O dia de amanhã, quarta-feira, 4 de novembro, entrará para a história de Rondônia e para a vida política do senador Ivo Cassol (PP-RO). É que o STF decide de uma vez por todas o futuro dele. Se acolhe os embargos ou decida pelo cumprimento da sentença de quatro anos e oito meses de prisão em regime semi-aberto. Na prática, Cassol vai poder trabalhar de dia e terá que se recolher após as 18 horas. O cumprimento da pena deverá ser inicialmente na Papuda, em Brasília, onde já esteve Natan Donadon e onde está a maioria dos presos do Mensalão.
Ivo Cassol vive o seu melhor momento como senador. Ele está defendendo com unhas e dentes pacientes com câncer. Se confirmada a sentença de 4 anos e oito meses de prisão, Cassol disse que vai renunciar para não ser cassado.
Cassol e outros três réus foram condenados pelo crime de fraude em licitação por fatos ocorridos na época em que ele era prefeito de Rolim de Moura (RO), entre 1998 e 2002. Segundo denúncia do Ministério Público, o esquema criminoso consistia no fracionamento ilegal de licitação em obras e serviços para fraudar licitações.
O parlamenatar foi o primeiro senador condenado pelo Supremo desde a vigência da Constituição de 1988.
No julgamento, os ministros devem discutir novamente se Cassol perderá o mandato imediatamente ou caberá ao Senado a palavra final para cassá-lo, por meio de abetura de processo disciplinar no Conselho de Ética.
A defesa de Cassol pediu à relatora da ação penal, ministra Cármen Lúcia, o adiamento do julgamento. O advogado pretende pedir mais tempo para entregar aos demais minisitros memoriais com argumentos favoráveis.
Edi