Após 1 mês, congressistas se arrependem do voto favorável ao impeachment de Dilma

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iracema_temerNão é um nem são dois parlamentares que já manifestam arrependimento pelo voto favorável ao afastamento da presidente eleita Dilma Rousseff (PT), tanto na Câmara quanto no Senado.

O Blog do Esmael relacionou alguns casos públicos de arrependimento, como do deputado Adail Carneiro (PP-CE), que votou pelo impeachment de Dilma Rousseff. Porém, ele se mostrou arrependido e revelou que sabe da inocência da presidente. Ele disse que foi “enquadrado” pelo partido, o que contrariou a Lei do Impeachment.

Caso parecido é da deputada Iracema Portella (PP-PI), em entrevista a um jornal, confessou não estar muito feliz por ter votado no impeachment. “Estou meio chateada, estou superchateada, porque a gente sabe que a presidente Dilma não cometeu nenhum crime de responsabilidade”, afirmou.

Além do deputado do PP cearense, outros tantos também se dizem arrependidos de votar “sim”, pela admissibilidade do impeachment, na sessão do último dia 17 de abril.

“A sensação de arrependimento é geral”, disse um parlamentar paranaense que pediu para não ser identificado. Segundo ele, a atenção do governo interino agora se voltará para o Senado e eles, deputados, serão relegados ao terceiro plano.

Dos 30 deputados do Paraná, 26 foram favoráveis ao golpe de Estado que possibilitou a ascensão do vice Michel Temer (PMDB).

Os golpistas terão de travar uma nova batalha no Senado, se quiserem permanecer no poder. A tropa de ocupação de Temer precisará de 54 votos, ou dois terços, para confirmar em 180 dias o afastamento de Dilma.

Temer terá que rebolar para manter os votos entre os senadores, haja vista que o placar na última quinta (12) foi apertado demais: 55 favoráveis e 22 contrários. Os golpistas achavam que fariam mais de sessenta votos.

O diabo é que começaram surgir as primeiras defecções também no Senado, pois o mau humor na Câmara está contaminando a casa vizinha. O senador Cristovam Buarque (PPS-DF), por exemplo, criticou a ausência de mulheres no governo interino. “Ficou estranho um ministério sem mulheres, sem representantes de minorias e dos movimentos sociais”, expiou.

O senador Romário (PSB-RJ) também pediu para que o governo provisório devolvesse a cultura. “Fiz essa breve introdução para lamentar a decisão do presidente interino Michel Temer de fundir o Ministério da Cultura ao Ministério da Educação. O ato significou um retrocesso”, publicou no Facebook.

Até mesmo um dos autores do impeachment, o advogado Hélio Bicudo, indignou-se com a formação do novo governo golpista. A base do ministério de Temer é formada delatados e investigados na Lava Jato, além de réus em outros processos criminais.

Fonte: Blog do Esmael

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