PGR PEDE INQUÉRITO CONTRA RAUPP, RENAN E AÉCIO NEVES

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raup-e-delciCom base na delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF pedido para que sejam abertos inquéritos contra o senador Aécio Neves e a cúpula do PMDB no Senado, incluindo Romero Jucá (RR), Jader Barbalho (PA), Valdir Raupp (RO) e Renan Calheiros (AL), presidente da Casa; caso o ministro Teori Zavascki determine o início das investigações, Aécio passará a ser oficialmente investigado pela Lava Jato; contra ele, há duas linhas de investigação: uma envolvendo suposto recebimento de propina de Furnas, e outra sobre maquiagem de dados do Banco Rural em CPI para esconder irregularidades envolvendo o PSDB

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que sejam abertos inquéritos contra vários políticos no âmbito da Operação Lava Jato, com base na delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS).

Os pedidos envolvendo o senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos principais defensores da queda da presidente Dilma Rousseff, e a cúpula do PMDB no Senado, incluindo nomes como Romero Jucá (RR), Jader Barbalho (PA), Valdir Raupp (RO) e Renan Calheiros (AL), presidente da Casa.

Contra Aécio, há duas linhas de investigação: uma envolvendo suposto recebimento de propina de Furnas, e outra sobre a acusação de que o tucano maquiou dados do Banco Rural em CPI no Congresso para esconder irregularidades envolvendo o PSDB – neste caso, também deverá ser investigado o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que segundo Delcídio, sabia da maquiagem dos dados.

Caso o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, determine abrir as investigações, Aécio, que é presidente nacional do PSDB, passará a ser oficialmente investigado no caso do esquema de corrupção da Petrobras.

Leia mais na reportagem da Reuters:

PGR pede abertura de inquérito ao STF contra Aécio, Marco Maia e Vital do Rêgo

(Reuters) – A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para investigar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o deputado Marco Maia (PT-RS) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo com base em denúncias feitas pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) em delação premiada, informou a PGR nesta segunda-feira.

O pedido de investigação feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Aécio envolve acusação de recebimento de propina relativa à estatal de energia Furnas, enquanto as denúncias contra Maia e o ex-deputado Vital do Rêgo dizem respeito à CPMI da Petrobras em 2014, de acordo com a PGR.

Delcídio, ex-líder do governo no Senado que foi preso em novembro do ano passado acusado de tentar obstruir as investigações da operação Lava Jato, disse em sua delação premiada que Marco Maia, seu ex-colega no PT, e o ex-deputado do PMDB Vital do Rêgo, que foi presidente da CPMI, cobravam propina para barrar investigações contra empreiteiros envolvidos na Lava Jato.

Sobre Aécio, que é presidente nacional do PSDB, Delcídio afirmou que o senador era um dos políticos beneficiados de um esquema de corrupção em Furnas semelhante ao descoberto na Petrobras.

Quando a delação de Delcídio foi divulgada pelo STF, a assessoria de imprensa de Aécio negou a acusação.

Procurado pela Reuters, o TCU não tinha comentários de imediato nesta segunda-feira sobre a investigação envolvendo o ministro Vital do Rêgo. O deputado Marco Maia não foi localizado de imediato para comentar.

Delcídio foi preso no ano passado acusado de tentar obstruir os trabalhos da Lava Jato após ser flagrado em uma gravação oferecendo dinheiro, influência junto ao Judiciário e até uma rota de fuga para favorecer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró em troca do silêncio dele na Lava Jato.

O parlamentar foi solto em fevereiro e fechou acordo de delação premiada com os procuradores da Lava Jato, em que fez acusações a vários políticos, entre eles a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de Aécio Neves e outros nomes.

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)