Bolsonaro baixa tom e diz que “missão” é salvar vidas e empregos

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O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), disse nesta terça-feira (31/03), durante pronunciamento em rede nacional, que o governo tem uma missão durante a pandemia do coronavírus: “Salvar vidas sem deixar para trás os empregos“.

O chefe do Executivo ainda afirmou que a obrigação dele “vai além dos próximos meses”. “Minha obrigação como presidente vai para alem dos próximos meses: preparar o Brasil para a sua retomada e reorganizar a economia”, falou.

O presidente apresentou um tom mais moderado que no seu último discurso em rede nacional, quando chamou a pandemia de “resfriadinho” e “gripezinha”. Ele tinha pregado, na época, o fim do que chamou de “confinamento em massa”.

Agora, ele chamou a atual crise de “maior desafio” dessa geração. “O Brasil avançou muito nesses 15 meses, mas agora estamos diante do maior desafio da nossa geração”, afirmou.

Bolsonaro ainda voltou a citou o presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, afirmando que ele defende “que os trabalhadores voltem aos empregos”.

A afirmação de Bolsonaro, porém, foi tirada de contexto e a própria OMS rebateu o presidente mais cedo dizendo que não é contra o isolamento de pessoas durante a crise.

“Precisamos pensar nas família mais vulneráveis. O que será do camelô, do ambulante, do vendedor de churrasquinho, do caminhoneiro e de outros autônomos que tenho mantido contato durante toda a minha vida publica?”, questionou o presidente.

De acordo com Bolsonaro, é necessário ter cautela com os idosos por causa do coronavírus, mas sem deixar de pensar nos empregos. “Temos que ter cautela com os idosos, mas por outro lado temos que combater o desemprego. Vamos cumprir essa missão ao mesmo tempo em que cuidamos da saúde das pessoas”, disse.

Segundo Bolsonaro, o vírus “veio, mas um dia ele irá embora”, apesar de ainda não termos medicamentos eficientes contra o coronavírus. “Todos nos temos que evitar a morte humana, mas ao mesmo tempo devemos evitar a destruição dos empregos”, voltou a falar.

Fonte: Metrópoles