Coluna Zona Franca

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Carnificina

“Nós temos um foco mais grave do que os malefícios causados pelo MST. Em Rondônia, a LCP tem levado terror no campo naquele estado”. Essa frase é do presidente da República, Jair Bolsonaro, dita no dia 1 de maio, alguns dias após receber as visitas do governador Marcos Rocha e do senador Marcos Rogério (DEM-RO). O presidente se referia a eventos ocorridos dias atrás na região de Chupinguaia, palco eterno de conflitos agrários. Posseiros que se apossaram de terras da União, regularizaram e agora as defendem contra invasores de toda a sorte. A coluna não tem certeza de que se trata de sem terras ou LCP. Mas, eles estão convictos que sim. Vai ter uma nova carnificina, lembrando Corumbiara.

Carnificina 2

Esses conflitos por terras seriam resolvidos facilmente com uma boa reforma agrária em todo o País. Rondônia foi recolonizada na década de 70 pelos militares, por pessoas vindas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na atualidade, são oriundos destas mesmas regiões os atuais “terroristas” proclamados por Bolsonaro.

Carnificina 3

Se confirmada a vinda de Bolsonaro dia 7 de maio para a inauguração da ponte no rio Abunã, podem esperar para, a partir do dia 8, a vinda da Força Nacional para a região de Chupinguaia.

El terrible

Senador de Rondônia, Marcos Rogério com o presidente Bolsonaro

Não dúvidas de que o senador Marcos Rogério (DEM-RO) é um político inteligente. Advogado, jornalista, pastor evangélico e agora senador, Marcos Rogério, porém, está usando todo o seu poder para proteger Bolsonaro na CPI da Covid. Terrivelmente bolsonarista, porém, desta vez parece que vai dar tiro no pé. Apesar de tudo isso, o senador pleiteará o governo de Rondônia em 2022. Difícil será obter apoio integral de Bolsonaro, em detrimento do governador ultra bolsonarista Marcos Rocha. A conferir.

Dedé de Melo

O ex-deputado estadual Dedé de Melo, pai do vereador Alexandre Melo (Podemos), está alavancando na internet um abaixo-assinado para exigir a conclusão do Hospital Regional de Guajará-Mirim. Louvável, mas de nada adiantará se o governador Marcos Rocha não quiser concluir. Prometeu na campanha de 2018 e até agora não moveu um milímetro para a sua conclusão.

Sintomático

 

O que foi aquela manifestação, além de um fracasso de público e de crítica? Foi um verdadeiro FEBEAPA, como diria Stanislaw Ponte Preta. Um festival de besteira que assola o país. Com 405 mil mortes e crescendo, sem vacinas suficientes para a demanda, os “manifestantes”, boa parte sem máscaras, estavam pedindo pro Brasil “virar uma Venezuela”. Sem gasolina a 50 centavos, claro. Porque só na Venezuela (e em El  Salvador), que um presidente destituiu o STF de lá.

Sintomático 2

Ontem, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou suas redes sociais para elogiar a remoção de todos os juízes da Suprema Corte de El Salvador. A nova Assembleia Legislativa de El Salvador, que tem maioria governista, aprovou ontem a destituição dos cinco juízes e do procurador-geral, que, recentemente, tomaram decisões contrárias ao presidente Nayib Bukele.  “O Congresso destituiu todos os ministros da Suprema Corte por interferirem no Executivo, tudo constitucional”, elogiou Eduardo em suas redes. O bolsonarismo flerta com ditaduras.

Vacinas?

Não se falam mais em 400 mil ou 1 milhão de vacinas. As duas, AstraZeneca do prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) e Sputinik V, do governador Marcos Rocha, viraram lendas urbanas. Preteridas por Bolsonaro, apenas 1 milhão doses da Pfizer chegaram em solo brasileiro. Era para ser mais de 100 milhões se ele não as tivesse boicotado ano passado. Com certeza, mais de 100 mil vidas teriam sido poupadas.

Lula tour Brasil

 

O ex-presidente Lula deve voltar a correr o Brasil nas próximas semanas. Nas viagens, não afrontará o isolamento social, mas vai procurar dar caráter popular à sua caravana na pandemia, disse o colunista Lauro Jardim (O GLOBO). De acordo com o colunista, Lula pretende mostrar que o PT está renascendo abonando uma série de filiações de peso, uma vez que, desde que recuperou os direitos políticos, o partido tem alargado o número de filiados. Em Pernambuco, por exemplo, João Paulo, ex-prefeito do Recife, deve voltar ao PT, depois de trocar a legenda pelo PCdoB, em 2018. No Espírito Santo, a estrela é Fabiano Contarato (Rede). 

Em Rondônia

À espera de uma vaga na agenda de Lula para vir a Rondônia, o PT do estado está animado com as eleições de 2022. Revigorado com a volta de Lula ao páreo, até a ex-senadora Fátima Cleide (PT-RO) que estava desanimada com a política, voltou a sonhar com a volta para Brasília, como deputada federal ou senadora. Apesar da revoada de alguns quadros importantes, a volta para o ninho petista do ex-deputado Hermínio Coelho já é um alento.

Crescendo, crescendo

O nome do ex-deputado estadual e ex-prefeito (duas vezes) de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (PSB), está crescendo muito nos últimos dias, há um ano e meio das eleições de 2022. Ele é visto como um político de centro, capacitado e de palavra. Saiu com mais de 70% de aprovação da prefeitura de Ji-Paraná.

Câmara Federal

A disputa pelas oito vagas de deputado federal por Rondônia, será acirrada em 2022. Com a atual bancada federal em baixa, é “pule de dez” que mais da metade vai rodar. Então nomes como esses surgem como opção: Ramon Cujuí (PT), Anselmo de Jesus (PT), Bosco da Federal (PTB), Breno Mendes (Avante), Fabrício Jurado (DEM), George Braga (MDB), dentre outros.

Assembleia Legislativa

Dr. Welison Nunes (PDT), Luciana Oliveira (PT), Dabson Bueno (MDB), Pimentel (MDB), Herika Fontenele (PL), Raimundinho Bike Som (PCdoB), Samuel Costa (PCdoB), Fogaça (Republicanos), Hermínio Coelho (PT), Herbert Lins (Avante), Alexandre Melo (Podemos), Professora Lílian (PT), Taíssa Souza (PV), Raí Ferreira (PSD), Jurandir Bengala (PL), Antônio Neto (PDT), dentre outros nomes fortes para a Assembleia Legislativa de Rondônia.

Deu no Rondônia Já

No final de semana em que o Brasil passou de 407 mil mortes causadas pelo coronavírus, a população de Porto Velho resolveu desafiar a pandemia e se aglomerou na noite de domingo no que pode ser chamada Festa da Covid. Nos principais espaços públicos de lazer milhares de pessoas transitaram como se a vida tivesse voltado à normalidade, muitos sem máscara ou qualquer tipo de preocupação. Deveria ser o contrário. Nosso País tem a segunda pior média diária de novos casos de Covid-19 no mundo (56 mil) e também de mortes.

Deu no Rondônia Já 2

De acordo com o site Rondônia Já na Praça Aluísio Ferreira, no centro de Porto Velho, a ausência quase completa de preocupação com a Covid-19 era espantosa. No local, por causa do Decreto Estadual foi reaberta a Feira do Porto, evento que sempre reuniu número considerável de frequentadores das barraquinhas de comidas típicas. Mais uma vez, várias famílias se aglomeraram, desta vez para degustar um banquete regional no que se tornou uma “praça de contaminação”.