Policlínica Oswaldo Cruz, em Porto Velho, realiza mutirão de cirurgias de catarata; 1,7 mil pessoas já se consultaram

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Mutirão-de-Cataratas-em-02.02.16-Fotos-Admilson-Knightz-44-570x380Permanentemente, durante fevereiro, a Policlínica Oswaldo Cruz intensificará o mutirão de cirurgias de catarata [escurecimento do cristalino do olho] para minimizar a demanda reprimida. Em Rondônia e no País, a fila é grande. Só no começo deste ano, a POC fez 1,7 mil consultas de pacientes de Porto Velho e procedentes do interior do estado, informou a coordenadora do Setor de Oftalmologia, Marlene Elizane da Silva Álvaro.

As cirurgias são feitas em pessoas com idade acima de 50 anos, com a cobertura do Sistema Único de Saúde, no Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho.

Participarão do mutirão 13 médicos da POC e colaboradores de Porto Velho. “A diferença é que ele ocorrerá por tempo indeterminado; todos os dias teremos médicos em atendimento”, assinalou o médico oftalmologista Adalberto Penati.

Atualmente, a triagem do setor de encaminha pacientes para cirurgias de trauma, catarata e pterígio [ou carne crescida: formação carnosa que avança sobre a córnea, geralmente do lado nasal]. Elas totalizam 60 por semana, das quais, dez de catarata, número que poderá elevar-se para 15 ou mais, conforme o ritmo do mutirão.

Segundo explicou Penati, há casos da doença congênita, traumática e infecciosa em crianças. Recentemente, o HB fez cirurgia numa criança com 12 anos de idade, moradora em Cujubim [a 224 quilômetros de Porto Velho].

“Antigamente, operavam-se apenas aqueles que ficavam cegos; com a mudança da técnica cirúrgica, hoje a cirurgia é feita logo no início do aparecimento”, disse Penati.

Conforme o oftalmologista, essa situação fez aumentar o número de cirurgias. O clima de Rondônia exige cuidados com a visão, por causa da alta incidência de raios ultravioletas, ele explicou. Ou seja, as pessoas necessitam sempre usar lentes protetoras após as cirurgias.

No ano passado, a Secretaria Estadual de Saúde investiu R$ 2 milhões em equipamentos modernos para o setor. Desde então, o secretário Williames Pimentel determinou o mapeamento do quantitativo de cirurgias e a demanda nessa área.

Em 2015, o secretário Pimentel anunciou a conquista dos procedimentos de cirurgia por facoemulsificação e vitrecomia, o que possibilitou mais de 60 procedimentos, e injeção de Lucentis, com mais de 80.

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DEGENERAÇÃO MACULAR
E DIABETES

Degeneração macular relacionada à idade [conhecida por DMRI] é a principal causa de perda visual em pessoas com mais de 50 anos. Há dois tipos de degeneração macular: seca e exsudativa.

Na forma exsudativa, que corresponde a 10% de todos os casos, vasos sanguíneos anormais crescem na parte posterior do olho, extravasando fluido ou sangue, causando distorção ou borramento da visão. Sem tratamento, a perda da visão pode ser rápida e severa.

A injeção de Laucentis contém a substância ativa ranibizumabe, anticorpo que se liga seletivamente a uma proteína chamada fator de crescimento endotelial [ou VEGF-A], inibindo o crescimento dos vasos anormais responsáveis pela DMRI. Também atua reduzindo o edema de mácula, a perda da visão na idade adulta.

Esse edema pode ser mais frequente do que se imagina, alertam os médicos. É a principal causa de cegueira em pessoas com idade produtiva e está relacionado a uma doença que, aparentemente, parece não ter relação com os olhos: o diabetes.

Na manhã de terça-feira (2), o diretor José Maria França e a diretora-adjunta Maria Rita Soares visitaram o Setor de Oftalmologia, cujo movimento impressiona. Maria Rita reiterou que o atendimento de 24 horas contempla casos de urgência, emergência, transplante de córneas e trauma. Do mês de dezembro de 2015 a janeiro de 2016, a equipe especializada do HB fez 25 transplantes de córneas. De 2014 a 2015 inteirou 120.

Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Ademilson Knightz
Secom – Governo de Rondônia