Governo transporta pacientes de avião para Porto Velho

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Antônio Domingos de Oliveira, 53 anos: seria impossível vir a Porto Velho não fosse o serviço oferecido pelo governo
Antônio Domingos de Oliveira, 53 anos: seria impossível vir a Porto Velho não fosse o serviço oferecido pelo governo
Antônio Domingos de Oliveira, 53 anos: seria impossível vir a Porto Velho não fosse o serviço oferecido pelo governo

Dezenas de pacientes de cidades isoladas pelas cheias do rio Madeira estão sendo transportados de avião pelo governo do Estado. A retirada é feita por técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

Segundo o secretário estadual de Saúde Williames Pimentel, todos os pacientes removidos fazem tratamento de alta complexidade e necessitam vir a Porto Velho periodicamente para avaliação.

Cidades como Nova Mamoré e Guajará-Mirim lideram o número de remoções. De acordo com o secretário, há determinação do governador Confúcio Moura para que o serviço seja mantido enquanto durar a interdição das BRs 364 – altura de Nova Mutum, e 425 – com trechos totalmente encobertos pela enchente provocada pelo rio Madeira. A rodovia interliga a cidade de Guajará-Mirim ao restante do Estado.

O secretário Williames Pimentel diz que o avião faz o transporte mais de uma vez por dia, dependendo da demanda e da gravidade do paciente. Uma força-tarefa da Sesau trabalha para que nenhum paciente que esteja no perfil traçado pela secretaria deixe de ser atendido.

Reconhecimento

Para o agricultor Antônio Domingos de Oliveira, 53 anos, do município de Guajará-Mirim, que faz tratamento há 10 anos contra a hepatite C, seria impossível vir a Porto Velho não fosse o serviço oferecido pelo governo.

Segundo ele, o trabalho de remoção feito pela Sesau é a única garantia de não interromper o tratamento da maioria dos doentes da cidade. Antônio faz questão de destacar o empenho, a preocupação e o cuidado que as pessoas têm com os pacientes. “Isso faz a gente acreditar que nem tudo está perdido, e que existem pessoas boas”, afirma.

A dona de casa Maria da Glória Bonfim Pereira, 50 anos, luta contra um câncer há três anos. Ela mora no distrito de Dimensão que faz parte do município de Nova Mamoré.

Dona Maria fala emocionada sobre a importância da iniciativa do governo de transportar os pacientes de alta complexidade. De acordo com ela, a maioria não tem como pagar para vir à Capital e teria que interromper o tratamento. “Felizmente, o governador é um homem sensível e sabe que a gente precisa muito desse apoio”, assegura.

Medicamentos

O governo de Rondônia, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) e da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), iniciou quinta-feira, 20, a distribuição dos kits com medicamentos e insumos estratégicos para atender famílias desabrigadas pelas enchentes em Rondônia.

A Agevisa encaminhou três kits para o município de Guajará-Mirim, um kit para Nova Mamoré e outro para a área indígena próxima ao Vale do Guaporé.

A informação foi confirmada pela diretora da Agevisa, Arlete Baldez. No total, considerando que cada kit atende 1500 pessoas – por um mês -, 7.500 atingidos pelas cheias devem ser beneficiados com este primeiro lote enviado pelo Estado às prefeituras das cidades atingidas.

Segundo Williames Pimentel, 500 kits foram repassados ao Estado pelo Ministério da Saúde (MS). A estimativa é de que pelo menos 23 mil pessoas sejam atendidas com medicamentos e materiais como gases, esparadrapo, seringas, entre outros, explica o secretário.

Reportagem: Antônia Lima
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo