Banco de Olhos de Rondônia inicia avaliação de córneas em Porto Velho

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Banco de Olhos aguarda mais doações de córneas em Rondônia
Banco de Olhos aguarda mais doações de córneas em Rondônia
Banco de Olhos aguarda mais doações de córneas em Rondônia

Desde o início de maio, a Portaria nº 502, do Ministério da Saúde, autoriza o Banco de Tecido Ocular Humano de Rondônia (Banco de Olhos) a avaliar e processar doações de córneas, em Porto Velho.

A diretora-adjunta do Hospital de Base Ary Pinheiro, Joelma Nascimento, considera essa medida um grande marco na história do transplante no Estado de Rondônia.

Até o último dia 12, córneas doadas no estado seguiam diretamente para o Banco de Olhos do Distrito Federal. Essa logística deixava o Banco de Olhos dependente da malha aérea (voos) favorável. “Ocorria ainda outro fator negativo: a demora no tempo de ida e retorno desse tecido para fazer o transplante”, disse Joelma.

A doação é feita quando ocorre a morte da massa encefálica e parada do coração.  Córneas doadas de dois pacientes – um de Jaru e outro de Porto Velho – foram transplantadas no dia 24. Durante dez meses, ambos aguardavam esse procedimento.

No entanto, a captação de córneas na capital e no interior ainda deixa a desejar. São poucas e não têm atendido à necessidade do banco. Atualmente, 90 pessoas, grande parte delas moradoras da zona rural e em assentamentos, aguardam na fila para voltar a enxergar, conforme informou a diretora.

“Precisamos nos sensibilizar para esse nobre gesto da doação, e perder o receio de praticá-lo, melhorando uma cultura que proporcionará grande bem ao receptor”, comentou a enfermeira, Eliete Sodré, responsável pela enucleação (retirada de núcleo ou de caroço).

No ano passado, durante simpósio em Cacoal, o Hospital Regional havia feito seis procedimentos de captação de rins e córneas, desde a criação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação e Captação de Órgãos.

“Esse número só não é maior porque em muitos casos as famílias se negam a aceitar a captação de órgãos; ao longo de quase três anos houve várias oportunidades de realizar procedimentos de captação de órgãos, mas não foi possível devido à negativa da família”, queixou-se a assistente social, Risany Jacony.

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Enfermeira Késia Vaz explica quem pode doar

A coordenadora do banco, Adriana Grangel Maldonado Ortega, ressaltou a importância da solidariedade familiar no sentindo de autorizar a doação de órgãos. “É um ato de amor ao próximo”, destacou.

A enfermeira Késia Vaz dos Santos mencionou contraindicações para doadores, explicando que a maioria das pessoas pode doar.

Segundo ela, a Comissão Intra-Hospitalar  de Doação e Captação funciona em Cacoal e Porto Velho.

Para abrir e fechar protocolos, ouvindo famílias de doadores, funcionam no Banco de Olhos do Hospital de Base e a Organização de Procura de Órgãos, cujos integrantes visitam regularmente hospitais.

PODEM SER DOADORES 
• Pacientes que tenham miopia, hipermetropia e astigmatismo
• Tenham tido conjuntivite, mas já foram curados
• Usem óculos ou lentes de contato
• Tenham algum câncer que não seja leucemia, linfoma ou câncer no olho

CONTRAINDICAÇÕES
• Linfomas ativos e leucemias
• Hepatites B e/ou C
• HIV (AIDS)
• Infecção generalizada
• Endocardite bacteriana
• Morte de causa desconhecida
• Raiva
• Algumas doenças em atividade como sífilis ativa e leptospirose.

Leia mais:

Cacoal realiza primeiro procedimento de captação de órgãos para transplante em 2016


Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Daiane Mendonça
Secom – Governo de Rondônia