MISSÃO COREIA – Em visita a fazenda, vice-governador Daniel Pereira diz que Rondônia firma parcerias do “ganha-ganha” com sul-coreanos

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Sem muita cerimônia, Deok Ho Rho, o diretor comercial e de marketing da empresa sul-coreana BLH, enfiou as mãos no bebedouro de bovinos na Fazenda Garça, banhando o rosto algumas vezes e sorrindo em seguida.

Admirava-se da qualidade de um produto que conhece muito bem, pois atua com equipamentos para tratamento de água utilizada na agropecuária.

A cena ocorreu na manhã de domingo (15), nessa propriedade a 28 quilômetros de Porto Velho.

Ao desembarcarem nesta segunda-feira em Ji-Paraná, a 367 quilômetros de Porto Velho, empresários sul-coreanos irão se certificar que o leque de negócios é ainda mais amplo do que supõem: serão recebidos pelo prefeito Jesualdo Pires, participarão de reunião na Associação Comercial, conhecerão as instalações de um frigorífico e o centro tecnológico da Feira Rondônia Rural Show.

A empresa BLH doará equipamentos de quebra de molécula (hidrólise) ao centro. Ela ocorre devido a uma reação química. “Já imaginou a produção desses equipamentos aqui?”, sugeriu o vice-governador Daniel Pereira. Ele também pretende levá-los à fábrica de equipamentos agrícolas Budny.

Pereira acredita que esse tipo de ação política atende ao conceito do governador Confúcio Moura, de tornar Rondônia “mais conhecida no mundo graças ao seu potencial no campo”.

“Além do mais, temos feito tratativas diferentes e agradáveis, e e o sistema ganha-ganha é para ambas as partes”, assinalou.

Da mesma forma, o superintendente de desenvolvimento Basílio de Oliveira destacou o intercâmbio de experiências para facilitar a instalação de indústrias sul-coreanas no estado.

Eles querem café, peixe, tecnologia bovina, e em troca, oferecem fantásticos projetos de irrigação, iluminação pública a LED acoplada à internet e ao videomonitoramento. Suas empresas estão no topo das mais premiadas e reconhecidas no continente asiático.

Empresário Deok Rho lava mãos e o rosto com águas do bebedouro de animais na Fazenda Garça, em Porto Velho

Sem muita cerimônia, Deok Ho Rho, o diretor comercial e de marketing da empresa sul-coreana BLH, enfiou as mãos no bebedouro de bovinos na Fazenda Garça, banhando o rosto algumas vezes e sorrindo em seguida.

Admirava-se da qualidade de um produto que conhece muito bem, pois atua com equipamentos para tratamento de água utilizada na agropecuária.

A cena ocorreu na manhã de domingo (15), nessa propriedade a 28 quilômetros de Porto Velho.

Ao desembarcarem nesta segunda-feira em Ji-Paraná, a 367 quilômetros de Porto Velho, empresários sul-coreanos irão se certificar que o leque de negócios é ainda mais amplo do que supõem: serão recebidos pelo prefeito Jesualdo Pires, participarão de reunião na Associação Comercial, conhecerão as instalações de um frigorífico e o centro tecnológico da Feira Rondônia Rural Show.

A empresa BLH doará equipamentos de quebra de molécula (hidrólise) ao centro. Ela ocorre devido a uma reação química. “Já imaginou a produção desses equipamentos aqui?”, sugeriu o vice-governador Daniel Pereira. Ele também pretende levá-los à fábrica de equipamentos agrícolas Budny.

Pereira acredita que esse tipo de ação política atende ao conceito do governador Confúcio Moura, de tornar Rondônia “mais conhecida no mundo graças ao seu potencial no campo”.

“Além do mais, temos feito tratativas diferentes e agradáveis, e e o sistema ganha-ganha é para ambas as partes”, assinalou.

Da mesma forma, o superintendente de desenvolvimento Basílio de Oliveira destacou o intercâmbio de experiências para facilitar a instalação de indústrias sul-coreanas no estado.

Eles querem café, peixe, tecnologia bovina, e em troca, oferecem fantásticos projetos de irrigação, iluminação pública a LED acoplada à internet e ao videomonitoramento. Suas empresas estão no topo das mais premiadas e reconhecidas no continente asiático.

Adélio Barofaldi explica genética e pastagens aos visitantes

A comitiva formada por seis empresários almoçou tambaqui assado com churrasco bovino, frango, sucos de abacaxi com hortelã, caju e cupuaçu.

Foram recepcionados pelo gaúcho de Três Passos (noroeste do Rio Grande do Sul), Adélio Barofaldi, que trabalha há pouco mais de 30 anos em Rondônia. O proprietário demonstrou-lhes que o chamado “boi verde” de Rondônia une bom manejo, genética e abundância de água.

“Rondônia será o grande exportador de carne para o Brasil e para o mundo”, disse o empresário aos coreanos. Elogiou o governo estadual pelo estreitamento de parcerias com a iniciativa privada. “Não há como caminhar sozinhos”.

Para o empresário e consultor Marcelo Lee, compras de carne e peixe dependem tão somente do estudo das normativas de sanidade e de tributos. Há chances de mercado: a Coreia do Sul tem acordo com os Estados Unidos no setor de carnes, mas é grande parceiro do Vietnã e poderá facilitar futuras exportações rondonienses para aquele país.

Ele elogiou o embaixador brasileiro lá, Luiz Fernando Serra, pelo apoio direto às negociações. O vice-governador e o superintendente Basílio de Oliveira, reuniram-se também com Serra durante visita àquele País.

MODELO

No projeto em 110 hectares há 35 lâminas d’água e 10 quilômetros de canalização por gravidade. A produção anual da piscicultura é de duzentas toneladas de tambaqui, mas o empresário Barofaldi pretende chegar a novecentas.

Segundo Marcelo Lee, a BLH, especializada em tratamento de água para agricultura na Coreia do Sul, conquistou o 1º lugar em 16 concursos, e detém um dos títulos de inovação tecnológica.

Admirados com o curral anti-estresse, eles ouviram explicações do veterinário Rodrigo Junqueira. Com duas mil cabeças de gado nelore, a fazenda de cria atende à genética de bezerros. Somando-se aos de outras duas fazendas dele, o plantel totaliza dez mil cabeças.

A inseminação artificial é o forte. O pasto com capim braquiária, brinzante, Mombaça e MG5 é rotacionado, adubado e calcariado e ao redor dele existe uma reserva de 3 mil hectares de mata nativa.

Vacas de cria usufruem de pasto rotacionado

300 EMBRIÕES/ANO

Esse manejo tem como objetivo tornar o consumo mais eficiente das folhas produzidas, proporcionando o fornecimento de alimento de boa qualidade para os animais e possibilitando uniformidade na rebrota do capim.

Uma vaca doadora fornece 300 embriões por ano (in vitro), utilizando a biotécnica como alternativa para acelerar a produção de bovinos geneticamente superiores.

“Conseguimos nesse método criar cinco cabeças por hectare e não precisamos desmatar mais nada”, disse Barofaldi. No próximo ano, ele plantará arroz sequeiro.

Uma pequena placa de energia solar fornece sinal de internet para toda a propriedade. Os coreanos conheceram piquetes, currais e assistiram a distribuição de ração para peixes.

“O curral anti-estresse poderá servir de modelo para outras propriedades no estado, já que maneja animais sem violência”, anunciou o veterinário Junqueira.

Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Marcelo Gladson
Secom – Governo de Rondônia