Caixa vai manter contas sociais digitais após o pagamento dos R$ 600

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A Caixa Econômica Federal (CEF) vai manter as contas digitais sociais que foram abertas gratuitamente durante o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600. A ideia é garantir a inclusão financeira dos cerca de 40 milhões de brasileiros que não tinham conta bancária antes da pandemia do novo coronavírus.

Para evitar aglomerações nas agências, a Caixa vem pagando os R$ 600 em uma conta social digital antes de liberar o saque em espécie dos recursos. Por isso, abriu contas digitais, que podem ser movimentadas gratuitamente pelo aplicativo Caixa Tem, para todos os brasileiros que foram aprovados para receber os R$ 600 e não são do Bolsa Família. E, nesta sexta-feira, o presidente do banco, Pedro Guimarães, anunciou que essas contas não serão fechadas após o pagamento da última parcela do auxílio emergencial.

“Nós vamos manter a poupança social nessas mesmas condições”, revelou Guimarães. Ele lembrou que, por serem gratuitas, essas contas têm um limite de movimentação de R$ 5 mil por mês. Por enquanto, essas contas também não geram cartões para os brasileiros. Elas são acessadas através do CPF pelo aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de contas e a realização de compras em débito, em sites e nas maquininhas de cartão, por meio de um cartão de débito digital criado pelo próprio aplicativo.

“Para ficar de graça, não ter nenhuma cobrança, não pode ter uma movimentação normal, porque aí teríamos uma movimentação e um custo para pessoas que na teoria são seriam pessoas mais carentes. Então é uma questão de justiça. Para as pessoas mais carentes, todos os benefícios possíveis. Para as pessoas que têm uma movimentação financeira maior, cobramos taxas de mercado e normalmente as taxas da Caixa são até menores”, acrescentou o presidente da Caixa.

Ele garantiu, por sua vez, que toda conta que for mantida gratuitamente “terá total possibilidade de realizar pagamentos, transferências. Será uma conta operacional, como toda conta da Caixa”.

Segundo Guimarães, a ideia é fazer a inclusão bancária dos 40 milhões de brasileiros que não tinham conta no banco e, por isso, quase não tinham acesso a serviços bancários antes da pandemia. “Essas dezenas de milhões de brasileiros, quando precisarem de crédito, poderão ir à Caixa ou a qualquer outro banco e certamente terão a possibilidade de tomar dinheiro emprestado”, afirmou. Ainda de acordo com o presidente da Caixa, 15 milhões de brasileiros de baixa renda e 25 milhões de trabalhadores informais que estão recebendo os R$ 600 na pandemia de covid-19 se encaixam nessa situação.

Fonte: Correio Braziliense