Foi presa em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, Suely dos Santos Monteiro, de 49 anos, na tarde desta quinta-feira (24). Ela é a avó paterna da menina Lauanny Hester Rodrigues, então de 2 anos. A vítima foi espancada até a morte supostamente pelo pai e a madrasta em setembro do ano passado. A mulher teve a prisão preventiva decretada e era considerada foragida da Justiça.
Segundo a corporação, ela tinha a guarda de Lauanny e estava proibida de entregar a criança ao pai. De acordo com o delegado que conduz o caso, Rodrigo Camargo, o juiz Akex Balmant decretou a prisão preventiva da mulher.
Ela chegou a ser procurada nos endereços que indicou após ser ouvida na delegacia sobre o caso, mas até então não havia aparecido.
Avó de Lauanny Hester era procurada pela polícia de Ariquemes. — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Suely tinha a guarda oficial da criança desde maio deste ano, quando Lauanny foi agredida pelo pai a ponto de ter o braço quebrado. Com o episódio, a menina ficou sob tutela do estado, mas depois foi designada à avó.
Como a Justiça e o Conselho Tutelar não sabiam que Lauanny estava morando novamente em Ariquemes, a mulher pode ser responsabilizada pelo crime e responder a um processo por abandono de incapaz. Pelo crime, pai e madrasta, William Monteiro da Silva e Ingrid Bernardino Andrade, seguem presos.
Lauanny Hester Rodrigues, de 2 anos, foi espancada até a morte em Ariquemes (RO) — Foto: Reprodução/ Redes Sociais
Morte de Lauanny
Lauanny Hester Rodrigues, morreu depois de ser espancada pelo pai e a madrasta no fim da manhã do dia 21 de setembro, no bairro Marechal Rondon, em Ariquemes. A Polícia Militar (PM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados por vizinhos que ouviram a criança sendo agredida. Porém, quando a equipe médica e a guarnição chegaram a menina não apresentava mais sinais vitais.
O pai da criança, William, e a madrasta, Ingrid, foram localizados pela PM em uma prainha. Segundo a corporação, eles estavam deitados embaixo de uma árvore junto com um bebê de 5 meses, que é filha do casal. Segundo Rodrigo Camargo, durante o interrogatório os suspeitos disseram que, de fato, tinham batido na menina por duas vezes.
“Às 2h40 da manhã eles acordaram, foram até a cozinha e viram que a criança tinha rasgado um saco de farinha de trigo. Diante disso, o pai acabou dizendo que para corrigir acabou agredindo a criança. Uma agressão absurda que, na minha visão e da polícia judiciária, configura tortura”, disse o delegado.
Fonte: G1