O National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) informou em seu último boletim de monitoramento do fenômeno El Niño Southern Oscillation (ENSO) que aumentou a possibilidade de desenvolvimento de um novo evento de El Niño nos próximos meses no Oceano Pacífico.
A recente anomalia bastante positiva da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) na costa da América do Sul, especialmente entre o Equador e o Peru, pode indicar em frações anômalas também positivas mais ao centro do maior oceano do planeta, na área de monitoramento conhecida como NINO3.4.
De acordo com os modelos numéricos, a possibilidade aumenta bastante entre o trimestre maio-junho-julho devendo prevalecer até o final de 2017.
Tecnicamente, são necessários três meses consecutivos de anomalia positiva de temperatura da TSM igual ou superior a +0,8°C para determinar o surgimento do fenômeno.
O conjunto de modelos internacionais utilizado pelo Bureau of Meteorology (BOM) mostra que a partir de junho, a anomalia de temperatura pode ser superior a +1,6°C chegando ao final de dezembro no mesmo patamar, o que geraria um El Niño de moderada intensidade.
Entre 2015-2016, o fenômeno também atuou no Oceano Pacífico e impactou o clima em todo o planeta, com agravamento de enchentes e secas e extremos de temperatura.
No Brasil, a estiagem apertou entre a Amazônia e a Caatinga, com explosão do número de queimadas, enquanto as Regiões Centro-Oeste e Sudeste enfrentaram ondas de calor e o Sul sofreu com as enchentes. O cenário se repetiria, embora com menos agressividade. (Crédito das imagens: Reprodução/BOM/CPC/NOAA)
(Fonte da informação: De Olho No Tempo Meteorologia)