MAIS DE 40 MIL SOLDADOS DA BORRACHA MORRERAM SEM DIREITO À INDENIZAÇÃO E REPATRIAÇÃO AOS ESTADOS DE ORIGEM

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Porto Velho, Rondônia – Do efetivo de soldados da borracha recrutados, praticamente, à força no nordeste brasileiro para atuar os seringais amazônicos estariam vivos apenas cerca de 20% em idade acima dos 90 anos.

Segundo dados fornecidos pelo Vice-Presidente do Sindicato dos Seringueiros e Soldados da Borracha (SINDSBOR), o ativista George Telles de Menezes – viajou a Brasiléia, no Acre, colhendo assinaturas para um abaixo-assinado ao governo federal -, o governo dos Estados Unidos teve papel fundamental no recrutamento dos soldados à Amazônia Brasileira’, onde foram explorados e a morte morta pela Malária e animais selvagens.

À época, os nordestinos recrutados integravam uma lista extensa de pessoas que fugiam do flagelo da seca e da fome que campeava no sertão e do semi-árido. A situação, de acordo com George Telles (O Carioca), ‘eram homens simples, de baixa de escolaridade e de prole muito grande abandonados à própria sorte pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos’.

A missão dos seringueiros amazônicos e dos soldados da borracha nordestinos era extrair o látex nos seringais da Amazônia para abastecer a indústria bélica para os países aliados na 2ª Guerra Mundial. Segundo historiadores consultados, ‘mais de 100 deles foram recrutados para a ‘Batalha da Borracha’, com a maior parte deles vítimas de doenças, acidentes, ataque de feras (onça, obras etc) e pistoleiros a mando de seringalistas.

Segundo dados repassados a site, ‘outra parte dos soldados da borracha e seringueiros morreram por pressão física e psicológica dos patrões do Norte do Brasil ainda nos anos 40, cinco antes do término da Guerra com a capitulação dos japoneses, italianos e alemães’.

– Na contagem dentro desse sinistro depósito de ossos na floresta amazônica, estima-se que mais de 40 mil soldados da borracha tenham tombado dentro e fora dos seringais amazônicos, revelou George Telles que pedi ao superior tribunal de justiça em brasilia que de celeridade no processo da categoria. porque os soldados da borracha tem prioridade nos processo judicias atraves de uma lei 13.466 criada em 12 julho de 2017 pelo presidente michel temer que os idosos acima de 80 anos prioridade nos processos judiciarios.

Com a maioria dos soldados da borracha mandada à Amazônia – já morta – sem obter o reconhecimento de combatentes de guerra pelo governo brasileiro, de acordo com registros no obituário em poder do Sindicato da categoria para os estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Pará e Amapá, ‘resta, com uma minoria ainda viva, apenas aos familiares aguardarem pela aceitação desse direito’.

Historicamente, sabe-se, no entanto, que, ‘por conta das graves violações dos direitos humanos desses brasileiros mandados aos seringais, mesmo por força do Acordo de Washington, que garantia todos direitos a salários e indenizações junto ao Ministério da Guerra, através dos governos do Brasil e dos Estados Unidos, ‘eles continuam esquecidos’.

Em troca do trabalho árduo e perigoso nas estradas para a coleta do látex enviado aos Aliados durante a Grande Guerra, ‘restou ao abandono provocado por sucessivos governos do Brasil’, sobrevivendo os que ainda estão vivos e seus familiares remanescentes, ‘de uma minguada pensão de até dois salários mínimos’, denuncia o presidente do SINDSBOR, José Romão Grande, de 93 anos.