Após as mortes da ex-esposa e ex-sogra, Chiquinho perde a luta para o virus

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Chiquinho com os filhos Ettore, Caroline, o neto e a ex-esposa Marilda

PORTO VELHO- Ele havia partido de Porto Velho (RO) no dia 12 de abril, para Jacarezinho, no Paraná, para amparar os filhos e netos. Francisco da Silva Moraes, o Chiquinho, 67, nascido em Guajará-Mirim, viajou para nunca mais voltar. Sem ter tomado a primeira dose da vacina porque havia acabado, só o fez quando chegou no Paraná. Mas, três dias depois foi internado com Covid-19.

Família do Chiquinho no Paraná. Marilda, ex-esposa que morreu filhos e neto

NO dia 7 de abril a ex-esposa dele, Marilda Orlandini havia perdido a luta para o vírus. Ele prontamente se dispôs a ir para Jacarezinho onde reside a família. Três dias depois, morre a sogra dele. Desespero. No dia 12 ele viajou para amparar os filhos e netos que estavam inconsoláveis. A mais sentida era a filha mais velha, Caroline Orlandini, casada e mãe de um filho, neto de Chiquinho. Ela correu para vacinar o pai, ficando aliviada, pois perdera a mãe e a vó naquela semana. Três dias depois, porém, Chiquinho passou mal e foi internado na Santa Casa de Jacarezinho, onde Marilda Orlandini, a ex-esposa havia sido internada e perdido a vida. Agora a luta seria dele contra a o vírus.

Mas, Chiquinho tinha suas excentricidades e uma certa resistência a hospitais, principalmente nos últimos tempos quando as notícias não são nada favoráveis.  Não desejava ser intubado caso fosse necessário. Ele sabia que a maioria dos intubados dificilmente volta. E aquele era o caso dele naquele momento. Quando o médico falou para ele nos últimos dias que antecederam a morte dele, que deveria ser intubado, deu de ombros e disse que não queria de jeito nenhum. A família foi consultada e autorizou o médico a realizar todos os procedimentos necessários para mantê-lo vivo…

No final da tarde de ontem, 04 de maio, Chiquinho deu os últimos suspiros e partir para a eternidade.

Familiares e centenas de amigos expressaram consternação pela perda irreparável. Ele era muito querido na sociedade portovelhense. Lulista, sofreu com os percalços do ex-presidente. Discutia calorosamente quando o assunto era Lula. Tinha um temperamento sensível e variável que se equilibrava entre forte e suave. Por vezes, era fácil tirá-lo do sério. Comportamento humano. Foi desta para melhor, deixando um legado de realizações no campo dos eventos sociais, o mestre na cozinha refinada. Chiquinho era irmão do jornalista Roberto Kuppê, que acompanhou os últimos dias do irmão, mesmo à distância, na UTI.

O enterro dele será hoje, às 10h30, em Jacarezinho.