EXPORTAÇÕES – Governo atrai investidores em biodiesel e derivados de petróleo para impulsionar Zona de Processamento de Exportação de Rondônia

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ZPE deve ser consolidada entre o segundo semestre e o início de 2018

Dilatado o prazo para o início do funcionamento e contabilizada a recente negociação visando à integração econômica com a Bolívia e o Peru, o governo estadual espera, entre o segundo semestre e o início de 2018, a consolidação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Rondônia.

O empresário Pedro César Henrique, do ramo de derivados de petróleo, esteve mais uma vez na sede do governo nesta terça-feira (3). Ele pretende montar uma indústria de insumos para pavimentação para exportar pelo porto organizado do Madeira.

O Decreto nº 15.7.2015, que criou a ZPE-RO foi prorrogado em fevereiro deste ano, quando o vice-governador Daniel Pereira exercia interinamente o governo. Com a medida, ele acredita que as obras de fato aconteçam. “Atrair investidores, este é o nosso desafio, e Rondônia oferece condições estratégicas para diversos ramos industriais”, comentou ele, que é coordenador do grupo técnico da ZPE.

Outro negócio poderá se consolidar ainda este mês, segundo ele: “No ramo de grãos, convidamos para visitar Porto Velho no próximo dia 11 o empresário gaúcho Erasmo Carlos Batistela, da BSBIOS”.

Batistela conhecerá o porto organizado e os incentivos fiscais concedidos pelo governo, caso queira instalar em Porto Velho uma indústria de esmagamento de soja. “Mercado existe: criadores de aves, suínos e frangos, e o excedente ele poderá exportar”, sugeriu o vice-governador.

Batistela, cujos negócios ultrapassaram R$ 1 bilhão, começou em 2004 no município de Colorado, Rio Grande do Sul, na condição de cliente de banco que aceitou investir em biodiesel. Naquela ocasião, o Plano Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) dava seus primeiros passos e o interesse de amigos dele o convenceram a pesquisar sobre o assunto.

Menos de um ano depois, ele resolveu investir na área. Em 2010, a Petrobras comprou 50% da BSBIOS. Em 2016, Batistela considerou imprescindível o crescimento do biodiesel, bem como de outros combustíveis de fontes renováveis, na matriz energética veicular do País. Referia-se à proposta brasileira de redução de gases de efeito estufa, tema debatido na Conferência do Clima das Nações Unidas em Paris, contemplando o aumento do uso do etanol e do biodiesel.

A primeira exportação de biodiesel por Batistela foi feita em 25 de junho de 2013, no total de 22 toneladas de biodiesel, rumo ao porto de Roterdã (Holanda).

O vice-governador e o superintendente estadual de desenvolvimento Basílio Leandro de Oliveira visitaram a ZPE de Pecém, no Ceará. “O secretário de assuntos internacionais do Estado do Ceará, Antonio Balhmann, facilitou-nos o acesso aos mecanismos do empreendimento e seguimos em frente”, disse Pereira.

Relator de mudanças no projeto de lei das ZPEs, o deputado Marcos Rogério (DEM) defende o “foco exportador”. “Elas foram criadas com foco na exportação, no mercado externo, e não no mercado doméstico. Receberam benefícios fiscais do estado.

Pereira elogia outra medida aprovada pela Câmara dos Deputados: a ZPE não precisará ser toda monitorada com videocâmeras, o que elevaria o custo do projeto. “A nova legislação permite que isso seja feito apenas na área de despacho aduaneiro.

NÚMEROS DO PORTO

O vice-governador apresenta números da exportação rondoniense para o Peru, pelo porto da capital, antes da participação na Feira de Alimentos e da presença de empresários do estado naquele país. Os dados são da BDX Floresta, operadora do porto.

Açúcar
25 mil toneladas

Peixes:
22 t

Calçados
21 t

Frangos
3 mil t

Milho
20 mil t

Óleo de soja
1 mil t

Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Secom
Secom – Governo de Rondônia