BRASILIA- O esforço do governo federal para impedir que o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RH) fosse indicado para a relatoria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da denúncia contra Michel Temer foi bem maior do que o relatado até o momento.
A pedido do Palácio do Planalto, o vice-governador de Minas e presidente do PMDB mineiro, Antonio Andrade, viajou para Brasília e ficou tentando mudar a decisão do presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), pela nomeação de Zveiter.
Pouco antes do anúncio do parlamentar fluminense para a função, Andrade deixou o gabinete da presidência da CCJ para se reunir com o líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), e o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG).
Para diminuir as resistência do Planalto, Pacheco ameaçou colocar na elaboração do parecer da denúncia de Temer o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que relatou o processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e recomendou que o ex-presidente da Casa perdesse o mandato parlamentar.
A estratégia funcionou como uma espécie de “bode na sala”, e o Palácio do Planalto teve que engolir a indicação de Zveiter.