NA “HORA DO POVO”, CONFÚCIO MOURA DIZ QUE INVESTIGAÇÃO DA PF E MPF REMONTA DESDE 2009, NO GOVERNO CASSOL

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hora2O governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB) admitiu na rádio FM Rondônia hoje, durante entrevista ao programa “A Hora do Povo”, dirigido por Maurício Calixto, que realmente tem assessores do governo dele envolvido na investigação da Operação Plateias, mas, enfatizou que esta operação é o desdobramento da Termópilas desencadeada em 2011, que investiga malfeitos do governo Ivo Cassol. Confúcio Moura disse que não vai demitir nenhum envolvido por enquanto, mas, se comprovada a culpa ele não hesitará. Fez rasgados elogios ao secretário das Finanças (Sefin), Gilvan Ramos, a quem deposita total confiança. “Logo vão ver que ele é inocente”, garante. “Gilvan é incapaz de cometer qualquer erro”, reiterou.

Confúcio Moura mostrou-se bastante tranquilo e que está a disposição da justiça para o que der e vier. Durante seis horas ele respondeu as perguntas de delegados, procuradores e outras autoridades presentes na Polícia Federal. Em nenhum momento Confúcio deixou de responder as perguntas. O governador contou que quando a PF chegou na residência oficial ele tinha acabado de fazer ginástica e estava tomando café da manhã. Os policiais federais vasculharam a casa em busca de provas. Confúcio disse que os deixou muito a vontade para procurar o que quisessem.

O governador disse que “teve a vida dissecada” após ter saído da recente campanha eleitoral, quando concorreu com mais quatro candidatos. O tema das investigações foi permeado durante a campanha e, em todas as ocasiões, ele colocou-se à disposição da Justiça para os esclarecimentos necessários, inclusive para colaborar no que fosse preciso.

Na sede da PF, o governador respondeu aos questionamentos de quatro procuradores da República e agentes da PF. “Fui muito bem tratado”, assinalou. Os esclarecimentos serão analisados e vão compor o rol dos processos para posterior encaminhamento ao Superior Tribunal de Justiça e ao Ministério Público Federal.

Mesmo reafirmando que sempre se colocou à disposição da Justiça, Confúcio disse ter se assustado “pelo constrangimento e exposição pública.” “Ainda que não tenha sido indiciado ou detido, não seria necessário ser conduzido coercitivamente”, lamentou.

Para ele, houve uma exposição cruel e com julgamento antecipado. “Porque passa à opinião pública, com repercussão nacional, a ideia de participação efetiva nos acontecimentos, mesmo antes dos fatos serem esclarecidos e finalizados.”

Transparência e cabeça erguida

A respeito da sua equipe de governo, Confúcio esclareceu que muitas pessoas chamadas para prestar esclarecimentos não têm qualquer participação em delitos. Garantiu que auxiliares mais próximos que com ele trabalham há mais tempo não têm participação em desmandos. No entanto, com os que forem responsabilizados por delitos, será ainda mais exigente. “Não pouparei ninguém. Todos terão chances de defesa, mas em caso de desmando, não darei uma segunda chance”.

“Dirijo uma máquina gigantesca, com cerca de 65 mil servidores, onde todos pertencem e fazem o governo. Tenho a tranqüilidade para afirmar que meu governo será ainda mais transparente. A população que confiou em mim, pode continuar confiando. Se aparecer alguma coisa contra mim, deixo o governo”, afirmou. “Continuarei trabalhando, indo aos municípios com a cabeça erguida,­ porque não fiz nada de errado. Sou o governador, mas o governo somos todos nós”.

Assista aqui a entrevista

Fonte: Mais Ro