COLUNA ZONA FRANCA

Bolsonaro

A coluna não podia começar com outra pauta. O nome da semana, é Jair Messias Bolsonaro (PL-RJ), ex-presidente da República. Após uma live com mais de  400 mil visualizações, o clã Bolsonaro ganhou de graça uma mídia de mais de 100 milhões de pessoas assistindo. Não por um bom motivo, claro. Um dos membros do clã, o maquiavélico vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi o principal alvo de uma operação da PF, que investiga o uso da ABIN para perseguir adversários (ou alucinações) de Jair Bolsonaro durante o nefasto governo dele.

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Pois bem. Carluxo como é conhecido no bas fond, é o mentor intelectual (ah, vai), a mente (como mente) por trás de Bolsonaro. Toda a maldade emanada do ex-presidente tem o dedo do filho cuja identidade sexual é indefinida. Dizem as más línguas que….ah, deixa prá lá. Carluxo e Jair Renan (o 04)  são uma incógnita nessa cuestão.

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Durante a operação que essa coluna acompanhou via Globo News, Band News e CNN Brasil, as apurações eram ao vivo e sem cortes. Claro que as informações chegavam e eram repassadas ao vivo para os telespectadores e internautas. De tudo que foi informado, apenas um erro, a apreensão de um notebook da ABIN que estaria com Carlos Bolsonaro. Não estava. Isso foi motivo para o clã e seguidores encherem as redes sociais dizendo que a Globo News, especialmente a excelente Daniela Lima, cometeu fake news. É bom que se observe que eles consideraram apenas esse fato como fake news, não desmentindo as demais informações que, com certeza, são verdadeiras.

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O fato é que o clã soube da operação um dia, ou horas antes e se evadiram do local antes da PF chegar, inventando uma tal pescaria. Pèscaria após uma live que eles comemoraram a noite toda como sucesso de audiência? Conta outra. Tanto souberam que no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro no centro do Rio, tinha um assessor de prontidão para “recepcionar” os federais. Na casa de Bolsonaro na Vila Histórica de Mambucaba (distrito de Angra dos Reis), a PF deu com os burros n’água. O clã estava em alto mar monitorando a operação, e, quem sabe, jogando as provas aos tubarões. A prova disso é que eles retornaram após as 11 horas, sem peixe, sem tralha de pesca, nenhum sinal de que participaram de uma pescaria. Nesse período, de 5 da manhã às 11 horas eles não ficaram sabendo da operação? Claro que sim. Estavam sabendo. Bolsonaro não foi pescar. Foi desovar provas. Ah, não se faz pescaria em alto mar a bordo de barco inflável. Nem de jet sky. Risos.

Não é perseguição

A nota divulgada na noite de ontem pelo Supremo Tribunal Federal sobre a ação que atingiu o vereador Carlos Bolsonaro, alvo de ações de busca e apreensão, indica que o alvo final do ministro Alexandre de Moraes, que investiga uma “Abin paralela”, que espionou adversários e obteve informações sensíveis sobre aliados políticos, é o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro. Carlos seria apenas o chefe do núcleo político da quadrilha – e não o chefe da quadrilha em si. O “capo di tutti capi” seria o próprio Jair Bolsonaro, beneficiário das ações criminosas.

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O ministro Alexandre de Moraes atendeu a pedido da Polícia Federal e autorizou ação de busca e apreensão contra mais quatro pessoas investigadas no procedimento criminal que apura o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitoramento ilegal de autoridades públicas. A operação policial teve parecer favorável da Procuradoria Geral da República (PGR).

Sem querer querendo

O colunista que vos escreve meio que adivinhou que haveria uma operação na segunda-feira. Antes da live do clã, no domingo, através do Instagram, o colunista postou nas chamadas dos bolsonaristas que era para eles baterem bastante no Xandão, que ele estaria assistindo, terminando a postagem com um “toc toc”. Risos.

Gente, e a live?

Ninguém lembra da live que Bolsonaro & Filhos fizeram no domingo. Foi um sucesso até às 7 da manhã de segunda-feira. A live da PF atingiu mais de 100 milhões de pessoas e saiu em todos os meios de comunicação do Brasil.

O drama do PSDB

Não é só em Porto Velho que o PSDB está definhando. Em nível Brasil, o partido que já comandou 991 prefeituras em 2000, sofre coma falta de candidaturas, especialmente, nas capitais. Articula para ter a cabeça de chapa em apenas oito das 26 capitais do país – e não será fácil conseguir – como Campo Grande, Vitória, Recife, Aracaju, Manaus, Teresina, Curitiba e Porto Alegre. Esse é o retrato de um partido que surgiu de uma cisão dentro do MDB, com influência nacional, e com lideranças do porte de FHC, Mário Covas, José Serra, entre outros.

O drama do PSDB 2

Em Porto Velho o PSDB até tem candidato (a), mas sofre com a falta de partidos para fazer parceria. Ao “deixar” o PSDB em 2022, o prefeito Hildon Chaves esvaziou a agremiação. Quando “voltou” encontrou cenário de terra arrasada e está meio difícil atrair nomes competitivos para uma nominata de vereador e buscar partidos para compor a chapa para prefeito.

Fiel da balança

O PSD de Expedito Júnior será o fiel da balança nestas eleições em todo o estado de Rondônia. Bem estruturado, o partido terá candidatos a prefeito em quase todos os municípios, sendo bastante cortejado para alianças. Na capital, por exemplo, o PSD não teria candidato próprio e estaria propenso a fazer aliança com um partido. Adivinha com qual? Com o PSB, de Vinícius Miguel. Expedito veria com bons olhos o nome do jovem advogado para administrar a capital.

PSB-PSD-MDB

Portanto, não é só Confúcio Moura (MDB) que corteja Vinícius Miguel que precisa ter apenas a confiança do próprio PSB, além do PT que vê o jovem com certa desconfiança. Mas, o que está faltando para materializar uma grande frente reunindo 10 partidos para enfrentar as duas máquinas administrativas? Organização e planejamento!

Confúcio Moura, o Missionário

Fontes de Brasília informaram à coluna que a viagem do senador Confúcio Moura à Rondônia, para o “recesso” teve dois objetivos distintos, porem, convergentes – e ocorre após orientação do Planalto Tudo com o objetivo de fazer com que em 2026 a “Onda Bolsonaro” seja uma lembrança do passado e que a reeleição de Lula encontre um ambiente político-eleitoral mais equilibrado em Rondônia.

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O primeiro objetivo é mais partidário. O senador busca fortalecer o partido dele – MDB – no estado para as eleições municipais deste ano, tendo como prioridade oferecer candidaturas majoritárias no maior número de municípios do estado, ou como cabeça de chapa ou como vice, em situações de competitividade eleitoral. Além disso, investirá na eleição de vereadores em todos os 52 municípios, objetivando resgatar a capilaridade que o partido sempre teve. Dai a sua peregrinação por dezenas de municípios nos últimos dias.

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 A segunda missão do senador, esta mais ambiciosa, seria buscar a unidade das forças progressistas na capital do estado, Porto Velho, para fazer o enfrentamento aos grupos bolsonaristas liderados pelo governador Marcos Rocha, pelo prefeito Hildon Chaves e pelos outros dois senadores, Marcos Rogério e Jaime Bagatoli. O Planalto sabe que a conquista da capital do estado tem valor psicológico e impactante maior do que ganhar em muitas cidades. Portanto, a conversa que Confúcio Moura teve com os dirigentes partidários da embrionária Frente de Esquerda/Progressista na semanada passada teve as eleições da capital como pauta

Confúcio Moura, o Missionário 3

 É claro que se, alcançar os dois objetivos, mesmo não concorrendo para nenhum cargo em 2024, o senador Confúcio Moura será o grande vitorioso nesta arquitetura. Com o MDB forte no estado e uma vitória em Porto Velho, mesmo que o eleito não seja do MDB, a ele caberá o bônus da vitória – e o mundo de possibilidades que se abrirá para o seu futuro político em 2026. Como se vê, a filosofia confuciana não se limita a abstrair sobre o lúdico e o espirito.

Frentão progressista

Nas eleições passadas, foi criado um frentão da esquerda  para governador de Rondônia, mas a “união” foi apenas no papel e nas mídias. Não teve uma organização, planejamento e nem uma pessoa que centralizasse o grupo. Deu no que deu. Nesse sentido, a coluna teve acesso à uma minuta elaborada por um dos articuladores de uma frente que está sendo gestada, envolvendo pelo menos dez partidos de centro e esquerda. Veja abaixo:

Eleições 2026

O que está em jogo nas eleições de 2024 são as eleições de 2026. Como assim, nobre escriba? Ora, os vencedores de 2024 são potenciais pré-candidatos à ALE, Congresso Nacional e governo de Rondônia. Um vereador bem votado, se credencia para disputar uma vaga de deputado estadual ou federal. Um prefeito bem avaliado, poderá concorrer ao Senado e até ao governo de Rondônia. Ou, apoiar um potencial candidato ao Palácio Rio Madeira! Por isso tá todo mundo de olho na eleição para prefeito de Porto Velho!

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Por exemplo, o atual prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) pretende disputar ao governo ou ao Senado Federal. Mas, para isso, precisa eleger o sucessor dele. Nesse caso, a ex-deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos). Olha, não será fácil. Quem avisa, amigo é.

Por que?

Porque o PSDB de Hildon Chaves está praticamente isolado na capital. Além do grupo do prefeito, existem mais cinco fortes grupos que estão se articulando para lançar candidatos à prefeito de Porto Velho. São eles, os grupos do governador Marcos Rocha (União Brasil), do senador Confúcio Moura (MDB), da Fátima Cleide (PT), do senador Marcos Rogério (PL) e do presidente da ALE-RO, Marcelo Cruz (PRD). Entenderam o perigo de derrota que corre a favorita?

Pesquisa

Pesquisa de opinião pública realizada pelo Instituto Phoenix, entre os dias 23 a 26 de janeiro de 2024, mostra que a coluna está certa ao alertar sobre o perigo que corre a ex-deputada. Dentre os melhores colocados, em primeiro lugar, aparece Marcelo Cruz (PRD), foto, com 26,6%; Mariana Carvalho (Republicanos) com 21,1%, Alan Queiroz (PSDB) com 12,3%, Fernando Máximo (União Brasil) com 10,2% e Vinicius Miguel (PSB) com 7,0%. 

 

Rondovisão

Falando em Hildon Chaves, a TV Meridional mudou de nome. Agora é Rondovisão. O Alessando Lubiana disse que a Rondovisão não é de HC, mas a propaganda diz que sim, como mostra esse card alusivo aos 109 anos de Porto Velho. Nas redes sociais circula um vídeo da Rondovisão mostrando a capital, a nova rodoviária, etc.  Se não é dele, dá maior pinta de que é.

Júnior da  Versátil

Anotem esse nome. Júnior da Versátil. Recém filiado ao MDB de Porto Velho, o jovem empresário é pré-candidato a vereador, com o aval do senador Confúcio Moura (MDB). O evento desse vídeo no programa Cidade Alerta (Rondovisão), é o ato de filiação dele. Pelo volume de pessoas presentes, mais de 700 pessoas, ele é um forte candidato.

Ah, Guajará…

Tão logo se assentou à cadeira principal do Palácio Pérola do Mamoré, a prefeita interina, Marinice Grannemann (Avante), exonerou todos os secretários municipais ligados à Raìssa Bento (MDB) e nomeou os seus, a maioria absoluta bolsonarista. Como se diz no linguajar popular, fez uma limpa.  Já tem gente com saudades da prefeita afastada. “Ah, esse Antônio Bento me paga”.

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Antônio Bento é o marido dela, mais conhecido como primeiro ministro. No caso, ex-primeiro ministro. Credita-se à ele o calvário pelo qual está passando Raíssa Bento. A coitada até sofreria maus tratos e agressões físicas em casa, segundo a mãe dela. No dia 16 de janeiro de 2022, a mãe da prefeita afastada chamou a PM após a filha sofrer suposta agressão do companheiro. Na ocasião, a PM registrou um boletim, e a chefe do executivo não quis prestar queixa contra o companheiro.

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Mas, a Pérola do Mamoré tem jeito. Eleições 2024 na porta. Guajará precisa de mudanças profundas e radicais. Bons nomes não faltarão.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

Informações para a coluna:  [email protected]

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