Coluna do RK- Bastidores da Política Nacional e Regional

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                                    Por Roberto Kuppê (*)

                                         O fim do MEC

Está sendo engendrado nos porões do Palácio do Planalto um plano para acabar com o MEC- Ministério da Educação. A ideia é acabar com o ensino gratuito em todo o País. Articulado pelo ministro Paulo Guedes, da Economia, a ideia tem adeptos, todos ligados ao mercado ou ao setor privado de educação. A irmã do ministro, Elizabeth Guedes, é presidenta da Associação Nacional de Universidades Privadas (Anup), entidade que representa monopólios educacionais, como Anhanguera, Estácio, Kroton, Uninove e Pitágoras.

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O envolvimento da família Guedes no setor de ensino privado foi tema de uma reportagem da Agência Pública que mostra que Paulo Guedes possui investimentos no setor educacional privado e a distância, chegando a captar R$ 1 bilhão de fundos de pensão. As ações foram alvo da operação Greenfield, para apurar pagamento de propina nos fundos de pensão.

Um das razões para o fim do MEC, segundo seus defensores, é que a instituição cria currículos mínimos péssimos e faz apologia ao socialismo. O Movimento Brasil Livre (MBL), liderado pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), realizou recentemente um congresso onde se debateu abertamente o fim do MEC. Na página do deputado no Instagram, Kim postou sobre o assunto, sendo apoiado por dezenas de pessoas.

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Há uns 15 dias, o empreendedor e coach Tallis Gomes, fundador do Easy Taxi, o maior aplicativo de táxi do mundo, CEO e fundador da Singu, teve uma reunião com o ministro Paulo Guedes e o tema foi o fim do ensino gratuito que está em gestação. De acordo com uma live de Tallis Gomes entre seus seguidores, Paulo Guedes vai privatizar a educação. Os que não puderem pagar para estudar, receberão um voucher que será aceito por escolas particulares. De acordo com Tallis Gomes, esse é o modelo dos Estados Unidos onde não há ensino público gratuito.

                                  Ministro maluco

Resultado de imagem para ministro da educaçãoA informação de que o governo vai colocar fim no MEC está clara quando nos deparamos com um ministro totalmente fora da curva, do círculo educacional. Ou ele é doido ou se finge. Porque o cara é um total destrambelhado. Tirando a loucura, não sobra nada. É um completo analfabeto por assim dizer. Dá cada declaração de deixar médicos de manicômios doidos para fechá-lo num quarto sem janelas. A última do ministro Abraham Weintraub, foi chamar a mãe de uma internauta de “égua sarnenta e desdentada”. O comentário foi uma resposta a críticas que Weintraub recebeu por defender a Monarquia durante o feriado da proclamação da República na última sexta-feira (15).

 

                   Queiroz, 39 kg de cocaína, Marfielle…

O sobrenome Bolsonaro está em cheque (ôpis). Tem Queiroz sumido, 39 kg de cocaína em avião presidencial, suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Isso sem falar no laranjal do PSL e no envolvimento da família da primeira dama, Michele Bolsonaro, em tráfico de drogas. Tem como confiar num governo desse? E pensar que a ex-presidenta Dilma sofreu impeachment apesar de não ter cometido crime nenhum.

                                          Caso Ágatha

Resultado de imagem para Caso ÁgathaPerícia confirma que Polícia Militar do Rio de Janeiro matou a menina Ágatha, de 8 anos. Segundo o laudo, PM estava “sob forte emoção”. Pelo pacote “anticrime” de Moro ele não seria responsabilizado. A política de “atirar na cabecinha” destrói vidas de crianças pobres, negras e policiais. Chega de morte!

Resultado de imagem para negros, balas perdidas

                                      Não chore, mãe!

Ketellen Umbelino de Oliveira Gomes, de apenas 5 anos, morreu na terça-feira, 12, após ter sido alvejada por uma bala perdida em seu bairro. Segundo a Fogo Cruzado, em 2019, 21 crianças foram feridas por balas perdidas na Região Metropolitana da capital fluminense. Ketellen, moradora de Realengo, zona oeste do Rio, ia para a escola com a mãe quando foi alvejada. De acordo com a tia-avó da criança, Daisy da Costa, ao ver a mãe chorando diante da filha caída no chão, ela ainda pediu: “Mãe, não chora não, mãe”.

 

 

                                            Novo partido

Resultado de imagem para jaime bagattoliO deputado Coronel Chrisóstomo (PSL-RO) já decidiu dois dos três nomes
que levará para o novo partido de Bolsonaro,  cuja convenção inaugural ocorrerá nesta quinta-feira (21) em Brasília. Um dele é Jaime Bagatottoli (foto), que ficou em terceiro na disputa ao Senado no ano passado, com 15,7% dos votos. O outro é um apoiador em seu estado, o coronel do Exército Jorge Moraes Gomes. “O coronel Moraes é da mesma turma do presidente Bolsonaro na Aman [Academia Militar das Agulhas Negras]”, justifica. O terceiro nome ainda está sendo escolhido pelo deputado. A informação é da Folha de S. Paulo. Ah, a justiça eleitoral de Rondônia inicia hoje, 19, o julgamento do laranjal do PSL. Chrisóstomo está pela bola 8.

                                      O azar de Crivella

O colunista Ancelmo Gois revelou na edição do O Globo da última sexta-feira (15), que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella foi convidado para discutir a aprovação dos jogos de azar no Brasil, durante audiência pública que a Comissão de Legislação Participativa faz, dia 3 de dezembro, em Brasília, na Câmara dos Deputados. É que o prefeito, bispo licenciado da Universal, tem defendido a reabertura dos cassinos, ao contrário de boa parte da bancada evangélica. O funcionamento de cassinos dentro de resorts tem um apoio que faz a diferença: o influente presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

                                       O cassino do Rio

Tanto o prefeito Marcelo Crivella, quanto o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) e Rodrigo Maia (DEM) são a favor. Estudos mostram que a implantação de cassinos integrados a hotéis podem resultar na criação de 250 mil a 300 mil empregos no País, além de gerar uma arrecadação de até R$ 25 bilhões para os governos. E não seriam vários “cassininhos”, e sim cassinos-resort. Rodrigo Maia prevê 32 em todo o país. O maior destaque mesmo seria o que o empresário Sheldon Adelson, americano dono de cassinos em vários países do mundo, inclusive Las Vegas, quer fazer no Porto do Rio. E com um investimento altíssimo, na casa dos Bilhões de dólares, que pode trazer até 50 mil empregos.  A imagem acima, é uma das ideias para o novo cassino, acoplado com um terminal de transatlânticos . E inclui Centro de Convenções, Arena, Shopping, Marina, Jardins e Hotel com cassino. Tudo em uma área nova – onde o Porto está desativado.

                                    Comunismo

Todos somos comunistas e não sabemos. Por exemplo, os jogos de loterias. Milhões pagam apostas formando um prêmio que é dividido entre os acertadores. O bolão é um exemplo prático de comunismo. Pessoas se juntam para apostar na Mega, pro exemplo, e pagam valores iguais. Se acertarem as dezenas, dividem o prêmio em partes iguais. Nos condomínios residenciais existem espaços comuns, onde os moradores podem dividir a piscina, a churrasqueira, etc. E um centro comunitário te diz alguma coisa? A comunidade da Rocinha busca benefícios para os moradores como escola, posto de saúde, etc. Então, somos comunistas ou não?

                                            Paranóia

Deu no Noblat, de O Globo: Aumentou a paranoia do presidente Jair Bolsonaro com uma possível eclosão de protestos de rua contra medidas impopulares tomadas por seu governo a pretexto de impulsionar o crescimento da economia. Olhe o Chile aí, gente! Foi por isso que ele mandou o ministro Paulo Guedes segurar a proposta de reforma administrativa. Tão cedo ela irá para o Congresso. Ficará para o próximo ano. O próximo será um ano de eleição. Político não contraria eleitor quando precisa do voto dele. Se mesmo assim ocorrerem protestos, Bolsonaro já sabe a quem culpar: Lula livre. Não culpará a Justiça que o libertou. Culpará Lula com seu discurso considerado incendiário.

                                           Eleições 2020

Lula com Freixo e Haddad

O bloco de alguns pré-candidatos já está nas ruas. Em plenária realizada no dia 11 de setembro, o PCdoB definiu o nome do ex-Ministro do Trabalho, Brizola Neto para a prefeitura do Rio de Janeiro. Isso foi antes de Lula decidir apoiar Marcelo Freixo (PSOL) que deseja uma aliança com todos os partidos de esquerda, inclusive o PCdoB de Brizola Neto.

                                            Em Porto Velho

O atual prefeito de Porto Velho (RO), Hildon Chaves (PSDB) terá sérias dificuldades para se reeleger. Embora esteja trabalhando forte nos últimos 12 meses, a inexperiência política do alcaide pesou bastante. É um excelente administrador das empresas dele, mas deixou a desejar na administração pública. Vai ter que dar um mexida no secretariado e afastar os puxa-sacos para dar uma oxigenada na prefeitura.

                                             Vinícius Miguel

Enquanto isso, o nome do jovem advogado Vinícius Miguel (Cidadania) cresce como opção entre a direita e a esquerda para a prefeitura de Porto Velho. É um nome limpo, leve e fácil de levar. Já pela esquerda, o nome de Ramon Cujuí, do PT,  é uma das esperanças da volta do partido de Lula ao poder na capital de Rondônia. E olha que Lula voltou com força total após 580 dias preso em Curitiba.

                                         Aposta segura

O suplente de vereador e bacharel em Direito, Raimundinho Bike Som, é um nome certo para a Câmara de Vereadores em 2020. Só precisa de um bom partido que lhe dê apoio. Ele é uma aposta segura, daquelas que você joga sabendo que vai ganhar. Ele é o pesadelo do prefeito de Porto Velho,  Hildon Chaves.

                                           Desmatamento

Rainforest Foundation NorwayO anúncio do próprio governo Bolsonaro de que a Amazônia sofreu nos últimos 10 meses o maior desmatamento dos últimos 10 anos não causou nenhuma comoção entre a bancada federal de Rondônia que não fez nenhum pronunciamento. Claro, 90% da bancada federal é apoiada pelo agronegócio que é o responsável pela devastação das florestas rondonienses. Por falar em desmatamento, o Instituto Rondon está em contato com a ONG Rainforest Foundation da Noruega, para parceria, Há 10 anos, este colunista que preside o IR esteve na Dinamarca e na Noruega com esse objetivo. Em breve novidades.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político no eixo Rio-Brasília e Rondônia