A CRISE POLÍTICA NACIONAL E AS REPERCUSSÕES NAS ELEIÇÕES DE 2018 EM RONDÔNIA

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PORTO VELHO- Rondônia está distante da crise nacional. Pelo menos no que tange à economia. Rondônia é um estado sem crises, cujo desenvolvimento destoa da maioria dos estados brasileiros. Porém, a crise política tem afetado a todo o País e em Rondônia não é diferente. A deputada federal Marinha Raupp (PMDB) provou a primeira vaia contra ela no município de Rolim de Moura (RO), berço político dos Raupp. Tudo por conta do voto dela a favor de Michel Temer, flagrado pela Operação Lava Jato tratando de propina com o empresário Joesley Batista (JBF-Friboi). A repercussão negativa do voto de Marinha Raupp poderá atrapalhar os projetos políticos do casal que vem ganhando todas as eleições que disputam há três décadas. Aliás, o PMDB de Rondônia poderá sofrer grandes derrotas em 2018 por sustentar a permanência de Temer na presidência. A menos que o partido possa reverter a situação, o futuro peemedebista em todo o País será uma incógnita.

O PSDB estava a caminho do cadafalso também, mas, de forma inusitada, ressurge das cinzas e poderá disputar as eleições de 2018 com reais chances. Tudo por conta da decisão da deputada federal Mariana Carvalho (PSDB-RO), que votou a favor que Michel Temer seja investigado, dando assim, continuidade ao processo pelo STF. Voto vencido mas valeu-lhe manchetes e citações positivas na imprensa de todo o País. Ponto para ela que acertou em cheio desta vez. Também aparece na disputa como pré-candidato a governador dos tucanos o ex-prefeito de Porto Velho, José Guedes.

O senador Ivo Cassol (PP), inelegível até 2022 e condenado pelo STF a quatro anos e meio de cadeia por crime de fraudes em licitações públicas será o principal cabo eleitoral da sua irmã Jaqueline Cassol (PR) ao governo do estado no ano que vem.

O senador Acir Gurgacz (PDT), cujo mandato no Congresso só terminará em 2022, vai buscar um salto para o Executivo local e está bem pontuado nas pesquisas.

PT na disputa

O Partido dos Trabalhadores (PT) vai lançar candidatura própria também. Com muitos nomes à disposição, o PT deverá também focar para eleger o maior número de deputados federais para garantir uma boa bancada em Brasília.

PSB é uma incógnita

O partido de Mauro Nazif e Jesualdo Pires, ex-prefeito de Porto Velho e atual prefeito de Ji-Paraná, respectivamente, está com um pé em cada canoa. O PSB, que tem o vice-governador Daniel Pereira não sabe se apoia o candidato do PMDB, Maurão de Carvalho, ou do PDT, Acir Gurgacz. Se depender do prefeito de Ji-Paraná, o apoio será dado a Acir Gurgacz.

A votação da reforma previdenciária deverá nortear as principais candidaturas ao governo do Estado. Quem apoiar o desmonte das aposentadorias, estará fadado a derrota em 2018.

Da redação, mais informações de O Antagonista