Coluna do RK- Bastidores da Política Nacional e Regional

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Por Roberto Kuppê (*)

                                                                  Correios privatizado

O presidente Jair Bolsonaro deu sinal verde para a privatização dos Correios e autorizou a realização de estudos para a negociar a estatal com a iniciativa privada. A informação foi confirmada pelo próprio presidente no Twitter. “Demos OK para estudo da privatização dos Correios. Temos que rememorar para a população o seu fundo de pensão. A empresa foi o início do foco de corrupção com o mensalão, deflagrando o governo mais corrupto da história. Com o Foro de SP destruíram tudo nome da Pátria Bolivariana”, escreveu o presidente. Em outras palavras, o “nosso” presidente, em vez de curar a doença, prefere matar o paciente. O especialista em direito constitucional e professor universitário Marcus Vasconcellos, explica que, por mais que esses funcionários tenham feito concurso, eles podem, sim, ser demitidos das empresas em caso de privatização. Ele ressalta que o regime de contratação de funcionários de estatais é diferente do aplicado a servidores da administração direta, como ministérios, por exemplo. Os Correios possuem cerca de  100 mil funcionários. Nas redes sociais vídeos sobre o apoio dos correianos ao então candidato Bolsonaro viralizam (veja abaixo um deles).

https://www.facebook.com/marisa.ce/videos/2119883258077061/

Rumos obscuros

Triste com os rumos que estão tomando o Brasil nos últimos quatro meses de governo Bolsonaro. Destruição total da economia, educação, programas habitacionais. Aliás, isso faz parte do plano de governo dele, desconstruir tudo o que foi conquistada nas última décadas, desde FHC. “Ah, mas ele defende a família”. Como se a mais recente declaração dele foi abrir o Brasil para o turismo sexual? Aliás, o defensor da família que  está no terceiro casamento, disse que usava dinheiro do auxilio moradia para “comer gente”. É impressionante que, passados quatro meses e nada do Brasil desencalhar, ainda tem gente defendendo Bolsonaro. Nem fazendo o maior dos esforços é possível sequer dar um voto de confiança. Primeiro porque a eleição foi ilegítima. Ele só foi eleito porque tiraram do páreo o principal candidato. Segundo porque pesam sobre ele denúncias de corrupção, desvios de recursos e enriquecimento ilícito. Terceiro porque pesam sobre os filhos a suspeita de manter um laranjal. O famoso Queiroz sumiu. Vizinho dele na Barra da Tijuca está preso por matar a vereadora Marielle Franco. Com tantas e tantas bizarrices envolvendo o presidente eleito por 57 milhões de brasileiros, é difícil acreditar em suas propostas.

Fim do Minha Casa…

Coluna Painel S.A., na edição desta segunda-feira (29) da Folha de S.Paulo, informa que empresários do setor de construção jogaram a toalha diante da declaração do ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, afirmou na última quarta (24) que a verba do governo para o programa acaba em junho. Até lá, construtoras preveem que obras em andamento vão prosseguir, mas que novos projetos dificilmente vão sair do papel. Segundo empresários, não há mais o que fazer a não ser esperar e torcer. “Não tem o que fazer, o que deu foi garantir até junho. Agora é esperar a Previdência para negociar depois”, diz José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIB). The End.

 

                                                             Crivella impitimado

O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), sobrinho do bispo Edir Macedo (IURD), está na corda bamba. Os vereadores aprovaram um pedido de impeachment por improbidade administrativa. Sem apoio, ele poderá cair nos próximos meses. O presidente Bolsonaro também não demonstra que ficará por muito tempo no Palácio do Planalto. Ele respira por aparelhos e depende de Rodrigo Maia-DEM (presidente da Câmara) para manter o oxigênio ligado.  Se Maia não ajudar na aprovação da reforma da Previdência, o destino de Bolsonaro é um impeachment. O vice, general Mourão (PRTB), está em campanha. Não é à toa que o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) está em guerra contra o general.

 

                                                               A partida de um amigo

 Foram mais de 36 anos de amizade, de Rondônia ao Rio de Janeiro. Partiu ontem, para o andar de cima o amigo Geraldo César Paes Barreto Pinto. Gera se foi e deixou amigos e uma família consternados. Há menos de um mês o irmão dele, João Batista, que foi professor do IFRO em Porto Velho, também partiu após uma cirurgia mal sucedida. O corpo de Gera será liberado hoje para velório e o sepultamento será amanhã, terça-feira, no Rio de Janeiro. A coluna expressa o mais profundo pesar e deseja conforto à família enlutada.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político