Abertas as inscrições para ação que reconhece escolas públicas que se destacam por meio de práticas inclusivas, da participação da comunidade ou da aprendizagem dialógica

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Professores, coordenadores pedagógicos e diretores de escolas públicas municipais e estaduais de todos os segmentos (Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio) podem se inscrever na ação de reconhecimento do projeto Comunidade de Aprendizagem, Escola de Qualidade Para Todos e Para Cada Um, entre 4 e 29 de setembro. O objetivo é selecionar, valorizar e disseminar práticas escolares que envolvam “Participação Educativa da Comunidade”, “Práticas Inclusivas” e “Aprendizagem Dialógica”, temas alinhados aos conceitos do Comunidade de Aprendizagem, que é conduzido no Brasil pelo Instituto Natura, e acredita na escola como agente transformador da comunidade.

“Esses três conceitos são centrais para que as escolas melhorem os níveis de aprendizagem de todos os estudantes e a convivência na escola, independentemente do contexto em que estão localizadas”, explica a coordenadora do projeto Comunidade de Aprendizagem, Fernanda Pinho.

Segundo ela, a “Participação Educativa da Comunidade” deve se basear no envolvimento de todos os atores da comunidade escolar (famílias, professores, funcionários da escola e outras pessoas da comunidade) nos espaços formativos e nas decisões da escola sobre os aspectos que influenciam a aprendizagem dos estudantes. “Esse tipo de participação incide em questões fundamentais da vida escolar e tem um impacto significativo e importante na aprendizagem, já que quanto mais diversas forem as interações que o estudante vivencia na escola, maior será seu aprendizado”, conta.

Já as “Práticas Inclusivas” são ações que a escola realiza para buscar a equidade, ou seja, criar condições para que todos os estudantes alcancem os mesmos níveis de aprendizagem. “O objetivo é não deixar ninguém para trás! Por exemplo, a escola oferecer um espaço no contra turno para os alunos fazerem a lição de casa com ajuda, incentivar alunos mais velhos, que são leitores fluentes, a ajudar estudantes que estão se alfabetizando, indicar professores tutores para alunos passando por dificuldades, oferecer aulas especiais para ensinar os alunos a estudar”, explica Pinho.

Para Pinho, a “Aprendizagem Dialógica”, por sua vez, pressupõe que a interação e o diálogo são ferramentas essenciais para a construção de novos conhecimentos. “Na sociedade atual, a aprendizagem depende cada vez mais da correlação das interações que os estudantes estabelecem na escola com todas as pessoas de seu entorno, bem como na vivência em múltiplos espaços a que têm acesso”, diz.

O formulário de participação estará disponível no site do projeto (https://goo.gl/MQT7z5) e deve ser preenchido com, no máximo, 30 linhas de informações sobre cada ação inscrita.

Não serão consideradas inscrições que descrevam as Atuações Educativas de Êxito, como tertúlias dialógicas, grupos interativos e biblioteca tutorada, considerando que já são práticas reconhecidas como aquelas que contemplam os conceitos de Comunidade de Aprendizagem.

As duas experiências escolhidas serão divulgadas em 24 de outubro. Os vencedores serão premiados com:

  •          Vaga para o Encontro Internacional de Comunidade de Aprendizagem, que acontece entre os dias 23 e 24 de outubro, em São Paulo, com as principais despesas pagas*. O evento é realizado anualmente pelo Instituto Natura e traz palestras de especialistas internacionais que estudam temas relacionados aos conceitos de Comunidade de Aprendizagem.
  •          Participação, com principais despesas cobertas*, no curso de Certificação de Formadores em Comunidade de Aprendizagem em 2018. Trata-se de um curso de aperfeiçoamento no nível de pós-graduação, realizado em parceria pelo Instituto Natura, pela Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e pela Universidade de Barcelona, na Espanha.
  •      Intercâmbio para que professor ou gestor escolar selecionado conheça o trabalho desenvolvido pelo outro vencedor.
  •          30 livros Aprendizagem Dialógica na Sociedade da Informação (de Adriana Aubert, Ainhoa Flecha, Carme García, Ramón Flecha e Sandra Racionero), além de palestra do formador Ricardo Paim em cada uma das escolas selecionadas.

 

Dúvidas podem ser enviadas para o e-mail: [email protected]

 

*Favor checar regulamento completo para mais detalhes: https://goo.gl/b1bQYU

 

Imagens: https://www.flickr.com/photos/institutonatura/26269748280/in/album-72157667296981606/

 

Comunidade de Aprendizagem – http://www.comunidadedeaprendizagem.com/) – é um projeto que implementa na escola a semente de uma transformação social mais ampla, sensibilizando os profissionais, os alunos, suas famílias e a comunidade do entorno. O ponto de partida é a educação de qualidade com base no diálogo, na participação de todos e na melhoria da convivência.  O objetivo do projeto é ampliar e qualificar os espaços de interação dentro da escola, por meio da participação da comunidade e pelo trabalho com grupos heterogêneos, buscando níveis mais altos de aprendizagem para todos os estudantes e a melhora da convivência. Além disso, garantir que os princípios da aprendizagem dialógica, como o diálogo igualitário e a solidariedade, estejam presentes nas práticas da escola. O projeto, uma iniciativa do Instituto Natura, está em 594 escolas brasileiras e 378 em Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru.

Instituto Natura (iN) – www.institutonatura.org.br – é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que busca contribuir com a transformação da educação pública no Brasil e nos países da América Latina onde a Natura atua. Criado em 2010 com a visão de criar condições para cidadãos formarem uma comunidade de aprendizagem, o iN desenvolve e apoia iniciativas para professores, escolas, gestores públicos e consultoras Natura. Também dissemina e fomenta a discussão sobre os temas: escola em tempo integral, regime de colaboração e princípios de comunidade de aprendizagem.