Aumento de pacientes no Hospital de Amor da Amazônia, em Porto Velho, preocupa governo e Fundação Pio XII

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Medico Jean Negreiros, Henrique Prata, deputado Cleiton Roque e Daniel Pereira (esq.)

A previsão feita pelo fundador da Fundação Pio XII, entidade que gerencia o Hospital de Câncer de Barretos e o similar em Rondônia, Hospital de Amor da Amazônia, de aumento da demanda por atendimentos no segundo semestre deste ano, preocupa. Na manhã deste domingo (8), Henrique Prata visitou o governador Daniel Pereira (PSB), já instalado no 9º andar do edifício Pacaas Novos, Palácio Rio Madeira, para desejar sucesso na gestão de Rondônia e fazer o alerta.

Criado em Rondônia em razão da enorme procura pelo Hospital de Câncer de Barretos, em São Paulo, o Hospital de Amor da Amazônia foi inaugurado em novembro do ano passado, com presença do presidente da República Michel Temer. Na ocasião, o presidente se comprometeu com os interesses da região.

Segundo Henrique Prata, no segundo semestre serão recebidos mais de 10 mil pacientes de Rondônia que estão  em Barretos fazendo tratamento, e mais a demanda que está vindo dos  estados do Amazonas, Amapá, Roraima, Mato Grosso e Acre, enchendo as casas de apoio. “E até me assusta o tanto que os estados vão se beneficiar de Rondônia. Então, de mãos dadas com o governador temos de achar uma solução para manter. Não tem caixa para tudo isso”, disse.

“O governador teve a sensibilidade de me receber num domingo, uma deferência do carinho dele com o Hospital de Amor da Amazônia. Fico feliz de saber que um homem simples e humilde tem incumbência tão grande. Vim dizer que preciso dele, mas também me coloco a disposição para articular pela saúde básica e alta complexidade, e não somente pelo câncer”, realçou.

Segundo Prata, a “experiência dura“  que teve na Santa Casa de Misericórdia de Barretos precisa ser compartilhada com o governador.  “Em 2 anos recuperamos a Santa Casa, que tinha uma dívida de R$ 330 milhões. O estabelecimento está completamente saneado.

O governador Daniel Pereira disse que a visita de Henrique Prata foi uma “surpresa muito agradável”, mas que também trouxe preocupação.  Único hospital fora do centro sul do Brasil que atende a população de Rondônia, ele também já está tendo demandas do Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Roraima e isso tem custo.

Mantido com doações, contribuições de pessoas físicas e jurídicas e leilões realizados em Rondônia, um estado bastante solidário disse Henrique Prata na inauguração do hospital, o Estado contribui também com R$ 1 milhão e 950 mil todos os meses.

“Não é suficiente. Teremos de ser bastante criativos para buscar novas formas de financiamento, vamos até o presidente da República, ministro da Saúde e vamos dialogar com a sociedade. Porque o Hospital do Amor da Amazônia é a única possibilidade que uma pessoa pode ter de sobrevida, pode se salvar, e é algo que todos nós podemos precisar. E infelizmente, a cada dia que passa, mais gente precisa. Então, se é uma demanda que é de todo mundo, vamos coletivamente ajudar”, disse o governador Daniel Pereira.

Daniel Pereira lembrou que o governo do Estado, por iniciativa de Confúcio Moura, vem fazendo um trabalho de ajudar na manutenção. “Vamos ter que dar continuidade a ele e ampliar para atender as novas demandas; com a inauguração do hospital, o custo de manutenção é mais elevado. Os benefícios são grandes mas a responsabilidade é muito grande também. Temos de coletivizar isso”, declarou.

O governador e Henrique Prata, juntamente com Luiz Eduardo Maiorquim, adjunto da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que assumirá a titularidade da pasta, breve iniciam articulações para acessar investimentos para manutenção do Hospital do Amor da Amazônia. “Fico feliz que o secretário Maiorquim continue no governo”, disse Prata a Daniel Pereira.