Casos de malária aumentam 54% no primeiro semestre de 2021 em Porto Velho

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De janeiro a agosto de 2021, 4.525 casos de malária foram registrados em Porto Velho, segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep). Os dados apontam um aumento de 54% se comparado ao mesmo período de 2020, quando a capital registrou cerca de 2.081 casos.

Outro município que apresentou aumento nos números foi Candeias do Jamari. Ao todo, 1.394 casos foram registrados no município e o aumento foi de 16,7%. Guajará-Mirim foi o terceiro município com aumento nos casos de malária, tendo 779 casos e registrando um aumento de 9,3%.

Ranking de casos de malária em 2021

Municípios Número de casos em 2021
Porto Velho 4.525
Candeias do Jamari 1.394
Guajará-Mirim 779 casos

Casos em terras indígenas

O aumento nos casos de malária também foi registrado entre os indígenas que moram na região de Guajará-Mirim. Ao todo, 857 casos foram registrados no primeiro semestre de 2021. O aumento foi de 65%.

A Casa de Apoio a Saúde do Índio (Casai) informou que, “apesar desse aumento na região, nos últimos anos não foram registradas mortes pela doença”. Além disso, nenhum paciente se encontra internado no município.

Malária

O Ministério da Saúde (MS) define a malária como uma “doença infecciosa febril aguda”, causada por “protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles”

Qualquer pessoa pode contrair a malária. Quem apresenta várias infecções da doença pode atingir uma imunidade parcial, com poucos ou quase nenhum sintoma. Até hoje, a imunidade total não foi observada. Não há vacina aprovada contra a doença.

Ciclo de transmissão da malária — Foto: TV Bahia/Reprodução

Ciclo de transmissão da malária — Foto: TV Bahia/Reprodução

Os mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer, mas também são encontrados no período noturno, porém em menor quantidade.

Sintomas

Os mais comuns são:

  • febre alta;
  • calafrios;
  • tremores;
  • sudorese;
  • dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica.

De acordo com o MS, muitas pessoas também sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite, principalmente antes da fase aguda.

Tratamento

O paciente recebe comprimidos fornecidos nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves precisam de hospitalização.

O tratamento indicado depende de alguns fatores: espécie do protozoário infectante; idade e o peso; condições associadas, como gravidez e outros problemas de saúde; e gravidade da doença.

Fonte: g1