AFRONTA: CRIME ELEITORAL COM ASSINATURA, CARIMBO E PAPEL TIMBRADO

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O ex-deputado federal Agnaldo Muniz (PSC), candidato a deputado federal pela Frente “Muda Rondônia”, composta pelos partidos PSDB / PSDC / PSD / PEN / SD / PHS / PSC / PMN / PT do B / PRB / DEM, pode ter cometido um crime eleitoral que poderá resultar na cassação do registro de candidatura ou, caso eleito, do mandato. De acordo com o articulista Alan Alex, do Painel Político, a CEMADERON (Convenção Estadual dos Ministros das Assembleias de Deus no Estado de Rondônia), enviou uma carta aberta aos fiéis da Assembleia de Deus recomendando voto aos candidatos Marcelo Cruz e Agnaldo Muniz, ambos do PSC. Na carta, assinada pelo pastor Joel Holder ele afirma, “acreditamos que através de nossos representantes políticos combateremos ações que vem de encontro com a igreja de forma direta, como por exemplo, os projetos de leis que vão de encontro com os princípios da família. Nesta hora de decisão contamos com seu voto e sua oração”.

A Convenção Estadual dos Ministros das Assembleias de Deus no Estado de Rondônia – CEMADERON, é uma entidade de utilidade pública, e recebe recursos públicos, dinheiro de emendas parlamentares e convênios com o poder público. Preside a entidade o pastor Nelson Luchtenberg, que por acaso é sogro do candidato a deputado federal Agnaldo Muniz.

A legislação eleitoral não permite campanhas em igrejas, tampouco a utilização de uma entidade séria, que recebe recursos públicos, esteja sendo usada desta forma, para fazer campanha política. Além disso, a carta é impressa em papel timbrado da Cemaderon e da Assembleia de Deus assinada pelo pastor Joel Holder com direito a santinho de ambos os candidatos.

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO

O Ministério Público Federal (MPF) em Rondônia ingressou com uma ação de improbidade administrativa contra o ex-deputado federal Agnaldo Muniz, apontado como um dos participantes no esquema de fraudes que ficou conhecido como a Máfia das Ambulâncias, descoberto pela Operação Sanguessuga. Segundo o MPF, as fraudes envolviam dinheiro público obtido por meio de emendas parlamentares e repassado aos municípios para compra de ambulâncias superfaturadas.
 O MPF afirma que a organização criminosa descoberta pela Operação Sanguessuga “contou com a atuação decisiva do ex-parlamentar para obtenção de verbas destinadas às prefeituras no estado de Rondônia”. As ambulâncias eram adquiridas do Grupo Planan e de outras empresas de fachada de propriedade da família Trevisan Vedoin. Em depoimento à Polícia Federal, Luiz Antônio Trevisan Vedoin, maior responsável pelo esquema de fraudes, confessou ter “acertado” com Agnaldo Muniz uma licitação realizada no município de Novo Horizonte para compra de duas ambulâncias. O acerto, segundo Vedoin, teria sido para pagar a Agnaldo Muniz o percentual de 10% sobre o valor da emenda, por ocasião da licitação. Vedoin informou que a licitação foi realizada e que também houve o pagamento de R$ 12 mil ao ex-deputado federal.
 Em depoimento prestado à Justiça Federal, outro envolvido no esquema, Darci José Vedoin, disse que o pagamento dos R$ 12 mil foi “a título de comissão pela emenda realizada” e que foi Agnaldo Muniz quem fez contato com os prefeitos nos municípios, para acertar os detalhes sobre o direcionamento das licitações. Para despistar a origem da propina, o valor de “comissão” foi depositado na conta bancária da esposa de seu chefe de gabinete.

Fonte: Maisro.com.br com Painel Político/Alan Alex