Coluna do RK- Bastidores da Política Nacional e Regional

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Por Roberto Kuppê (*)

Não morreu

A atriz negra e pioneira Ruth de Souza não morreu. Ela descansou. Passar 98 anos viva sendo mulher e negra neste Brasil preconceituoso, racista e machista, não é para qualquer um não. Portanto, devemos nos alegrar com a passagem dela, porque finalmente ela descansou. Cumpriu a árdua missão de valorizar a mulher negra. Depois dela, centenas de atores negros se sobressaíram, como Lázaro Ramos, Camila Pitanga, Milton Gonçalves e Taís Araújo.

Questões indígenas

Até o fechamento desta coluna, o nobre presidente que se diz patriota (Brasil acima de tudo, lembram?), ainda não deu um pio sobre a morte de um cacique indígena no Amapá. Muito pelo contrário, a fala de Bolsonaro é a favor do fim das tribos indígenas ao apoiar garimpeiros e posseiros. P.S. Correção: ele deu um pio sim: Ao comentar pela primeira vez o caso da morte de um líder da etnia waiãpi no Amapá, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que “não tem nenhum indício forte” de que ele tenha sido assassinado. “Não tem nenhum indício forte que esse índio foi assassinado lá. Chegaram várias possibilidades, a PF está lá, quem nós pudermos mandar nós já mandamos. Buscarei desvendar o caso e mostrar a verdade sobre isso ai”, afirmou o presidente, ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira (29). Indígenas da etnia waiãpi denunciaram o assassinato de um líder em meio a uma invasão de garimpeiros, no oeste do Amapá. A Funai (Fundação Nacional do Índio) já está na região, e a Polícia Federal enviou uma equipe para o local. A invasão ocorre em meio a seguidas declarações do presidente Bolsonaro de que pretende legalizar mineração e garimpos em terras indígenas, uma promessa de campanha. A mudança na legislação, no entanto, precisa do aval do Congresso.

Até quando?

Há dois meses que o The Intercept denunciou os crimes praticados pelo ministro Sérgio Moro. Muito pelo contrário, Moro está investigando quem o denunciou através da Polícia Federal. Parece que tudo que envolve este governo, direta ou indiretamente, está sendo engavetado. O Caso Marielle é um exemplo claro disso. Assim que as investigações chegaram literalmente no quintal de Bolsonaro, o delegado do caso foi afastado. O Caso Queiroz é outro exemplo cristalino. Assim que as investigações chegaram ao Planalto, foram paralisadas. E o caso dos 39 quilos de cocaína no avião presidencial, caso recentíssimo?

Vaza Jato

O ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça do governo Bilsonaro considerava fraca a delação de Palocci, mas decidiu divulgá-la antes da eleição para apoiar aquele que uma vez eleito presidente se tornaria seu chefe. Reportagem dos jornalistas Ricardo Balthazar, da Folha, e Rafael Moro Martins, do The Intercept Brasil aponta que foi política a decisão de Sergio Moro de divulgar a delação do ex-ministro Antonio Palocci seis dias antes do primeiro turno da eleição presidencial do ano passado. É o que mostram as mensagens trocadas na época por procuradores da Operação Lava Jato.  Os diálogos, obtidos pelo The Intercept Brasil, indicam que Moro tinha dúvidas sobre as provas apresentadas por Palocci, mas decidiu divulgá-las porque considerava que isto dividiria os seguidores do PT. “Russo comentou que embora seja difícil provar ele é o único que quebrou a omerta petista”, disse o procurador Paulo Roberto Galvão a seus colegas num grupo de mensagens do Telegram em 25 de setembro. Russo era o apelido que eles usavam para designar Moro e associavam os petistas à Omertà, o código de honra dos mafiosos italianos.  A procuradora Laura Tessler, segundo a reportagem, considerava que era difícil provar a delação de Palocci: “Não só é difícil provar, como é impossível extrair algo da delação dele”, afirmou. As informações constituem mais uma demonstração de que Moro agiu não como juiz, mas politicamente para prejudicar o PT e favorecer Bolsonaro nas eleições presidenciais.

Dois pesos e…

Para justificar o vazamento de uma intercepção ilegal de conversa de Dilma com Lula, o então juiz Sérgio Moro disse que o importante era o conteúdo e não a maneira como foi obtida. Já no caso da Vaza Jato, Moro mudou de ideia: a divulgação das conversas pelo The Intercept é ilegal porque foram obtidas de maneira ilegal. Seguido esta linha, nada está sendo investigado sobre a conduta imoral de Moro, mas, pelo contrário, quem estão sendo investigados são os autores da captação das conversas nada republicanas.

Globo News

Impressiona o otimismo exacerbado dos comentaristas do Globo News acerca da economia. O país indo ladeira abaixo e eles propagandeando que está tudo bem, que a economia está crescendo e vai crescer mais ainda. O cenário é outro. O desemprego continua crescendo com mais fábricas fechando as portas. Essa é a realidade.

MEC Digital

O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o secretário executivo do Ministério da Educação, Antonio Paulo Vogel,  concedem entrevista coletiva nesta segunda-feira, 29 de julho, às 14h30 horas, para apresentar o Plano de Transformação Digital no MEC. A coletiva ocorrerá na sede do Ministério da Educação, em Brasília (DF).

Acabou a mamata (dos outros)

Até achei legal. “Vai acabar a mamata”, diziam eles durante a campanha de Bolsonaro à presidência da República. Claro, achamos os privilégios e o apadrinhamento horríveis. Mas, no entanto, após assumir o governo, Bolsonaro não só manteve a mamata, como ampliou. No governo petista, um ministro foi repreendido por comprar uma tapioca usando o cartão corporativo. Hoje, cartão corporativo é usado em larga escala. A mamata continua e maior ainda. A desculpa dos bolsonaristas é que o PT (sempre o PT, só existe o PT) fez a mesma coisa. Ué, não iam mudar o jeito de fazer política? Acusavam o PT de apoiar o Maduro por considerá-lo um ditador. Por exemplo, Maduro mandou prender seu opositor censurou a imprensa. Bolsonaro censura a imprensa, não responde às perguntas e se beneficiou com a prisão de Lula, tanto que deu um prêmio para Sérgio Moro, um superministério. Vivemos sim, uma ditadura civil militar.

Notinhas do colaborador

Uma fonte próxima ao governador de Rondônia, Marcos Rocha (PSL), garante que o mesmo se encontra adoentado. E que tem gente torcendo para que ele melhore e outros, nem tanto.***Os vereadores de Porto Velho estão com os dias contados pela falta de zelo com os respectivos mandatos confiados à eles pelo povo, mas que até o presente momento não corresponderam às expectativas. Muito pelo contrário, estão mamando muito. *****
Tem vereador (a) que está elogiando o presidente da República, Jair Bolsonaro,  pela sua falácia de que vai asfaltar a BR-319 (Porto Velho-Manaus). E que isso vai fomentar o turismo e a pesca. Ó coitados!*** Tem vereador afirmando que foi ele quem pediu pro Executivo estadual asfaltar a rua de um bairro da capital. Se é de competência da prefeitura de Porto Velho fazer reparos e outros seriviços, como o vereador se arvora enchendo linguiça com fotos e vídeos colocando o estado no meio. ****Tem deputado federal querendo se limpar com seus apoidores de campanha de 2018. O deputado federal coronel Crisóstomo (PSL), que se diz barrigudinho, e que se diz ser de Costa Marques, nunca diz que é natural, na verdade, de Teffé (AM). Conquistou votos da população de Rondônia com este argumento e que na verdade ele mentia dizendo ser de Costa Marques.****babado forte. O deputado estadual Sargento Eydes (PSL), que abandonou a esposa após se eleger e ser visto com outros outros olhos em local privado do outro lado do Rio Madeira. Logo alguém vai reconhecer ele no recinto e o segredo deixará de ser secreto. Ele é o dono da festa*****Hoje haverá uma reunião com o embaixador boliviano José Kinn Franco, que vai ter que engolir goela abaixo os grandes latifundiários de Rondônia. O desejo de Bolsonaro é desmatar Rondônia e Bolívia,  plantar com essa galera de peso. A fumaça vai subir logo.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista no eixo Rio-Brasília e Rondônia