Jornalista é assassinado em Porto Alegre; suspeitos são presos

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O jornalista Carol Majewsky, de 57 anos, foi encontrado morto na noite de 15/1, em Porto Alegre, dentro do apartamento em que residia. Ele era conhecido por ter atuado como assessor de imprensa da seccional do Rio Grande do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS). Segundo a polícia, o filho adotivo deparou-se com o pai na cama, com marcas de facadas.

A análise preliminar da perícia apontou que Carol pode ter sido asfixiado com um travesseiro e a polícia identificou que objetos de valor foram levados do apartamento, levantando a hipótese de que ele pode ter sido morto em um roubo. As câmeras de monitoramento do prédio registraram a entrada de dois homens no apartamento no domingo (14/1), possível data do crime.

Suspeitos presos

A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (19) detalhes da investigação da morte do jornalista Carol Majewsky. Um dos suspeitos foi preso e confessou participação.

Conforme o delegado Fernando Soares, as imagens das câmeras de segurança do prédio foram fundamentais para que a polícia chegasse aos suspeitos e esclarecesse que o crime foi um latrocínio – roubo seguido de morte.

“Várias testemunhas, após o vídeo, deram depoimentos”, disse.

Inclusive, conforme o delegado, familiares procuraram a polícia. Foi assim que Gabriel da Silva Ribas, 19 anos, foi preso na quinta-feira (18). A polícia tinha a informação que ele iria ao bairro Cidade Baixa, e foi até o local.

Imagens de câmeras mostram jornalista e dois homens no elevador (Foto: Reprodução)

“O Gabriel falou, foi orientado pelo advogado e seus familiares que falasse a verdade. Ele confessou o crime. Admite que participou, mas que quem deu as facadas foi o Lucas. Disse que segurou a vítima para que Lucas desse as facadas e o sufocasse”, conta o delegado.

Lucas Eduardo da Silva Vaz, 21 anos, já foi localizado pela polícia. O delegado diz que ele tem uma tatuagem em uma das mãos e usa brinco. Ele aparece de frente nas imagens de câmeras de segurança.

Foi pedido à Justiça prisão temporária de 30 dias para os dois. “Passado isso, temos a possibilidade de prorrogar por mais 30, ou representar pela preventiva”, ressalta Fernando Soares.

Carol foi morto com cerca de 30 facadas e depois foi sufocado com um travesseiro, na cama.

A dupla saiu do apartamento depois da morte com roupas, um celular, notebooks e dinheiro. De acordo com o delegado, eles saíram para vender os objetos e, com dinheiro, foram para uma festa.

 Segundo suspeito preso

Foi preso na noite de sexta-feira (19), Lucas Eduardo da Silva Vaz, de 21 anos, o segundo suspeito de participação na morte do jornalista Carol Majewski. O segundo suspeito teria sido abordado por homens do Exército que atuam na segurança do Colégio Militar, no bairro Bom Fim. Conforme o delegado Fernando Soares, da 1ª Delegacia da Polícia Civil, Lucas costumava circular pela região, buscando encontro com pessoas interessadas em programas sexuais.

Ele teria sido reconhecido após divulgação de imagens do crime, gravadas pelo circuito de câmeras do prédio da vítima, na rua Riachuelo. Policiais militares foram chamados e levaram Lucas para o plantão da Área Judiciária da Polícia Civil.

Informalmente, Lucas admitiu participação no crime, mas negou ter deferido as facadas que tiraram a vida de Majewski. Na sexta-feira já tinha sido preso Gabriel da Silva Ribas, 19 anos, que declarou ser Lucas o autor dos golpes. Após matar Majewski, a dupla fugiu com pertences do jornalista. Lucas e Gabriel são moradores da Ilha da Pintada, mas vivem como andarilhos na região da Avenida Ipiranga, onde morariam sob uma das pontes, próximo ao Guaíba.

Mais RO com informações de RP 10 e Rádio Caiçara