O anúncio de que o governo federal extingue e vai liberar para venda a Reserva Nacional de e Associados (Renca), entre o Amapá e o Pará gerou comoção e movimentação entre artistas brasileiros, principalmente nas redes sociais. O presidente Michel Temer assinou o decreto com o ato na quarta-feira (23). A área extinta equivale ao tamanho do Estado do Espírito Santo ou da Dinamarca.
A primeira a adotar a causa de defesa da Renca foi a top model Gisele Bündchen, no próprio dia da publicação em Diário Oficial. Durante a semana, ela voltar a publicar em suas contas nas redes sociais mensagens, com foto, onde pede que todos que são contra a extinção da reserva usem a hashtag #todospelaamazonia para mostrar insatisfação com a atitude de Temer, que ele resume como uma “vergonha” fazerem o “leilão” da Amazônia.
No vácuo de Gisele, seguiram Ivete Sangalo, Luciano Huck, Angélica, Cauã Raymond, Thiago Lacerda, Marina Ruy Barbosa, Giovanna Ewbank e Igor Rickli, entre outros. Todos manifestaram revolta e criticaram duramente o presidente da República.
“Retrocesso que ameaça todo nosso futuro”, escreveu Cauã. Já Huck descreveu como “estupidez” e “medida sem sentido”. Ele destacou que “nossas florestas e seus povos são uma das nossas maiores riquezas.” Para Ivete Sangalo, há uma “brincadeira com o patrimônio brasileiro”.
Sérgio Marone, de O Dez Mandamentos
Eu me chamo Sergio Passarella Marone, sou brasileiro, e digo NÃO ao fatiamento da Amazônia. #TODOSPELAAMAZÔNIA
O resiliente presidente Michel Temer extinguiu uma área ambiental do tamanho do estado do Espírito Santo. Para continuar no poder e afagar a bancada ruralista, o decreto presidencial 9.142 trata da exploração mineral em áreas protegidas, inclusive Unidades de Conservação e terras indígenas! Existe uma grande preocupação com o aumento do desmatamento, contaminação dos recursos hídricos e ameaça aos povos indígenas que habitam a área. #FORATEMER!! #amazonia#preservar #natureza #foratemer
O Ministério de Minas e Energia respondeu que as áreas protegidas da floresta e reservas indígenas não serão afetadas pelo decreto.
Jornal do Brasil