Biden vai visitar família de Jacob Blake em Kenosha, diz agência

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Também em campanha, Donald Trump visitou a cidade tomada por protestos no início da semana. O republicano, porém, não visitou familiares do homem negro baleado pelas costas em ação policial.

O candidato democrata a presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai visitar familiares de Jacob Blake, homem negro baleado sete vezes pelas costas em ação policial na cidade de Kenosha, Wisconsin. A visita deve ocorrer nesta quinta-feira (3), segundo a agência Associated Press.

A ida de Biden a Kenosha ocorrerá dias depois de Trump visitar ruas danificadas de Kenosha por manifestantes durante os vários protestos contra o racismo que tomaram a cidade. O republicano, porém, não visitou a família de Blake, e preferiu concentrar a visita em apoiar forças de segurança e os pequenos comerciantes que tiveram estabelecimentos depredados nas manifestações.

Também será a primeira vez em campanha que Biden visita Wisconsin, que costumava dar vitória a candidatos democratas nas eleições. A vitória de Trump por lá em 2016, porém, tornou o estado essencial para a campanha presidencial de 2020.

Apoiadores de Donald Trump aguardam visita do presidente dos EUA em Kenosha nesta terça (1º) — Foto: Leah Millis/Reuters

Por vezes acusado de ter tolerância com vandalismo, Biden condenou as cenas de tumulto e depredação vistas após atos que geralmente começam pacíficos. O democrata ainda acusou Trump de fomentar a violência entre manifestantes.

O republicano, em outro tom, admitiu que excessos policiais devam ser investigados, mas defendeu o uso da força contra vândalos e saqueadores. Para Trump, a violência diminuiu em Kenosha depois que ele enviou soldados da Guarda Nacional à cidade.

Protestos nos EUA

Manifestantes protestam contra brutalidade policial em Kenosha, Wisconsin, neste sábado (29) — Foto: Morry Gash/AP Photo

A ação que deixou Jacob Blake sem os movimentos da cintura para baixo — ainda não se sabe se as sequelas serão duradouras — deu início a uma nova onda de protestos nos EUA. Os atos contra o racismo já haviam entrado nas discussões da campanha eleitoral em maio, após a morte do ex-segurança George Floyd.

A situação preocupa porque militantes antirracistas e manifestantes pró-Trump começaram a entrar em confronto — às vezes, armados — nas ruas da cidade. Ao menos três pessoas morreram baleadas em protestos desde que os atos foram retomados com o caso Jacob Blake.

Fonte: G1