No Zimbábue, 11 elefantes morrem perto de reserva florestal

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Todos os animais eram jovens, que têm mais dificuldade para alcançar as copas das árvores. Suspeita-se que eles foram vítimas de infecções por bactérias. No ano passado houve uma seca que terminou com a morte de 200 elefantes.

Onze elefantes foram encontrados mortos no Zimbábue perto de uma reserva florestal, afirmou nesta terça-feira (1) a agência responsável pela área. Suspeita-se que eles tenham sido vítimas de uma infecção bacteriana, pois não há sinais de envenenamento ou da ação de caçadores.

Os animais eram jovens, tinham idades entre 1,5 ano e 6 anos. O porta-voz do Zimparks, a entidade responsável pelos parques do país, Tinashe Farawo, afirmou que os mais jovens não alcançam as copas das árvores, então comem qualquer coisa, inclusive alimentos contaminados ou venenosos.

Os corpos foram encontrados na última sexta-feira na floresta de Pandamasuwe, entre o Parque Nacional de Hwange e as cascatas de Victoria Falls.

Columbus Chaitezvi, o principal responsável pelos parques do Zimbábue, disse que eles podem ter contraído uma infecção bacteriana quando procuravam comida.

Veja uma reportagem sobre a morte de elefantes em Bostsuana, um país vizinho do Zimbábue.

Quando começa a época de calor no país, a comida fica mais escassa, e os elefantes mais novos passam a comer grama e se cavar o solo, o que aumenta a exposição às bactérias, segundo Chaitezvi.

“Até agora a indicação do laboratório é de uma infecção bacteriana, mas nós não sabemos que tipo de bactéria”, ele afirmou à Reuters.

Ao menos 200 elefantes, além de búfalos e antílopes, morreram nos parques do país por falta de comida ou água em decorrência de uma seca em 2019.

De acordo com autoridades do Zimparks, se houve seca novamente neste ano, há uma grande chance de os animais morrerem de fome, pois há uma população grande de elefantes.

Há cerca de 80 mil elefantes no Zimbábue. Isso é cerca de um quinto do total dos animais no continente africano. No entanto, os números caíram nos últimos anos em decorrência da seca e da caça.

Fonte: G1