Catadora de embalagens pet comemora homologação de ficha da casa própria

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A catadora de embalagens  plásticas, as chamadas pet,  Antônia  Amário de Paiva é uma das 696 pessoas com inscrições homologadas  e credenciadas a receber  uma das 4 mil casas do residencial  “Orgulho do Madeira”, construídas em parceria pelos governos federal e estadual na zona Leste de Porto Velho,  por meio do programa habitacional “ Minha Casa Minha Vida” e “Moradora Nova”.

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Nascida em Tarauacá (AC), migrou para Rondônia há 30 anos. Antônia é  moradora em casa cedida pelo próprio empregador, dono de uma empresa de embalagens plásticas no bairro Nacional.

Ganha cerca de R$ 50,00 por dia como catadora de embalagens pet, em jornada de trabalho que começa às 8h e não tem horário para terminar. “Às vezes eu ganho um pouquinho mais, e divido meu trabalho com um dos dois filhos que moram comigo”, diz a acreana.

Com planos para mudar inclusive de profissão, quando receber a casa que aguarda no condomínio “Orgulho do Madeira”, ela  admite que,  além de melhorar a qualidade de moradia, também mudará de trabalho, pois vai juntar as máquinas de costura que tem e “num ambiente mais limpo vou fazer tapetes e bordados para vender”.

Antônia lembrou nunca ter conseguido adquirir a casa própria, e acrescentou: “Eu nunca tive uma casa minha mesmo. Estou muito feliz por ter ganho essa casa”.

Para conseguir a homologação da sua inscrição junto à coordenação do programa, a catadora diz que os próprios moradores chamam o local onde mora e próximo do ponto de coleta de embalagens plásticas de “lixão”, um dos cinco ou seis critérios previstos na legislação do programa “Minha Casa minha Vida” para homologar qualquer inscrição.

A catadora preencheu, inicialmente, critérios como morar em Porto Velho há 5 anos, família residente em área de risco ou familiares que tenham sido desabrigados, famílias com mulher responsável pela unidade familiar, situação de vulnerabilidade social e/ou risco social.

Barraco de compensado

A acreana Leila Cláudia da Silva, nasceu em Xapuri, e mudou em 2.000 para Porto Velho. Sem condições de trabalhar para poder cuidar dos seis filhos menores  aguarda receber, também, as chaves de uma das casas do residencial “Orgulho do Madeira”, pois ”moro num barraco fechado de cima abaixo de compensado. Quando receber a casa vai ser bem melhor do que onde moro, atrás do Parque circuito”.

Fonte
Texto: Abdoral Cardoso
Fotos: Ésio Mendes
Decom – Governo de Rondônia