Estado recupera mais R$ 143 milhões cobrados irregularmente pela União

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Equipe da Fundação Getúlio Vargas apresenta ao governador valores recuperados
Equipe da Fundação Getúlio Vargas apresenta ao governador valores recuperados
Equipe da Fundação Getúlio Vargas apresenta ao governador valores recuperados

Rondônia conseguiu recuperar mais de R$ 143 milhões pagos indevidamente à União e pode somar a este ativo outros R$ 320 milhões que virão da Fazenda Nacional. A notícia foi apresentada ao governador Confúcio Moura, nesta quarta-feira (25), por uma equipe de técnicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A instituição tem contrato com o governo do estado para a análise de passivos.

Foi o primeiro resultado apresentado pela FGV, considerando que a recuperação formal acontece quando a Receita Federal reconhece os créditos atribuídos ao estado. O trabalho dos técnicos da FGV é verificar dívidas do executivo. São levadas em conta, por exemplo, as multas acima do que está previsto na legislação, que são aplicadas ao governo. Quando isto ocorre, é buscada administrativamente a confissão da dívida por parte da União.

No momento os esforços estão concentrados nos débitos atribuídos ao Instituto de Previdência do Estado de Rondônia (Iperon) e Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) e os primeiros resultados foram positivos e já devem aparecer nos próximos pareceres que serão produzidos pelos técnicos.

O contrato foi firmado com a FGV em 2013 com vigência de dois anos. Entre os objetivos estão a análise da natureza das dívidas, prescrições, juros cobrados indevidamente.

ATIVOS

Segundo Confúcio Moura, com a recuperação dos valores cobrados indevidamente, o governo deixa de pagar dívida com a Previdência Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), por exemplo.

O próximo passo, disse o governador, é verificar as dívidas que o estado tem com o extinto Banco do Estado de Rondônia (Beron) e do Iperon. A expectativa é de, no total dos débitos verificados a recuperação dos valores ultrapasse R$ 400 milhões, o que torna o estado apto para contrair empréstimos futuros. Os recursos recuperados não retornam aos cofres públicos; passam a ser considerados créditos.

Fonte
Texto: Nonato Cruz
Fotos: Bruno Corsno
Decom – Governo de Rondônia