Andar de bicicleta ajuda a diminuir o colesterol e prevenir doenças

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Criar uma rotina que contemple um horário para se exercitar não é uma tarefa fácil para, pelo menos, 47% dos brasileiros. Afinal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse é o percentual de pessoas consideradas sedentárias no Brasil. Não por acaso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) listou o país como o mais sedentário da América Latina.

Um dos principais reflexos dessa falta de atividade física é o declínio na saúde. A hipercolesterolemia, ou seja, o aumento do colesterol “ruim”, acomete um quinto da população brasileira, conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia. As consequências apontam para o risco aumentado de doenças cardiovasculares como acidente vascular cerebral (AVC) e infarto.

A maneira mais eficiente de evitar o adoecimento é com a prática regular de atividades físicas. Embora as academias e os centros de musculação, pilates e crossfit sejam opções compatíveis com os costumes urbanos, existem grupos de pessoas que não se adaptam a esses ambientes. O ciclismo tem se tornado uma alternativa, especialmente para os indivíduos que querem ter uma melhor qualidade de vida e reduzir o colesterol.

HDL e LDL

Apesar de o “colesterol” ser comumente associado aos seus pontos negativos, ele desempenha funções essenciais para o bom funcionamento do organismo ligadas à produção de hormônios e vitaminas. Logo, é o seu excesso, especificamente da partícula LDL, que contribui para a formação de placas de gordura nas paredes das artérias e obstrução do fluxo sanguíneo.

O aumento do colesterol LDL ocorre devido a fatores genéticos e estilo de vida. A ausência de atividade física, o alto consumo de alimentos ultraprocessados e gorduras, combinadas com o tabagismo, formam a receita ideal para a hipercolesterolemia. A adoção de hábitos saudáveis, por sua vez, aumenta o nível do colesterol HDL, popularmente conhecido como colesterol “bom” pela capacidade de evitar a obstrução das artérias.

Vantagens do pedal

Dentre os fatores comumente listados nas justificativas para o sedentarismo, está a falta de tempo. Nesse sentido, o uso da bicicleta, sobretudo como meio de transporte, funciona como uma ferramenta capaz de atender diferentes demandas. Até porque promove a manutenção da saúde, traz economia para o bolso do novo ciclista, evita a queima de combustível e protege o meio ambiente.

A junção desses benefícios tem atraído cada vez mais adeptos. Informações divulgadas por um estudo feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e Ministério do Desenvolvimento Regional mostraram os principais motivos que levam as pessoas a optarem pelas bikes. No ranking, o primeiro diz respeito à agilidade na mobilidade urbana, e o segundo, à preocupação com a saúde.

Por ser uma atividade aeróbica com trabalho cardiovascular, a literatura médica entende que pedalar ao menos 30 minutos, 5 vezes por semana, favorece o controle da pressão arterial, a redução do acúmulo de gorduras e o equilíbrio no funcionamento do organismo de modo geral. Além disso, o ciclismo tonifica os músculos sem prejudicar as articulações, o que o torna indicado para quem tem sobrepeso ou uma musculatura mais enfraquecida.