Novas instalações do hospital do câncer vão beneficiar toda a região amazônica

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Com investimento privado de R$ 75 milhões em obras e equipamentos e apoio estatal para tratamentos e emendas parlamentares, o Hospital do Câncer da Amazônia, em Porto Velho (RO), vai concentrar todos os tipos de tratamento oncológico na região. Após a inauguração da unidade, vinculada ao Hospital do Câncer de Barretos (SP), serão 140 leitos disponíveis para a população.

Com ele, os pacientes de Rondônia não precisarão mais se deslocar até Barretos para serem atendidos. Os atendimentos realizados no Hospital de Base de Rondônia também serão transferidos para o Hospital de Câncer. São previstos 900 novos atendimentos anuais na unidade.

Dos 140 leitos, 75 são cirúrgicos, outros 45 clínicos e mais 20 em UTIs. Fazem parte da equipe 83 médicos especialistas e 600 outros profissionais. A unidade terá capacidade para realizar mensalmente 30.494 exames laboratoriais, 1.850 exames de prevenção do câncer de mama, como mamografia, ultrassonografia de mama, colposcopia e biópsia; e 1,6 mil exames de prevenção do câncer de mama em unidade móvel por mês, como mamografia e Papanicolau.

População amazônica

“Essa unidade não é só importante para o estado de Rondônia, mas para toda a Amazônia”, afirmou o presidente do Hospital do Câncer de Barretos, Henrique Prata, ao Planalto. São mais de 20 mil pessoas da região atendidas pela unidade. De acordo com Prata, 12 mil apenas do estado de Rondônia.

O especialista reforça que a unidade será um centro completo, que inclui todas as etapas do tratamento do câncer, inclusive ensino e pesquisa acadêmica. “Há mais de 30 anos, essa população não tinha o mínimo necessário para se tratar, e por isso a maioria tinha de ir a Barretos. Hoje, essa distância diminuiu de 3 mil a 4 mil km”, explicou.

Reforço financeiro

Construído com verbas da iniciativa privada, doações individuais e empresariais, o hospital recebeu investimento de R$ 45 milhões em obras e mais R$ 30 milhões em equipamentos. A partir de 2015, foram outros R$ 13,1 milhões destinados no orçamento da União por meio de emendas parlamentares.

O Ministério da Saúde também destinará R$ 5,3 milhões ao ano para quimioterapia e cirurgia oncológica; outros R$ 8 milhões serão reservados para serviços de radioterapia. “Esse grande centro nasceu com a ajuda do povo, mas sem a vontade do presidente, teríamos de esperar de cinco a seis anos para o credenciamento”, disse Prata.

Fonte: Planalto