Bolivianos fecham fronteira com Brasil em Guajará-Mirim em protesto contra eleições

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Um grupo que protesta contra o resultado das eleições presidenciais na Bolívia fechou a fronteira do país vizinho com o município de Guajará-Mirim/RO. A passagem, via fluvial, foi fechada por volta de 11h desta quarta-feira, 23 e não há previsão para a liberação.

Na segunda-feira, 22, foi emitida uma circular informando do paro cívico no Departamento do Beni, seguindo assim a mobilização nacional nesta quarta-feira. Representantes da Aquavia Navegação ao desembarcarem no Porto Oficial da cidade de Guayaramerín – Beni/Bolívia tiveram que retornar às pressa, pois um grupo de manifestantes foram recebe-los com pedaços de pau e muitos gritos. Sendo imediatamente fechado o Porto Oficial de Guajará-Mirim e Guayaramerín.

O grupo de manifestantes bolivianos usa veículos para bloquear a estrada, pedaços de pau e outros utensílios para impedir as passagens via terrestre e fluvial.O comércio na cidade de Guayamerín está também fechado.

A circular emitida pelo grupo cívico, informou que a mobilização não tem dia e nem hora para encerrar.

Os bolivianos protestam contra o resultado das eleições no país vizinho. O Órgão Eleitoral Plurinacional (OEP) da Bolívia tem sido acusado de fraude para favorecer a vitória do presidente Evo Morales.

A sociedade em geral de Guayaramerín está nas ruas em protesto nacional

O órgão suspendeu a divulgação da Transmissão de Resultados Eleitorais Preliminares (TREP), um sistema que faz uma contagem extraoficial dos votos, noite de domingo, quando perto de 80% dos votos haviam sido contabilizados.

Naquele momento, segundo a parcial, Morales disputaria o segundo turno contra o ex-presidente Carlos Mesa, principal candidato da oposição.

No entanto, de forma repentina, já na segunda-feira, o Tribunal Supremo Eleitoral retomou a publicação da apuração do TREP. Na primeira parcial divulgada pós-suspensão, Morales aparecia com uma vantagem de dez pontos percentuais, o suficiente para ser eleito no primeiro turno.

Fonte: O Mamoré