Por Roberto Kuppê (*)
Ser ou não ser?
A frase “Ser ou não ser, eis a questão” vem da peça A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, mas se aplica à nossa realidade. Isolar ou não isolar, eis a questão. A tragédia do coronavírus é mais do que uma epidemia, é quase uma sentença de morte em massa. Estamos todos vulneráveis e propensos a pegar o Covid-19. Em caso de positivo a morte é quase certa. Então, por que essa pressão para flexibilizar o isolamento, sendo que o perigo ainda está na nossa porta, literalmente falando? Sim, há casos e há casos. Em Rondônia, por exemplo, são pouco mais de 200 casos e cinco óbitos conhecidos. É pouco? É. Graças a Deus! Mas, se afrouxarmos esse pouco pode virar muito. A decisão de sair de casa é quase individual, já que muitos já estão nas ruas pegando ou não o vírus. Como saber? O fato é que está havendo muitas infecções e muitas mortes não contabilizadas.
Números manipulados
Após a saída de Mandetta (Saúde) os números divulgados pelo governo sob o novo ministro caíram pela metade. A manipulação dos números é evidente. O Ministério da Saúde sob Nelson Reich está deliberadamente escondendo os números reais da tragédia. O número de mortes diárias e o colapso do sistema funerário de Manaus que o digam.
Home office
Por que o governador de Rondônia, Marcos Rocha (Patriotas) e o secretário de Saúde não fazem valer um Decreto já existente que prevê o trabalho à distância, home office, evitando assim que milhares possam se contaminar com o vírus? Estão esperando o que? Que os servidores e servidoras sejam contaminados ou levem o Coranavírus para o prédio da SESAU e outras secretarias? Porque obrigados ao confinamento dentro da SESAU por seis horas diárias é questão de pouco dias para que apareçam os primeiros casos positivos por lá, comprometendo inclusive o trabalho da SESAU, sempre necessário, mas pior ainda será se houverem óbitos, quando então não haverá perdão para essa horrível omissão de vocês.
Home office 2
Mesmo que não tivesse a questão da epidemia do Coronavírus, não dá para entender como o governador e o secretário de Saúde, o médico Fernando Máximo, não se dão conta que o trabalho em casa efetivado pelo servidores pode gerar muita economia para o Estado, sobretudo para a SESAU, sempre carente de recursos. Economia de energia elétrica, economia de papel, menos gente disputando vaga no estacionamento do Palácio Rio Madeira, também economia para o bolso dos servidores, que vão gastar menos no ônibus ou no carro, também alivia o trânsito para os outros portovelhenses que precisam se deslocar na cidade nos horários de pico.
Pisando em ovos
O presidente Jair Bolsonaro, após atacar a democracia durante corpo a corpo com seus apoiadores nas manifestações de domingo (19), o que provocou a maior onda do #ForaBolsonaro de todos os tempos, já está falando fino. É o medo de impeachment, cujo movimento tomou um volume grandioso em todo o país. Tem todos os elementos para um um impeachment. Basta Rodrigo Maia (DEM) querer. O qual não quer. É farinha do mesmo saco.
Será? Esperamos que seja verdade!!!
JK, o injustiçado
Herbert Lins
A Coluna do RK, no passado, fez severas críticas ao professor Herbert Lins. Hoje a coluna quer pedir desculpas ao injustiçado e massacrado mestre. Um cidadão que não deve nada à justiça, sendo hoje uma referência. Herbert Lins continua ministrando aulas e assessora um parlamentar. O colunista que vos escreve aceita o convite para tomar um vinho com o professor quando a tempestade passar. Um bom final de semana, ilustre mestre.
Confúcio Moura
Ontem os três senadores de Rondônia discursaram no Senado (via Skype), a respeito do problema do Covid-9. Apenas Confúcio Moura (MDB) tocou na ferida, ou seja, no ponto fraco das consequências dessa pandemia mundial: o pobre, o mais afetado indiretamente pelo vírus. Moura foi enfático, incisivo e direto: o governo tem que fazer chegar a todos os brasileiros necessitados a ajuda emergencial, pois o que vai matar após a crise, será a fome. Parabéns ao senador pelo discurso.
Justiça para Alexander
A coluna acredita 100% na inocência do jovem Alexander Vinícius, morto por engano no sábado, 11, em Porto Velho. A mãe dele, Alângia Araújo, que já trabalhou com este colunista em O Estadão do Norte, prestou depoimento ontem. Ela disse à coluna que o sigilo telefônico de Alexander será quebrado, o que poderá comprovar a inocência dele. Como todo jovem adolescente, Alexander passou por provas na ginkana da vida, podendo até ter errado, mas criminoso, assassino, jamais. Justiça seja feita. O Facebook dele está aberto. Vejam se ali tem um criminoso, senão um adolescente como outro qualquer, em busca da felicidade. “Mudei. Não pelos outros, mas por mim. Cresci e amadureci com os erros que cometi. Quando olho para trás sinto que poderia ter evitado inúmeras coisas, mas aprendi a não chorar por águas passadas. Afinal, todos os golpes me transformaram em quem sou hoje” postou ele no Facebook em março de 2018.
Eleições 2020 mantidas
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) garante que as eleições de outubro devem ser mantidas. A Justiça Eleitoral, até o momento, tem condições materiais para a implementação das eleições no corrente ano. A conclusão foi tomada com base em informações enviadas pelos tribunais regionais eleitorais e setores internos do TSE.
Dobradinha Vinícius/Orleans
O pré-candidato a prefeito de Porto Velho, Vinícius Miguel (Cidadania), recebeu o ex-vereador Sid Orleans, com quem poderá fazer até uma dobradinha, prefeito e vice.Porém, como uma andorinha só não faz verão, Vinícius está buscando outros partidos para compor uma chapa vencedora. É um dos nomes mais fortes depois do próprio prefeito, Hildon Chaves (PSDB).
Ramon/Samuel?
Há uma grande possibilidade do PT de Porto Velho se unir ao PSOL e ao PCdoB, visando as eleições de 2020. O PT lançou como pré-candidato o professor Ramon Cujuí, nome que cresce dia a dia. Mas, um nome que teve uma ascensão meteórica é o de Samuel Costa (PCdoB) que deu vida ao partido do Pantera. Nos bastidores, há conversas de que Ramon e Samuel caminhem juntos.
Terrinha no páreo
Ex-petista e ex-PMB, o ativista Terrinha está agora na Rede Sustentabilidade. Ele deve ser candidato a prefeito de Porto Velho. Terrinha é uma pessoa humilde, mas com muita vontade de fazer alguma coisa pela Capital. A Rede deverá buscar composição com partidos de esquerda. A preferência de Terrinha é com o PT.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político