ADEUS À MARCOS ANTERO SÓTER: AMIGOS SE DESPEDEM DO POETA JORNALISTA

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Credencial para cobertura da visita do então presidente João Figueiredo a Rio Branco (AC)

poeta1Seja nas redes sociais, seja em Catalão (GO), os amigos e parentes de Marcos Antero Sóter se despediram do poeta e jornalista que militou na Amazônia deixando saudades. Sóter morreu na manhã de domingo após complicações cardíacas e pulmonares. O corpo dele foi enterrado ontem, segunda-feira, em Catalão, cidade natal do jornalista. Assim era o desejo dele que residia em Brasília há décadas.

Nas redes sociais a tristeza, o lamento e as recordações. Uma delas, do também amigo jornalista Montezuma Cruz. Poeta e ativista cultural Selmo Vasconcellos entrevistou-o em 2012: “Poesia é, sobretudo, a essência da alma de quem a escreve e deve ser feita de forma que se torne em bálsamo para quem lê. Quem escreve poesia se desnuda e se mostra aos que o rodeiam. Ninguém deve se envergonhar ao colocar no papel seus sentimentos, suas crenças, seus medos, seus temores”, disse-lhe Antero

Credencial para cobertura da visita do então presidente João Figueiredo a Rio Branco (AC)
Credencial para cobertura da visita do então presidente João Figueiredo a Rio Branco (AC)

De todos os lados, os amigos se manifestam. Do Acre:”Ele morou no Acre tbm, em Rio Branco, trabalhou no jornal O Rio Branco no Diário e na Rádio Difusora Acreana. Foram três anos aqui 1982/83/84, pelo menos foi a conclusão que chegamos meses atrás (sobre os anos no Acre), nas nossas “confabulações” como dizia ele.

 

“Nesse final de semana estou me sentindo deveras triste com o desencarne da mãe da minha amiga Daiana Costa, D.Claudia, uma pessoa ímpar de alma pura e sem igual. Também pelo falecimento do colega de profissão Marcos Antero, Marcos Antéro Sóter. Não tenho muitas palavras, mas nesse momento só sinto que devo dizer a todos os amigos que amem mais, procurem sempre ser pessoas melhores, fazer sempre o bem, pois que a nossa vida aqui é passageira. Peço ao meu Deus que conforte toda família de minha querida amiga Dai. E que ela consiga enfrentar esse momento com serenidade. Rogo o mesmo a família do colega jornalista, o qual já tive oportunidade de trabalhar. Que assim seja!”, disse a jornalista Yalle Dantas, amiga do poeta e jornalista Marcos Antero Sóter.

A razão por que a despedida nos dói tanto é que nossas almas estão ligadas.
Talvez sempre tenham sido e sempre serão.
Talvez nós tenhamos vivido mil vidas antes desta e em cada uma delas nós nos encontramos.
E talvez a cada vez tenhamos sido forçados a nos separar pelos mesmos motivos. Isso significa que este adeus é ao mesmo tempo um adeus pelos últimos dez mil anos e um prelúdio do que virá. 
Vá com Deus, meu amigo, tio, primo Marcos Antéro Sóter!”, de Jussara Drummond.

“Estou triste pela perda de meu amigo jornalista e poeta. Marcos Antero Sóter.
admirava seu bom humor, seus poemas maravilhosos ficarão na lembrança. Que o amor de Deus console a família.
sentirei saudade”, disse Remildes Fátima Vieira.

Por onde passou, Antero deixou sua marca registrada, com muita personalidade e talento jornalistico. De acordo com o amigo Dorli Shimer,  ao noticiar sobre furtos e roubos, Antero se referia como “amigos do alheio”, entre outras frases que usava como bordão em suas reportagens. “Um dos melhores jornalistas que conheci, trabalhei e tive o prazer de desfrutar da amizade se foi. Lembro-me como se fosse hoje. A primeira vez que entrei numa redação para trabalhar profissionalmente (Alto Madeira, 1988), fui apresentado a ele, que seria – e foi – meu editor”, lembra também o colega Marcus Fernando Fiori.

Segundo o jornalista Roberto Gutierrez, Marcos Antero Sóter, “o Anta Velho de Guerra” foi um grande amigo. “Muito inteligente, leal e muitas vezes injustiçado”, disse. Quando Editor da Folha de Rondônia, conta Roberto, “tive o prazer de tê-lo como repórter e colunista em uma de nossas sucursais. Eficiente e muito cuidadoso com o texto, Antero adorava filosofar, em especial, nos botecos aos quais frequentamos.  Aliás, em Rolim de Moura, ele era o churrasqueiro mór do Bar do Chicão, cuja aventura culinária fez parte de muitas crônicas pitoresca da coluna que escrevia na Folha de Rondônia e o no blogdomarcosantero”.