Alvo da Operação Boi Gordo, vice-prefeito de Porto Velho é carta fora do baralho em 2020

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O Ministério Público do Estado de Rondônia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio da Polícia Civil, deflagrou na manhã desta terça-feira (3/12), a Operação denominada “BOI GORDO”, destinada a investigar esquema de organização criminosa, envolvendo a prática de crimes contra a administração pública, a exemplo de crimes de corrupção, ativa e passiva, falsidades ideológica e documental, dentre outros, em desfavor do Erário Estadual. Há informações que o vice-prefeito de Porto Velho, Edgar do Boi, estaria entre os envolvidos. Mais informações em instantes

Por meio de conteúdo probatório aportado junto ao Ministério Público Estadual, revelou-se estrutura criminosa no Estado, envolvendo empresários do ramo de Frigoríficos e servidores públicos, a qual, durante anos, impediu fiscalizações do ICMS, e, assim, possibilitou a sonegação expressiva deste imposto, mediante pagamento de milhões de reais à título de propina.

Estão sendo cumpridos medidas de busca e apreensão nos Municípios de Ariquemes e Porto Velho.

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Boi na Lava Jato

Edgar Nilo Tonial, vulgo Edgar do Boi, presidente regional do PSDC em Rondônia , vice-prefeito de Porto Velho, teria recebido cerca de 3 milhões de reais para, de alguma maneira, impedir qualquer fiscalização nos frigoríficos da empresa JBS /Friboi.

Um delator da JBS Friboi, em depoimento à Justiça, entregou o braço direito do prefeito de Porto Velho. Disse que Edgar do Boi teria recebido cerca de 3 milhões de reais para impedir a fiscalização de frigoríficos . No período em que do Boi recebeu a propina, a JBS não foi incomodada.

Valdir Aparecido Gomes, executivo da JBS/ Friboi, depondo no último dia 4 de maio na sede da Procuradoria Geral da República, em Brasília, revelou que se reuniu na sede do PSDC em Porto Velho com Edgar do Boi e os contadores Nilton Amaral, da Guaporé Carnes, e Clodoaldo Andrade, do escritório Rio Madeira Contabilidade, secretário geral do PSDC e chefe de transição da administração do prefeito eleito Hildon Chaves.

Há informações também que Edgar atuava para atrapalhar a gestão do prefeito Hildon Chaves e tinha pretensões de disputar o Palácio Tancredo Neves em 2020. Segundo fontes, ele estaria por trás da invasão de moradores de União Bandeirantes à Câmara Municipal de Porto Velho, que protestavam contra a falta de transporte rural para estudantes. Mas, após essa operação, Edgar do Boi é carta fora do baralho. Hildon Chaves foi mais rápido e pode ter digitais nessa operação.

Com informações do MP/RO