367 deputados e 55 senadores praticaram estupro coletivo contra Dilma Rousseff

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O ex-presidente da OAB Marcelo Lavenère, um dos autores do pedido de impeachment de Collor, em 1992: estupro à Constituição
O ex-presidente da OAB Marcelo Lavenère, um dos autores do pedido de impeachment de Collor, em 1992: estupro à Constituição
Ex-presidente da OAB Marcelo Lavenère, sobre o pedido de impeachment de Dilma: estupro à Constituição

A sociedade está estarrecida com o estupro coletivo contra uma menina de 16 anos. A mulher sempre subjugada e tratada com indiferença e inferioridade. A admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff por 367 deputados federais e 55 senadores, também podemos considerar um estupro coletivo à Constituição Federal.

O ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Marcelo Lavenère disse que o impeachment da presidente Dilma Rousseff é um “estupro à Constituição”.

Autor do pedido de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992 –ao lado do então presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Barbosa Lima Sobrinho–, Lavenère diz que nem mesmo a aprovação do conselho federal da OAB em apresentar um novo pedido de impeachment com os fatos revelados pela delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) ou os vazamentos dos grampos telefônicos entre Lula e Dilma convenceram o jurista a mudar de ideia. Ao contrário, o levaram a criticar a Ordem.

“Disse ao presidente da Ordem que a OAB entrou no mesmo barco dos golpistas; ela não é golpista, mas está acompanhada e está tomando o mesmo barco deles. Tomando as mesmas atitudes [dos golpistas], corre o risco de ser confundida como tal”, disse.