Claudia de Jesus denuncia desvios de recursos das obras do Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia (Heuro)

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A deputada estadual Cláudia de Jesus (PT), solicitou do governo do estado de Rondônia e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que tomem providências com relação às supostas acusações de desvio de recursos na construção do Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia (Heuro). As denúncias, amplamente divulgadas pela imprensa, apontam para um desvio milionário que resultou em um déficit de aproximadamente R$ 10 milhões.

De acordo com informações disponibilizadas na internet, os responsáveis pela construção do Heuro estão no centro de uma controvérsia que envolve supostos desvios de recursos destinados à edificação do hospital. A empresa contratada para realizar a construção é acusada de agir de forma não confiável, inclusive deixando de cumprir integralmente o contrato estabelecido.

“É minha obrigação fiscalizar as ações do governo, e essas denúncias são gravíssimas, envolvendo possíveis casos de corrupção em contratos públicos, o que vai contra os princípios da administração pública. Exigimos investigação e transparência nesse processo”, explicou a deputada.

Cláudia de Jesus enfatiza a necessidade urgente de esclarecer essas alegações e de tomar medidas rigorosas para apurar possíveis irregularidades. Ela destaca que é fundamental que a sociedade tenha acesso a informações transparentes sobre os procedimentos adotados para abordar essas denúncias e garantir a eficiência na aplicação dos recursos públicos.

Entenda o imbróglio:

Dono da empresa é um político de Minas Gerais, investigado por desvio de R$ 100 milhões em associação

Lastimável saber que os responsáveis pela construção do Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia (Heuro), deixam um rombo milionário na construção do hospital Heuro, resultando em um déficit de R$ 10 milhões.

De acordo com o blogentrelinhas, começa a aparecer o que realmente está oculto na construção do Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia (Heuro), onde as obras não andavam e agora a licença de construção foi cassada pela Secretaria Municipal de Regularização Fundiária (Semur), em Porto Velho.

Devido à importância da construção do Heuro, o governo promoveu a licitação através da Bolsa de Valores, onde seria muito difícil acontecer algum tipo de fraude. Na licitação não houve irregularidades, mas depois…

Para que a obra fosse concluída rapidamente, a construção seguiria o modelo built to suit, onde uma empresa ou um consórcio de empresas constrói o imóvel e depois o aluga para a administração pública.

A vencedora foi a empresa Vigor Turé S, responsável pela construção da estrutura do prédio do Heuro. Diversas partes seriam terceirizadas, como por exemplo a instalação do sistema de ar condicionado. Outras empresas, portanto, participariam do projeto e também da divisão do dinheiro do aluguel para o governo.

Acontece que o dono da Vigor Turé, o político mineiro Ruy Muniz, chamou os demais empresários, que teriam fatias bem menores após o aluguel do prédio para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), e propôs a criação de um fundo de R$ 10 milhões para dar início à construção.

Ruy Muniz teria colocado R$ 5 milhões no fundo, e os demais empresários os outros R$ 5 milhões. Acontece que pouco depois o político mineiro sacou todo o dinheiro e não deu início à construção. As mais variadas desculpas foram dadas, para tentar explicar a razão de a obra não começar.

No caso, o terreno não pertence à Vigor Turé, apesar de estar ocupado pela empresa. A dona do terreno entrou na Justiça, pedindo a desocupação, e ainda mostrou que o terreno está penhorado. Não há como a Vigor Turé manter a licença para a construção, diante disso.

Ruy Muniz

A blog apurou que Ruy Muniz teria enganado todo mundo em Rondônia, para aparentemente dar um golpe, com a criação de um fundo nos moldes do sistema de pirâmide, onde as demais empresas deveriam participar para posteriormente auferir lucro, quando o prédio fosse entregue à Sesau para a instalação do Heuro.

É fácil pesquisar sobre Ruy Muniz. É só ir no Wikipedia. Sua biografia aparece logo que você colocar o nome dele no Google:

Em 1987 lançou-se candidato a deputado estadual. Ficou como suplente de deputado.[2] No ano seguinte roubou o Banco do Brasil junto com o seu então comparsa, funcionário do Banco, Setembrino Lopes, arquitetaram um golpe que resultou no desfalque de 1 milhão de reais, em valores de 2008, dos cofres públicos.[2] Ele ficou pouco mais de um ano preso no DOPS.[2] Depois de cumprir pena, retornou a Montes Claros.[2]

Em 1997 integrou-se à direção da Soebras – Associação Educativa do Brasil. Posteriormente, em 2008, foi investigado pela Polícia Federal, acusado de desviar 100 milhões de reais em um esquema da Soebras com ramificações em 22 estados. [3] Muniz utilizava a entidade, dirigida por ele e seus familiares, para desviar recursos públicos, fraudar licitações e cometer crimes eleitorais. [3]

Em 2004 voltou à militância política e foi eleito vereador com 4.026 votos. [4]. Em 2006 foi candidato a deputado Estadual e venceu as eleições com quase 50 mil votos em várias cidades do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha. Em 2007 assumiu uma cadeira no Legislativo Mineiro. Em 2008 candidatou-se a prefeito de Montes Claros e obteve 36 mil votos.

Tem muito mais coisa. Trata-se de uma leitura interessante. A empresa dele venceu a licitação para construir o Heuro.

Fontes: Assessoria de Imprensa da deputada com informações do Correio de Noticias e  blogentrelinhas