Carlos Lupi afirmou que acredita no retorno da petista ao cargo de presidente da República e que governo Temer não está do lado da população
O presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi (PDT-RJ), esteve em Goiânia nesta sexta-feira (24/6) e comentou, em entrevista, os primeiros dias do governo de Michel Temer (PMDB). Lupi faz coro às afirmações do correligionário Ciro Gomes (PDT) e reforça a defesa do governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e classifica processo de impeachment como golpe.
“Vamos continuar apoiando a presidente Dilma e vai lutar pela democracia”, garantiu ele. “Nós julgamos o impeachment como um processo de golpe, porque não tem fundamento legal”. Para ele, a petista conseguirá voltar ao cargo ao final do processo e o governo Temer não terminará o mandato.
“Eu acredito [no retorno de Dilma], sou um homem de muita fé”. “Eu acho que o governo Temer já está mostrando a que veio, tirada de direitos dos trabalhadores, tirada das aposentadorias, favorecimento do capital especulativo, da taxa de juros, em detrimento do capital produtivo, agora querem taxar até a produção agrícola, que é quem está salvando o Brasil”, argumentou. “Vamos estar do lado oposto a este governo”, garantiu Lupi.
“Estamos na oposição e acho pouco provável o Temer seguir até 2018 porque o povo brasileiro é inteligente e o Congresso nunca fica insensível ao clamor da população”. “O povo brasileiro está começando a perceber o rumo que este governo está tomando e está vendo que este rumo não é à favor do povo”, defendeu.
Flávia Morais
Lupi também comentou a decisão da única deputada federal do PDT em Goiás, Flávia Morais, de votar favoravelmente ao impeachment mesmo com a orientação partidária de que toda a legenda votasse, na Câmara dos Deputados, contra a aceitação do processo contra Dilma. Segundo ele, a relação entre a parlamentar e ele não foram abaladas.
Como punição, Flávia está cumprindo suspensão de 40 dias e não chegou a ser expulsa da legenda. “A Flávia é minha amiga pessoal, é uma grande deputada, afirmou. “Ela teve uma divergência com o partido, que fez uma punição, mas isso não muda nossa relação de respeito, de carinho e vamos continuar juntos em muitas lutas futuras”, resumiu.