotos de NY tiradas hoje, domingo. A maior cidade do mundo totalmente deserta, cumprindo isolamento. Enquanto isso, no Brasil com quase 50 mil mortos, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro estão  reabrindo shoppings, hotéis e restaurantes. No Rio, praias lotadas. Como se diz, o brasileiro precisa ser estudado pela NASA.

                                                  FELIZ ANIVERSÁRIO
Falando em Daniel, ele completa 30 anos de idade hoje. Está residindo com a família (esposa Mariana e os filhos João Pedro e Ana Júlia) em Nova York. Parabéns, feliz aniversário!!! Por incrível que pareça, ele desembarcou em NY no dia 16 de março deste ano, em plena pandemia. Estão todos com saúde, graças a Deus. Família abençoada!!!

                                     Já somos uma Venezuela!

Em um ano e meio de governo, Bolsonaro conseguiu o que o PT passou 13 anos no governo e não conseguiu: transformar o Brasil numa Venezuela. E olha que a Venezuela está bem melhor do que o Brasil na questão de saúde, da Covid-19 com pouquíssimos mortes. Então, já somos pior do que a Venezuela. Viva Bolsonaro!

                                       PT com orgulho

Não. Este colunista que vos fala não tem medo e nem vergonha de dizer que está filiado ao PT. Muito pelo contrário, sente orgulho de já ter votado em Lula quatro, cinco vezes e que votaria de novo se se candidatar de novo. Lula realmente é o cara, como já disse Barack Obama, ex-presidente dos EUA. Amado por milhões e odiado por um punhado de invejosos (sendo cavalheiro). No entanto o colunista é imparcial: tanto faz apertar na mão de Lula como no pescoço de Bolsonaro. (Risos). Em tempo, o colunista não será candidato a nada em 2020. Em 2022, quem sabe, se passar vivo por esta pandemia.

                                     Faça uma criança sorrir

Com pouco. O governo Lula fez muitas crianças sorrirem. Com pouco, para quem não tinha nada, absolutamente nada. O governo atual não se preocupa com as crianças. Muito pelo contrário. As políticas públicas que o governo do PT deixou, foram jogadas no lixo. Nunca nossas crianças estiveram tão desprotegidas como agora. E não é por conta da pandemia não. É por falta de amor mesmo.

                                   Eleições 2020

Difícil falar em eleições em tempo de pandemia. Mas, essa coluna é política, então vamos lá. Quase 20 anos depois, o PT sonha em voltar a administrar Ji-Paraná, o município mais importante da BR-364.  Leonirto (mais conhecido como “Nico do PT”) assumiu em 2002 quando o então prefeito Acir Gurgacz (PDT)  se lançou ao Senado Federal. De lá para cá o PT elegeu apenas vereadores. Eleita vereadora em 2016, Cláudia de Jesus (PT), lançou sua pré-candidatura a prefeita. Ela é filha do ex-deputado  federal Anselmo de Jesus (PT). Jipa já teve três prefeitos de esquerda: Acir (PDT), Nico do PT e Jesualdo Pires (PSB). O PT tem outra pré-candidata a prefeita. Professora Lílian Ferreira, por Guajará-Mirim.

                             Frase de Confúcio Moura

O “corona” resolveu colocar freios na humanidade. A mensagem dele ainda não ficou bem clara. Mas botou todo mundo no seu lugar. Dentro de casa.

                                  Fogo no parquinho

O poder alcançado por bolsonaristas em todo o Brasil parece de mentira, frágil, efêmero. Muitos eleitos em 2018 não acreditaram em suas vitórias. Não estavam preparados. Ao assumirem, se lambuzaram como formiga no mel. O PSL subiu tão rápido quando desceu. Hoje é um partido fantasma, que assombra. Em Rondônia não foi diferente. Bolsonaristas eleitos em 2018 estão se estranhando, virando inimigos. O vice-governador Zé Jodan não toma mais tacacá na mesma mesa do governador Marcos Rocha. Ambos estão brigados. Zé Jodan, segundo MR, está por trás de movimentos para derrubá-lo.

                                        Eleições 2022

Quem se der bem nestas eleições de 2020 pós-pandemia, poderá estar em boas condições de disputar as eleições para governador em 2022. A coluna prevê que o próximo governador de Rondônia será eleito com a força das urnas destas eleições municipais. Além do governador, será eleito apenas um senador da República. Nomes como Hildon Chaves (PSDB), Expedito Júnior (PSDB), Jesualdo Pires (PSB), Fátima Cleide (PT), Vinícius Miguel (Cidadania), George Braga (MDB), Thiago Tezzari (PSD), Samuel Costa (PCdoB), estão em ascensão, favoritos para as próximas eleições.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista política