Carne suína: o próximo passo para expansão do agronegócio em Rondônia

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Carne suína: o próximo passo para expansão do agronegócio em Rondônia
Carne suína: o próximo passo para expansão do agronegócio em Rondônia
Carne suína: o próximo passo para expansão do agronegócio em Rondônia

Ao receber em missão oficial, a visita de Nilo de Sá, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Rondônia dá um passo importante rumo ao credenciamento junto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de Peste Suína Clássica, sem vacinação. Em menos de uma semana representantes da Idaron participaram de dois eventos para debater o tema. O primeiro aconteceu em Curitiba – Paraná, nos dias 19 e 20. O segundo, em Colorado do Oeste – Rondônia, dia 25 março.

O entusiasmo pela eficácia dos trabalhos do governo de Rondônia, fez com que o presidente da ABCS aceitasse o convite para a reunião realizada no sul do Estado. Representou a Idaron o presidente José Alfredo Volpi e o veterinário Fabiano Alexandre, gerente de defesa sanitária animal da Idaron. O evento contou ainda com a presença de Evandro Padovani, Secretário de Agricultura do Estado.

Granja na área rural de Porto Velho (Foto: VALDIRALVES GALO)

Granja na área rural de Porto Velho (Foto: VALDIRALVES GALO)

Nilo de Sá destacou a importância da mobilização da iniciativa privada e o poder público para cumprir o prazo até junho, quando o Ministério da Agricultura deverá apresentar a proposta do G-14 (grupo dos 14 Estados brasileiros livres da doença). “A reunião faz parte do plano de ações do Governo de Rondônia e dos suinocultores para estruturar aI   projeto prevê a implantação de um frigorífico de suínos”, ressaltou Nilo.

No evento anterior em Curitiba, Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do MAPA, afirmou que auditorias serão realizadas em cada estado para constatar o cumprimento das exigências, antes que os pleitos sejam encaminhados a OIE.
“Isso é perfeitamente possível”, observa Fabiano Alexandre. O MAPA pretende trabalhar um bloco de Estados criadores. Além de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, outros 14 Estados apresentarão o pedido do certificado internacional ao mesmo tempo.

GRANJA CONTA COM DUZENTAS MATRIZES (Foto: VALDIRALVES)

GRANJA CONTA COM DUZENTAS MATRIZES (Foto: VALDIRALVES)

A Peste Suína Clássica é uma doença perigosa. O primeiro sintoma é a hemorragia e o percentual de perdas (mortes) é muito grande. Por isso, o veterinário alerta que “a qualquer sinal sintomático, o produtor deve procurar ajuda a um técnico da Idaron que fará avaliação preliminar. Rondônia é livre da Peste Suína. Agora é ter todos os cuidados para manter”, disse Fabiano. A ideia é cumprir as exigências da OIE, que deve receber até o mês de junho a proposta do Ministério da Agricultura, indicando os 14 Estados já considerados livres da doença, no Brasil, para que possam receber o certificado internacional, ressalta o veterinário Fabiano Alexandre.
“No início, muitos não acreditaram quando o Governo  de Rondônia iniciou o Programa de Incentivo a Criação de peixe em Cativeiro”, lembra o presidente da Idaron, José Alfredo Volpi. Hoje, Rondônia lidera o ranking nacional, enfatiza. “Somos  o maior produtor de peixe em cativeiro do país com mercado garantido”, completa. O presidente acredita que, ao conquistar o certificado de área livre da peste suína,  a a produção no Estado poderá trilhar o mesmo caminho da piscicultura.

Com o reconhecimento do bloco de 14 Estados como área livre da doença, o Brasil passará a contar com 16 Estados produtores de suínos livres da peste clássica, reconhecida internacionalmente. São eles: Rondônia, Paraná, São Paulo, Minas, Rio de Janeiro, Espírito anto, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Sergipe, e Acre, além de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

VALDIR ALVES