Apenas 2,1% dos alunos carentes no Brasil aprendem níveis aceitáveis em ciência

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Pesquisa realizada pela OCDE aponta resultado entre os piores, em uma lista de 70 países

O Brasil apresentou novamente índices baixos em educação, pois o relatório divulgado recentemente pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), apontou que apenas 2,1% dos alunos carentes no Brasil aprendem níveis aceitáveis em ciências, matemática e leitura. O estudo foi realizado com 70 países e nos colocou entre os piores resultados, abaixo de regiões como Colômbia, Costa Rica e Romênia.

Em setembro deste ano, o Ministério da Educação (MEC) também divulgou os dados de 2017 do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que revelou que quatro em cada dez alunos do 3º ano do Ensino Médio possui níveis insuficientes em português e matemática, reforçando a necessidade  de mudanças nos métodos de ensino do País. Diante desse cenário, iniciativas surgem para proporcionar novas formas de aprendizagem, como a Explorum – plataforma de alta inovação educacional.

A empresa oferece uma metodologia de ensino única, composta por um hardware exclusivo, ambos destinados ao ensino do conceito de aprendizagem criativa híbrida, que envolve temas como robótica, inteligência artificial e Internet das Coisas, mesclado com disciplinas como português, matemática e ciências. “Esse método educacional é aplicado de forma prática e simples para os alunos e permite a inclusão da tecnologia em sala de aula”, explica Eduardo Azevedo, cofundador da Explorum.

Conhecida como uma mistura de técnicas educacionais, a aprendizagem criativa híbrida utiliza o conceito STEM (Science, Technology, Engineering and Math), no qual o processo de ensino consiste em aplicar simultaneamente o ensino de diversas disciplina, como ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática. “Também utilizamos em nosso método o Design Thinking  e o conceito Maker, uma extensão do “Do It Yourself” ou “Faça Você Mesmo”, uma das bases desse movimento é que qualquer pessoa pode ser capaz de criar e modificar as coisas com a suas próprias mãos”, comenta Azevedo.

Além de criar um conceito de inovação para toda a educação básica, do ensino infantil até o médio, a plataforma desenvolveu um método para capacitação dos professores, para que possam atuar como mediadores na busca de soluções em parceria com os alunos. “Os projetos são desenvolvidos em parceria com o corpo docente de cada escola, redesenhamos o modelo de aprendizado e oferecemos o treinamento adequado para que os professores possam inserir a alta tecnologia durante o aprendizado”, explica Azevedo.

Para Eduardo Azevedo, os índices baixos em educação que o País vem apresentando nos últimos meses podem afetar consideravelmente a carreira profissional dos alunos no futuro. O especialista em metodologia híbrida explica que quanto mais cedo essas reformulações, inserções de novas tecnologias e técnicas eficazes no ensino forem aplicadas, ficará mais fácil reverter esses índices.

A empresa também é responsável pelo projeto Engenhoca Criativa, que é desenvolvido com 160 jovens de comunidades carentes na região do Capão Redondo, em São Paulo. Criada em 2016,  a startup atua em 26 instituições de ensino no Brasil, entre escolas públicas, particulares e projetos sociais, em parceria com grandes corporações como IBM e Samsung.

Sobre a Explorum é uma plataforma pedagógica de aprendizagem criativa híbrida, que permite explorar problemas reais do mundo, por intermédio de uma metodologia de ensino e de atividades conectadas a objetos, para auxiliar os alunos a projetar por si mesmos para uma sociedade digital e conectada. A startup que atua junto a escolas, foi criada em 2016 e já está presente em 26 instituições pelo Brasil, entre públicas, particulares e projetos sociais.